O estresse é uma das doenças mais comuns do homem e da mulher moderna e urbana, e por mais estranho que possa parecer, embora o estresse crônico seja destrutivo, o estresse em sua forma aguda e controlada – que os especialistas chamam de eustresse (do grego eu, que significa "bom") – é fundamental e benéfico para a vida e o desempenho humano, porque ele nos tira da inércia e nos impulsiona.
O eustresse nos ajuda a ter foco aprimorado, direcionando nossa atenção para a tarefa imediata, eliminando distrações. É o que acontece quando estamos estudando para uma prova importante ou se preparando para uma apresentação, ele serve como um sinal de que algo precisa ser feito e fornece a energia e a urgência necessárias para iniciar e concluir tarefas, evitando a procrastinação. Além do mais, no nível mais básico, o estresse é um mecanismo biológico de sobrevivência, pois prepara o corpo para a ação imediata ("luta ou fuga"), aumentando a frequência cardíaca, a circulação sanguínea para os músculos e a percepção sensorial. Isso pode ser vital em situações de perigo físico real.
Contudo, o que temos visto é o estresse crônico que se instala quando a pessoa sente que não tem controle ou não tem a capacidade de desligar a fonte de pressão. Este estresse é alimentado por fontes de pressão constantes, como problemas financeiros duradouros, relacionamentos tóxicos, conflitos contínuos ou abusos, trabalho excessivo e exaustivo (Burnout), ambiente hostil, condições crônicas de saúde como doenças próprias ou de familiares que exigem cuidados constantes, além de um ambiente marcado por violência, poluição e insegurança constante.
Este estresse leva o organismo à exaustão e a danos sistêmicos, como ansiedade generalizada, dificuldade de concentração, problemas de memória, irritabilidade, esgotamento, supressão do sistema imune, tornando a pessoa mais vulnerável a gripes, resfriados e infecções, risco de hipertensão, ataques cardíacos e AVC, úlceras, gastrite, fadiga constante, dores de cabeça tensionais e insônia, sendo a principal causa subjacente de muitas doenças modernas.
A música Viena, de Billy Joel, parece dar algumas dicas de como lidar com o estresse crônico, fiz alguns cortes na letra porque é um pouco longa. Ela diz:
“Vá devagar, sua criança louca, você é tão ambicioso para um jovem, mas se você é tão esperto, Me diga por que ainda tem tanto medo?
Onde está o fogo? Pra quê a pressa? É melhor você se acalmar antes que perca tudo, você tem tanto o que fazer e tão poucas horas em um dia, mas você sabe que quando a verdade é dita... Que você pode conseguir o que quer ou pode apenas envelhecer, você vai morrer antes mesmo de chegar na metade do caminho. Quando você vai perceber que Viena espera por você?
Vá devagar, você está indo bem. Você não pode ser tudo o que quer ser antes do seu tempo. Você está tão à frente de si mesmo. Sabe, você nem sempre vê quando você está certo, você tem sua paixão, você tem o seu orgulho. Mas você não sabe que apenas os tolos ficam satisfeitos? Sonhe, mas não pense que todos eles se realizarão.
Tire o telefone do gancho e desapareça por um tempo. Está tudo bem, você pode se permitir perder um dia ou dois. Quando você vai perceber que Viena espera por você?”
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