quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004

Colheitas do pecado

“Naquele tempo, que resultado colhestes?”
Rm 6.21

Carnaval é uma data que preocupa as autoridades brasileiras: aumenta de forma significativa o número de acidentes em trânsito vítimas do alcoolismo e das noites de folia; sobe consideravelmente o número de prisões e ocorrências policiais, e de forma ainda mais dramática, os conflitos familiares e assassinatos tornam-se mais comuns nesta época do ano. Um médico de nossa igreja, que estará de plantão neste carnaval e gostaria de ir ao acampamento, não conseguiu trocar a sua escala porque ninguém o quer substituí-lo durante este tempo do ano.
Estes são os resultados não publicados pelos jornais e programas de televisão. As estatísticas silenciosas de fantasias quebradas e máscaras despedaçadas não são conhecidas, dores e perdas do distanciamento de Deus não são podem ser mensuradas e na maioria das vezes não é conhecida. O convite que se faz no carnaval é para a folia e para a alegria, para a fantasia e para a festa. Os carnavalescos seguem freneticamente os chamados “trem da alegria”, ignorando que muitos deles levam ao precipício e a verdadeiras tragédias. A colheita do carnaval não é tão atraente.
Falando da vida dissoluta que muitos cristãos tiveram antes de conhecerem a graça de Deus e serem resgatados pela ação maravilhosa e eficaz do Espírito Santo em suas vidas, Paulo faz a seguinte pergunta: “Naquele tempo, que resultado colhestes?” Rm 6.21.
Durante o carnaval, esta pergunta deveria gritar dentro de nós. Qual é a colheita do carnaval? Quais os frutos que ficam resultantes deste tipo de folia e frevo?
Paulo responde a esta pergunta afirmando: “somente as coisas de que agora vos envergonhais”. A colheita do carnaval é sinistra, as estatísticas os números falam por si mesmos, mas é na alma que as perdas ainda são mais notórias, que as colheitas são mais amargas.
A Bíblia diz que aquele que semeia para a carne, da carne colherá corrupção, e aquele que semeia para o espírito, do espírito colherá vida eterna. Que diferença entre aquele que semeia para a carne daquele que semeia para o Espírito.

Que neste carnaval nossa semeadura seja para a paz, para Deus, para a verdadeira folia da alma que vem quando Deus se faz presente.