sexta-feira, 26 de novembro de 2004

SER AGRADECIDO FAZ TODAS AS COISAS MELHORES

A Bíblia nos mostra que gratidão é o caminho que Deus deseja que trilhemos. Lamentavelmente tenho aquela mesma impressão expressa por um poeta brasileiro. "Só encontro, gente amarga pendurada no passado". O caminho da murmuração, do lamento, da ingratidão não é, definitivamente, o caminho que Deus propôs para nós.
Uma das frases mais interessante sobre gratidão, li nos escritos de Chesterton. Ele disse: “Agradeço sempre Àquele que todos os dias põe em nossos sapatos um maravilhoso par de pés”.
Gratidão envolve reconhecimento e apreciação. Vem de um coração grato, que, olhando o passado ou analisando o presente, o faz com amor e reconhecimento. “Quem não vê é cego, quem vê em silêncio - ingrato. (Agostinho, Livro I, Cap.II, Confissões). Muitos só conseguem reclamar, vivem uma vida azeda apesar da imensa graça de Deus demonstrada em todas as coisas. São pessoas abastadas, vivendo como pobres. São pessoas bonitas vivendo vida medíocre e tornando-se feias. Gente que sempre consegue extrair o pior da vida. Gente que não consegue ver o que Deus e se agradar daquilo que ele faz. A Bíblia afirma: "Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração". Entendendo que esta afirmação é correta, precisamos também pensar que no oposto. Quem não se agrada do Senhor, nunca satisfaz os desejos do seu coração. Viverá uma vida de mau humor e azedume.

Pelo que devemos agradecer?
A alegria de nossa casa e família (Sl 128.1-4).2. A benção de viver num país livre, onde podemos adorar e servir a Deus sem ameaças. (Sl 33.12; 1 Pe 3.13).3. A "indescritível graça" de nossa eterna salvação em Jesus Cristo (2 Co 9.15; Ef 2.8-9).4. O milagre de vidas que tem sido transformadas diariamente pela palavra de Deus (2 Co 5.17; Hb 4.12).

quarta-feira, 3 de novembro de 2004

A Igreja e a Cidade

Com muita alegria parabenizamos o nosso irmão Pedro Sahium, e celebramos sua eleição para o mandato de 4 anos para a Prefeitura de Anápolis(2005-2008),. Ter uma pessoa temente a Deus na direção de nossa cidade, certamente é uma benção. Parabéns Pedro e Rosana, pelo excelente trabalho. A diferença de votos foi de 10.4%, Pedro obteve 55.2% dos votos, mais de 83 mil pessoas votaram nele, sendo o candidato mais votado até hoje para a Prefeitura de nossa cidade.

Uma nova etapa no governo de nossa cidade começa para o Pedro, mas hoje gostaria de trazer uma palavra para a igreja:

Precisamos assumir um compromisso constante de oração a seu favor. Se o Pedro não fosse o prefeito eleito, já teríamos a obrigação de orar, sendo ele nosso irmão e companheiro de fé, torna-se ainda mais necessária nosso clamor. No Sábado passado, dia 30 de Outubro, depois de ministrar a Palavra a cerca de 200 pastores, dei um testemunho sobre a vida de fé do Pedro, e disse que não era bastante que soubéssemos que ele amava a Deus, mas acima de tudo necessário que orássemos por ele. Tal recomendação deriva de vários textos das escrituras.
ü A Bíblia recomenda que oremos pela nossa cidade – "Orai pela cidade, porque na sua paz tereis paz" (Jr 29.7). Uma cidade dominada por um governo justo e sábio traz benefícios para todos só seus cidadãos.
ü A Bíblia recomenda que oremos pelas autoridades – "Antes de tudo, pois, exorto que se use a pratica de suplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito" (1 Tm 2.1-2). Orar deve ser algo que ocupe um item fundamental na nossa agenda, já que ele afirma, "antes de tudo". Como prefeito precisamos protegê-lo, cobri-lo espiritualmente, e este foi um compromisso assumido por aqueles pastores que encontravam-se ali naquele encontro.

Precisamos olhar para nossa cidade, não tentando descobrir quanto ela pode nos dar, mas quanto poderemos dar-lhe – Muitas pessoas se aproximam da política como se ela fosse uma generosa doadora. Na verdade, como cristãos, deveríamos nos aproximar tentando descobrir o que poderíamos dar. Muitos cidadãos e alguns deles cristãos, poluem as ruas, jogam papéis no chão, depredam bens públicos, desvalorizam o que é feito pelo governo. Outros tantos exercem mal sua cidadania, cuidam mal de sua cidade. O cristão deveria ter o melhor jardim de sua casa, cuidar bem do lixo que coloca na porta, ser um guardião do bem público, e não se aproximar como alguém a quem a prefeitura precisa lhe dar. Muitos acham que prefeitos e secretários são obrigados a arranjar-lhe trabalho, mas esta aproximação é viciosa e prejudicial para o bem público. Se ocuparmos algum cargo, sejamos benfeitores de tal função. Não há nenhum problema em sermos contratados, mas quando formos chamados para tal vocação deveremos exercê-la com integridade e inteireza.

sábado, 9 de outubro de 2004

A soberania de Deus é limitada pela liberdade humana?

Normalmente temos dificuldade de entender soberania, porque não entendemos a condição do homem: radical corrupção.
Pode o homem fazer escolhas morais?
Gardner defende ética como “O estudo crítico da moralidade”[1] Para ele, trata-se da análise sistemática da vida moral, que inclui padrões de certo/errado, escolhas morais práticas e alvos e princípios ideais.
A pressuposição ética básica é “O Homem é livre e responsável”.
Aqui surge o primeiro dilema: O homem é verdadeiramente livre e responsável?

Várias controvérsias surgem aqui neste campo:
1. Controvérsia no campo psicológico:
i. Skinner – Psicólogo de uma linha behaviorista, escreveu um livro chamado: “O Mito da liberdade humana”. O homem seria um ser programado. Ele estaria preso a categorias de manipulação. Não emite respostas livres, mas somos frutos de um condicionamento pavloviano;
ii. Freud: O homem seria presa de seus processos inconscientes. Suas respostas seriam fundamentadas nos seus processos inconscientes. Quem determina minha escolha, se eu sou escravo de forças do Id/ego/superego?

2. Controvérsias no Campo Teológico:
i. Calvino – Para Calvino, só existe um "fazer" humano quando o mesmo é mediado por Deus. O homem vive na dimensão da queda, em sua natureza adâmica, para que uma ética humana e profunda aconteça, é fundamental
"Nascer em nós um desejo de buscar a Deus para recuperar nele o Deus que perdemos". [2]
Por vivermos em nossa natureza adâmica, apenas Deus poderá restaurar nossa imagem caída. A doutrina da Total depravation sustenta a incapacidade moral do homem de responder a Deus, a não ser que Deus inicie um novo processo de restauração moral através do Espírito Santo em nós. Existe uma absoluta ausência de bem moral no homem.
ii. Lutero - “O Livre arbítrio (liberium arbitrium), depois da queda do homem, é uma mera questão de título (apenas palavras): Desde que o homem faça o que está dentro dele, cometerá sempre pecado mortal…livre, ele é apenas para o mal…por isso Agostinho diz: “O Livre arbítrio sem a graça apenas outorga poder ao pecaminoso[3] (…) “O homem sem a teologia da cruz, faz do melhor, um péssimo uso”.[4]
iii. Satanização – Não é muito raro, nos círculos evangélicos, vermos pessoas satanizando seu processo de escolha. O diabo passa a ser responsável por todas nossas escolhas morais, ele é o culpado. Por isso, ao invés de confrontarmos o pecado humano, e exigirmos uma resposta ética às nossas atitudes, satanizamos nossos conflitos. [5]

3. Controvérsias no campo filosófico e literário–
i. Rousseau – No seu clássico: “O contrato Social”, inicia fazendo a seguinte afirmação: “O homem é livro, mas em toda parte encontra-se a ferros”.
ii. Graciliano Ramos: “Liberdade completa ninguém desfruta: Começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a delegacia de ordem política e social. Nos estreitos limites que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer”[6]

Retomamos à questão inicial: Seria o homem um ser livre? “A não ser que ele seja livre em sentido bem real, não pode ser considerado responsável por seus atos, e se não é responsável por esses atos, não há sentido em falar deles como tendo significação ética”.[7]
Ética pressupõe Liberdade e Responsabilidade. A atividade moral moral é inevitável enquanto o homem permanece homem.
[1] . Gardner, E. C. – Fé Bíblica e Ética Social, São Paulo, ASTE, 1965, pg. 19
[2] Calvin, Juan – Institutas de las religiones cristianas. Livro II, cap.1 & 1, pg. 161.

[3] . Gottffried Fitzer O que Lutero realmente disse, São Paulo, Civilização Brasileira, , pg. 29
[4] . Fitzer, op. Cit. Pg. 31
[5] . Ler o livro: Antes de amarrar satanás de Elber Lens César.
[6]. Graciliano Ramos - ” in Memórias de Cárcere

[7] . Gardner, E. C., 1965 – pg. 19

sexta-feira, 24 de setembro de 2004

Eleições Municipais

No próximo domingo, todo nosso país estará mobilizado em torno da eleição de prefeitos (Executivo) e vereadores (legislativo). Anápolis está neste clima de política, que gera tanta paixão e muitas controvérsias.

Apesar de não concordarmos com o voto obrigatório, achamos que o mesmo é um instrumento legítimo da democracia e uma grande oportunidade do exercício da cidadania. Pelé certa vez afirmou que o povo Brasileiro não sabe votar, e talvez ele esteja certo, mas isto não deve impedir o livre exercício do nosso direito de cidadania, e que, nas tentativas de erros e acertos, aprendamos a escolher líderes mais competentes e preparados para os cargos disponíveis.

Como cristãos devemos votar. Muitos idosos aqui da igreja, apesar de terem dificuldade de transporte, e não serem obrigados ao voto, devem também exercer sua cidadania. Voto é um direito democrático no qual ricos e pobres participam com igual peso de decisão. Tanto vale o voto do que tem um grande preparo intelectual e muitos recursos quanto o voto daquele que é simples e pobre.

Nossa igreja não assumiu nenhuma posição oficial. Mas como pastor, recomendo fortemente o nome de dois homens que são líderes em nossa comunidade para seus cargos, pela sua história de caminhada entre nós, e exemplos de dignidade e vida cristã. Pedro Sahium (40) para prefeito, e Nilton Barbosa dos Santos (13.444) para vereador. Apesar de estarem labutando em partidos diferentes, são homens que tem todo nosso respeito para seus respectivos cargos. Sabemos que existem outros homens também competentes se candidatando e que o voto deve ser conseqüência de um livre exame e escolha, e ninguém é constrangido a votar em qualquer pessoa. Este é um dos princípios da reforma, "ninguém deve agir contra sua própria consciência".

Acima de tudo, devemos nos lembrar de orar nesta escolha. Deus dará esclarecimento e convencimento a todos irmãos.

Viva a democracia!

segunda-feira, 6 de setembro de 2004

A dignidade Humana

Poucas coisas na vida têm sido mais desafiadoras para a reflexão moderna que o resgate do valor do ser humano, independentemente de sua raça, cor, conta bancária, currículo, etc., Uma das grandes verdades universais é que o ser humano tem uma dignidade inerente em si mesma, e esta deve ser sempre encontrada, e, em alguns casos, resgatada.

A grande questão humana, antes de ser filosófica, tem que ser antropológica. Porque o valor do ser humano deve ser o fundamento de toda reflexão epistemológica, religiosa ou existencial.

Mas como tem sido desprezado o valor do homem, sua dignidade enquanto ser...

Por causa desta moeda ser tão desvalorizada, observamos estarrecidos cenas como esta recentemente acontecida na catástrofe russa que deixou cerca de 350 pessoas mortas, sendo a maioria crianças e adolescentes.

O ser humano tem sido desvalorizado em massacres como o da Ruanda. "Ruanda-de-um-milhão-de-mortos, daquele Vietnã cozido a napalme, daquelas execuções em estádios cheios de gente, daqueles linchamentos e espancamentos daqueles soldados iraquianos sepultados vivos debaixo de toneladas de areia, daquelas bombas atômicas que arrasaram e calcinaram Hiroshima e Nagasaki, daqueles crematórios nazistas a vomitar cinzas, daqueles caminhões a despejar cadáveres como se de lixo se tratasse. De algo sempre haveremos de morrer, mas já se perdeu a conta aos seres humanos mortos das piores maneiras que seres humanos foram capazes de inventar. Uma delas, a mais criminosa, a mais absurda, a que mais ofende a simples razão, é aquela que, desde o princípio dos tempos e das civilizações, tem mandado matar em nome de Deus"[1]. O que nos chama a atenção é que no centro de todas estas cenas absurdas, muitas vezes usa-se o nome de Deus para se justificar os massacres, mas o cerne da questão, de fato, é que a vida se banalizou, se coisificou, tornou-se objeto de troca, de manipulação, de exploração e de abuso. Perde-se a dignidade humana. Perdeu-se a noção do para que existimos, e da dignidade inerente que todos nós temos, por sermos humanos, simplesmente humanos.

Um dos primeiros conceitos que encontramos nas Escrituras Sagradas, é que o homem foi feito "A Imagem e semelhança de Deus". [2] Sua dignidade existe pela sua procedência. Ele é um ser diferenciado dos outros, criado de forma distinta das demais criaturas. Deus o fez de forma pessoal, e lhe deu responsabilidades maiores, deu-lhe domínio, inteligência, criatividade, capacidade de raciocinar, de se relacionar, de amar não apenas de forma instintiva, mas de forma madura e responsável.

Mas o homem perdeu sua identidade. Esqueceu-se do seu eidos.[3] Não sabe mais que cara possui, qual é sua feição. Temos o homem máquina, o homem produto, o homem objeto, o homem alienado, o homem coisa, o homem robotizado, e as designações poderiam se multiplicar ad infinitum nesta adjetivização da natureza e do ser do homem.

Por perdermos a referência, agimos tresloucadamente. Sacrificamos a nossa existência. Morremos e matamos sem sentido. Banalizamos a vida quando o ser humano não se encaixa no perfil que julgamos trazer dignidade. Deficientes, mendigos, índios, raças diferentes, ideologias diferentes, cores passam a roubar o valor do ser humano, pois o vemos, não na sua essência (aquilo que ele é), mas nos seus acidentes (sua história, herança, cor, religião, etc).

M. Luther King Jr no seu famoso sermão I have a dream, afirmava que sonhava com um dia quando o homem seria julgado não por causa da cor de sua pele, mas pelo seu caráter. Este dia precisa ser sonhado e desejado por todos nós. Menosprezamos pessoas de classe social diferente, porque achamos que elas são menos que são.

Durante nove anos morei fora do Brasil. Certa vez me perguntaram se no Brasil existia racismo. Orgulhosamente respondi que não. Acreditava eu, que não havia conflitos inerentes entre raças, que os negros não eram desconsiderados por serem negros. Mas hoje entendo que minha análise estava errada. Roubamos a dignidade do pobre, do necessitado, e nos julgamos superiores a pessoas de classes sociais que não estão no nosso mesmo nível cultural. Temos um sofisticado racismo social, tolo e ignorante, mas tão presente nas classes dominantes.

Este texto de Cristovam Buarque, exprime o meu sentimento:

Em nenhum outro país os ricos demonstram mais ostentação que no Brasil.. Apesar disso, os brasileiros ricos são pobres.Na verdade, a maior pobreza dos ricos brasileiros está na incapacidade de verem a riqueza que há nos pobres. Foi esta pobreza de visão que impediu os ricos brasileiros de perceberem, cem anos atrás, a riqueza que havia nos braços dos escravos libertos se lhes fosse dado o direito de trabalhar a imensa quantidade de terra ociosa de que o país dispunha. Se tivessem percebido essa riqueza e libertado a terra junto com osescravos, os ricos brasileiros teriam abolido a pobreza que os acompanha ao longo de mais de um século. Se os latifúndios tivessem sido colocados à disposição dos braços dos ex-escravos, a riqueza criada teria chegado aos ricos de hoje, que viveriam em cidades sem o peso da imigração descontrolada e com umapopulação sem miséria.A pobreza de visão dos ricos impediu também de verem a riqueza que há na cabeça de um povo educado. Ao longo de toda nossa história, os nossos ricos abandonaram a educação do povo, desviaram os recursos para criar a riqueza que seria só deles, e ficaram pobres: contratam trabalhadores com baixa produtividade, investem em modernos equipamentos e não encontram quem os saiba manejar, vivem rodeados de compatriotas que não sabem ler o mundo ao redor, não sabem mudar o mundo, não sabem construir um novo país que beneficie a todos. Muito mais ricos seriam os ricos se vivessem em uma sociedade onde todos fossem educados.CRISTOVAM BUARQUE, O Globo, 12/02/2001

Conclusão:
Precisamos resgatar o conceito da dignidade humana. Como um ser criado por Deus para se relacionar com o Criador, e com aqueles que estão ao seu lado. Resgatar a capacidade de ver o outro, com os olhos de Deus, nos capacitaria a sermos mais parecidos com o próprio Deus e geraria uma nova sociedade, firmada no princípio de que todos são iguais perante a lei, sem corrermos o risco de afirmar como George Orwell no seu clássico animal farm "Mas alguns são mais iguais que outros".

A grande questão humana, antes de ser filosófica, tem que ser antropológica.


[1] Jose Saramago, O Fator Deus.
[2] Gen 1.26
[3] Eidos, é a palavra grega, traduzida na Septuaginte, para se referir ao homem como imagem e semelhança de Deus.

quinta-feira, 12 de agosto de 2004

Igreja Presbiteriana de Anápolis- 51 anos Anunciando Vida Eterna

Estamos novamente em festa. Tempo de lembrar nossa história, rever nossos valores e olhar para o futuro. Tempo de avaliação e gratidão.

Lembrando nossa história – São 51 anos semeando vida. Centenas de pessoas já foram salvas por terem ouvido o Evangelho através do ministério desta igreja. O El-Rancho teve uma participação fundamental neste processo. Muitos dos que aqui se encontram ouviram a Palavra de Deus, pela primeira vez, naquele Acampamento, outros tanto, aqui em nosso templo. É uma história marcada por triunfo. De poucos que aqui se encontravam no tempo da organização, hoje somos muitos. Varias igrejas foram nossas filhas, surgiram por causa da visão dos pastores e conselho que Deus levantou.

Rever nossos valores – Muita coisa mudou desde aquele tempo. As memórias da II Guerra já são longínquas. Naquele tempo não se falava em computador ou internet. Carros eram ainda para os mais privilegiados. Mudou o tempo e deve-se mudar as estratégias e metodologias. O Evangelho é o mesmo, Jesus é o mesmo, A Bíblia é a mesma, mas a abordagem deve ser reavaliada e se possível, uma nova abordagem deve surgir. Um novo tempo está surgindo, e Deus nos tem chamado para servir à presente geração (At 13.36).

Olhar para o futuro – Uma Igreja não vive só de histórias, mas de sonhos, de visões. Tem que aprender a olhar com estratégia, com sabedoria, aproveitando bem as oportunidades que vão surgindo e semear o Evangelho com piedade, autoridade, maturidade e sabedoria. Estamos ainda no primeiro tempo, existe muito para acontecer e nós não queremos perder o que virá, não queremos ter a impressão de que o "tempo passou na janela e só a Igreja de Anápolis não viu". Olhamos para o passado com gratidão por ver que o Senhor é zeloso, mas olhamos para o futuro com esperança, afinal, o mesmo Deus que criou e sustentou esta igreja, nos espera no futuro.

Que Deus nos abençoe!

quarta-feira, 30 de junho de 2004

ACREDITE SEMPRE

Fleming era um pobre fazendeiro escocês. Um dia, enquanto trabalhava para ganhar a vida, o sustento para sua família, ouviu um pedido desesperado de socorro vindo de um pântano nas proximidades. Largou suas ferramentas e correu para lá.
Lá chegando, enlameado até a cintura, de uma lama negra, encontrou um menino gritando e tentando se safar da morte. O fazendeiro Fleming salvou o rapaz de uma morte lenta e terrível.
No dia seguinte, uma carruagem riquíssima chega à humilde casa do escocês. Um nobre, elegantemente vestido, sai e se apresenta como o pai do menino que o fazendeiro Fleming tinha salvado.
“Eu quero recompensá-lo”, disse o nobre. “Você salvou a vida de meu filho”.
“Não, eu não posso aceitar pagamento para o que eu fiz”, responde o fazendeiro escocês, recusando a oferta.
Naquele momento, o filho do fazendeiro veio à porta do casebre.
“É seu filho?” perguntou o nobre.
“Sim” , o fazendeiro respondeu orgulhosamente.
“Eu lhe farei uma proposta. Deixe-me levá-lo e dar-lhe uma boa educação. Se o rapaz for como seu pai, ele crescerá e será um homem do qual você terá muito orgulho”.
E foi o que ele fez. Tempos depois o filho do humilde fazendeiro formou-se em medicina no St. Marys Hospital Medical School de Londres, ficou conhecido no mundo como o notável Senhor Alexander Fleming , o descobridor da Penicilina.
Anos depois, o filho do nobre estava doente com pneumonia.
O que o salvou? A Penicilina.
O nome do nobre? Senhor Randolph Churchill.
O nome do filho dele? Senhor Winston Churchill.


Contribuição Jorge Sahium

segunda-feira, 7 de junho de 2004

Voce tem controle?

Muitos acham que tem controle sobre suas vidas. que são capazes de controlar impulsos, instintos, pulsões. Acham que podem controlar vicíos, pensamentos, emoções, desejos e sonhos. Alguns acham que tem controle até quando tem desinteria, ou podem adiar um infarto ou AVC.
O desbocado poeta Bocage afirmou: "Existem muitos homens que acham que podem controlar o mundo, mas não sabem sequer levantar a tampar para urinar", e eu acrescentaria mais, fazem pipi na calça e ainda jogam papéis de balinha, latas de refrigerante, e sujeira do carro ou da mão na rua...
E se eu provasse que que voce não controla sequer o seu pé?
Veja o que li alguns dias atrás...
Voce acha que tem controle sobre seus pés? Duvido!
Se não conseguir, pelo menos dará boas risadas...Tire a prova você mesmo, para ver se você tem controle de seu pé direito. Vale a pena tentar!
Quando você estiver sentado à sua mesa, faça círculos com o seu pé direito no sentido dos ponteiros de um relógio.Enquanto estiver fazendo isso, desenhe no ar o número "6" com a sua mão direita. O movimento do seu pé vai mudar de direção... Vai circular contrário aos ponteiros de um relógio... Não adianta, é o mesmo local do cérebro que comanda... Conseguiu?
Duvido...

quarta-feira, 26 de maio de 2004

Crianças aprendem o que veem

Estou publicando este texto, que não é meu, pela sua validade...

Crianças aprendem o que vivenciam

Se uma criança vive com crítica, aprenderá a condenar.

Se uma criança vive com hostilidade, aprenderá a lutar.

Se uma criança vive com vergonha, aprenderá a culpa.

Se uma criança vive com tolerância, aprenderá a ser paciente.

Se uma criança vive sendo ridicularizada, aprenderá a ser tímida.

Se uma criança vive sendo encorajada, aprenderá a ser confiante.

Se uma criança vive com honestidade, aprenderá justiça.

Se uma criança vive com segurança, aprenderá a ter fé.

Se uma criança vive com aprovação, aprenderá a gostar de si mesma.

Se uma criança vive com aceitação, aprenderá amizade.

E aprenderá a achar amor no mundo.

quinta-feira, 13 de maio de 2004

A Igreja do Século XXI

Na última semana os pastores e alguns líderes de nossa igreja estiveram participando de um Congresso da Sepal, voltado para a reflexão, devoção e ao emprego de novas ferramentas que possam contribuir para o ministério das igrejas locais. Muitos seminários foram propostos, alguns deles interessantes outros nem tanto. Mas de tudo o que ouvimos, alguns pontos ficaram evidentes:

A igreja do Século XXI deve ser contextualizada. Isto é, precisa estar conectada com o momento particular que vive. Ouvimos alguns desafios interessantes do Marcelo Gualberto sobre a juventude em nossos dias, os desafios que enfrentam, as mudanças de paradigmas nas programações e nos eventos e as tendências e questionamentos que normalmente pairam no coração de nossos filhos. Novas abordagens e leituras eclesiais foram feitas e discutiu-se a necessidade de mudança de ênfase e a necessidade de criatividade no ministério, etc. Se a igreja deseja ser relevante em nossos dias, precisa interpretar o Evangelho à luz dos eventos cotidianos;

A igreja do Século XXI precisa investir em liderança emergente – isto é, precisa reciclar os líderes existentes, desafiar pessoas novas a assumir seu lugar no Reino. Palestras como "As sete tentações do líder" do Rev Nélio DaSilva, ressaltaram os desafios e conceitos de liderança presente e deixaram algumas pistas de leitura para o ministério eclesial em nossa geração;

A igreja do Século XXI, precisa ser acolhedora – Numa época de despersonalização e coisificação do ser humano, a receptividade da igreja, o acolhimento aos que chegam e a vida comunitária tornam-se extremamente relevantes. O que vai determinar a dinâmica da igreja, mais e mais, é o envolvimento comunitário e a capacidade de acolhimento. A recepção aos novos, a criação de grupos saudáveis de estudo da Palavra e comunhão torna-se um imperativo!

A igreja do Século XXI, precisa ser generosa – Não pode ser uma comunidade voltada para apenas para seus próprios interesses, mas precisa refletir sobre a sociedade carente, dar resposta de amor/serviço, criar parcerias para abençoar os pobres e os que sofrem em nossa nação. Os membros da igreja precisam aprender a contribuir com alegria para a obra do Senhor, a fim de que a missão possa ser plenamente atingida.

A Igreja do Século XXI, precisa voltar aos fundamentos do Evangelho – Esta foi a temática de todas as mensagens pregadas nas plenárias. O Rev. Tim Keller, pastor Presbiteriano em Nova York enfatizou o poder do Evangelho para nos desafiar ao amor e à compreensão da obra suficiente e plena de Cristo na cruz, e os efeitos que ela traz à nossa natureza humana, e na capacitação para lidar com as sombras emocionais que tão costumeiramente pairam sobre a nossa mente.

Rev. Samuel Vieira

quinta-feira, 18 de março de 2004

Era apenas um pombo, podre...

Na semana passada, debaixo de um enorme temporal que por alguns tem sido considerado o maior em 30 anos, ao chegarmos a igreja, percebemos que não tínhamos condições de nos reunir em nosso templo por causa da quantidade de água que caia do telhado. Por causa deste vazamento, parte de nosso forro cedeu, e havia um grande buraco no nosso teto.
Inicialmente ficamos chocados, mas recuperados do choque, nos dirigimos ao Salão Social da Igreja, onde tivemos um culto com um grupo não muito grande de irmãos que, corajosa e intrepidamente, conseguiram chegar para participar do culto e onde fomos grandemente abençoados.
Final de culto, especulações e teorias. O que poderia ter acontecido? Como a chuva ainda continuava, e a água ainda caia do teto, nada podia ser feito. Na segunda feira, já com um dia mais propicio, foi feita a averiguação e descobriu-se que era apenas um pombo, que morto no telhado, bloqueou nossas calhas, impedindo o fluxo da água e causando este grave incidente na nossa igreja.
Um pombo podre...
Pareceu-me uma parábola da vida. Quantas pessoas tiveram sua criatividade, sua vida com Deus, seus relacionamentos pessoais danificados por que sua existência foi bloqueada por alguma coisa podre. Os danos neste caso são sempre enormes e de graves conseqüências.
É um Acã, que resolve esconder sua capa e barras de ouro debaixo da tenda. Um pecado furtivo e acobertado, que trouxe grandes conseqüências para o povo. É a atitude de sacerdotes como Hofni e Finéias que agridem a santidade de Deus com seus pecados praticados dentro do templo, trazendo o juízo de Deus. Poderemos quase que indefinidamente nomear pessoas que na história trouxeram graves conseqüências a si mesmos ou ao seu grupo por causa de coisas podres, corruptas e pecaminosas.
Uma coisa boa, porém, precisa ser citada: Tendo sido retirado o pombo, o problema foi sanado. Quando sai aquilo que está podre, tudo pode ser restaurado. Mais uma vez encontramos um paralelo com a palavra de Deus. "Bem aventurado o homem cuja iniqüidade é perdoada e cujo pecado é coberto" (Sl 32.1). Para que a vida volte à normalidade é necessário que o sangue maravilhoso de Cristo retire nossa podridão, nossa peçonha, nossa iniqüidade. Quando isto acontece, as coisas se restabelecem e somos curados.

Marco 18, 2004

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004

Colheitas do pecado

“Naquele tempo, que resultado colhestes?”
Rm 6.21

Carnaval é uma data que preocupa as autoridades brasileiras: aumenta de forma significativa o número de acidentes em trânsito vítimas do alcoolismo e das noites de folia; sobe consideravelmente o número de prisões e ocorrências policiais, e de forma ainda mais dramática, os conflitos familiares e assassinatos tornam-se mais comuns nesta época do ano. Um médico de nossa igreja, que estará de plantão neste carnaval e gostaria de ir ao acampamento, não conseguiu trocar a sua escala porque ninguém o quer substituí-lo durante este tempo do ano.
Estes são os resultados não publicados pelos jornais e programas de televisão. As estatísticas silenciosas de fantasias quebradas e máscaras despedaçadas não são conhecidas, dores e perdas do distanciamento de Deus não são podem ser mensuradas e na maioria das vezes não é conhecida. O convite que se faz no carnaval é para a folia e para a alegria, para a fantasia e para a festa. Os carnavalescos seguem freneticamente os chamados “trem da alegria”, ignorando que muitos deles levam ao precipício e a verdadeiras tragédias. A colheita do carnaval não é tão atraente.
Falando da vida dissoluta que muitos cristãos tiveram antes de conhecerem a graça de Deus e serem resgatados pela ação maravilhosa e eficaz do Espírito Santo em suas vidas, Paulo faz a seguinte pergunta: “Naquele tempo, que resultado colhestes?” Rm 6.21.
Durante o carnaval, esta pergunta deveria gritar dentro de nós. Qual é a colheita do carnaval? Quais os frutos que ficam resultantes deste tipo de folia e frevo?
Paulo responde a esta pergunta afirmando: “somente as coisas de que agora vos envergonhais”. A colheita do carnaval é sinistra, as estatísticas os números falam por si mesmos, mas é na alma que as perdas ainda são mais notórias, que as colheitas são mais amargas.
A Bíblia diz que aquele que semeia para a carne, da carne colherá corrupção, e aquele que semeia para o espírito, do espírito colherá vida eterna. Que diferença entre aquele que semeia para a carne daquele que semeia para o Espírito.

Que neste carnaval nossa semeadura seja para a paz, para Deus, para a verdadeira folia da alma que vem quando Deus se faz presente.

sábado, 10 de janeiro de 2004

Muita gente anda comigo!

É, nas férias de janeiro de 2004 fomos para um local meio distante, ficamos em Olivença, BA, cerca de 30 Km de Ilhéus, BA. Resolvemos nos isolar do mundo e das pessoas, afinal, estávamos de férias.
Percebi, contudo, quanto era difícil estar só. Além da minha família que veio comigo, descobri que sempre existem pessoas andando com a gente. Encontrei Romero e Eleuza no mesmo local em que estávamos hospedados, encontramos João Inácio e Ranúzia que se hospedaram a poucos quilômetros de nós, todos eles eram velhos amigos que foram encontrados, sem um prévio ajuste ou acerto, as coisas simplesmente aconteceram.
Minhas leituras diárias consistiram basicamente de Isaias o profeta, e de uma ótima leitura de John Grisham, e do tema de preparação para a conferência de Asas de Socorro que estarei ministrando no final de Janeiro em Caldas Novas.
Além das pessoas, contudo, símbolos e significados estavam presentes. Carregava coisas comigo que tinham uma dimensão sacramental, me lembrava amigos e gente querida. Apenas numa mesa de estudos encontrei: A bíblia de estudos que me foi dada pelo caro amigo Wilson de Souza, do Rio, presente de uma viagem em Julho,99. A pasta que organizava meus materiais me lembrava Daniel e Dilma da extinta Dávila Tour, gente amada. A Dilma me doou carinhosamente uma viagem a Israel, presente maravilhoso. O meu plano de leitura bíblica anual foi preparado pelo querido irmão Marcos Dias, que mora em Fall River, MA. A minha agenda foi doada pelo Mounir Filho, presbítero de Anápolis. Todas estas coisas evocam lembranças, gestos, são símbolos da sacralidade de amigos, e isto me fez pensar em quanta gente maravilhosa Deus tem feito passar em nossa vida.

De fato não estou só! Muita gente anda comigo!

Praia de Acuipe, OLIVENÇA, Ba, 2.01.04, 10.30 AM