segunda-feira, 4 de junho de 2012

Ebenézer

Depois de muitos anos, vivendo sob a liderança de juízes, eram líderes que se levantavam para restaurar o povo de Deus em Canaã, Deus suscitou um respeitável profeta cujo nome era Samuel. No livro de juízes, a frase que se repete parece um estribilho: “Naqueles dias não havia rei em Israel, cada um fazia o que queria”. O resultado era anárquico, gerando muita insegurança entre este povo nômade que estava tentando se consolidar como uma nação. Para firmar sua liderança, o profeta Samuel teve uma dura batalha contra os filisteus. A Bíblia diz que “Enquanto Samuel oferecia o holocausto, os filisteus chegaram à peleja contra Israel; mas trovejou o Senhor sobre os filisteus de tal forma, que foram derrotados diante dos filhos de Israel” (1 Sm 7.10). Para marcar esta vitória, Samuel tomou uma pedra e a pôs entre os territórios de Israel e dos filisteus dizendo: “Ebenézer...Até aqui nos ajudou o Senhor” (1 Sm 7.12). Hoje também estamos colocando um marco na caminhada da nossa igreja, inaugurando o Salão Social do novo prédio com o elevador já em pleno funcionamento. Para celebrar este encontro, gostaríamos de ter as pessoas que assinaram seus nomes na ata inaugural da igreja há 58 anos atrás, mas muitos já estão vivendo em outros condomínios, que são as moradas celestiais que Jesus lhes preparou, outros, contudo, por serem ainda muito jovens em 1954 ainda estão conosco: D. Branca de Siqueira Campos (adoentada); Dulce Rodrigues Santos; D. Geni Campos; Dr. Henrique Fanstone; D. Olinta Lisboa; D. Maria Helena Zayek. Além destes irmãos, alguns como Bill Fanstone, Dr. Joe e D. Jalma Wilding, começaram a nos abençoar desde entao. No ato inaugural deste salão, convidamos solenemente estes irmãos, para consagrarmos o Salão Social da Igreja, no intervalo entre o culto da manhã e a Escola Dominical, subindo até este novo e agradável local que utilizaremos para muitas atividades de nossa comunidade. “Ebenézer...Até aqui nos ajudou o Senhor”

A vida espiritual dos filhos

Nem todos pais estão preocupados com a realidade espiritual de seus filhos porque nem todos estão preocupados com a sua própria vida espiritual. Apesar de serem religiosos, muitos não estão realmente convencidos de que as questões relacionadas à realidade eterna são relevantes. Por outro lado, felizmente, muitos pais estão alertas quanto a este assunto. Kurt Bruner e Steve Stroope, pesquisaram este assunto e chegaram a conclusão de que muitas igrejas estão querendo mudar modelos de Escola Dominical e pedagogia para manter os filhos dos crentes na igreja, mas o fato é que mais da metade das crianças criadas na igreja, abandonam a fé na fase adulta. O que está errado? A conclusão da pesquisa é que o melhor local para formar a espiritualidade dos filhos ainda é o lar, e os melhores professores ainda são os pais crentes, por isto é necessário que os pilares da fé sejam estabelecidos com o culto familiar, já que a fé começa em casa. Deus resolveu criar um povo para seu louvor e ao entregar sua lei a Moisés, exigiu que o povo de Israel formasse a consciência espiritual das crianças em casa (Dt 6.4-9). O ambiente onde a fé haveria de florescer seria no lar, com os pais transmitindo aos filhos a estrutura da fé. O processo seria lento e árduo, mas o resultado efetivo e abençoado. Pais não devem transferir para a igreja a tarefa da educação religiosa e nem a responsabilidade de moldar o caráter dos filhos. Igreja ajuda, não substitui; orienta, mas não é decisiva. Pais passam em média 3000 horas/ano com seus filhos, enquanto a igreja, no máximo, 40 hs/ano. Igreja é apoio, mas não a responsável para transmitir uma vida espiritual madura e equilibrada aos filhos. Rev Samuel Vieira

Quando o que temos é bastante!

Nossa alma tem sempre um quê de insaciabilidade. Não é sem razão que a espiritualidade clássica considerou a gula como um dos pecados capitais, cuja matriz faz desabrochar outros tipos de pecados. A gula é conhecida por todos como o ato de comer mais do que é necessário. Mas a gula, não deve ser associada apenas a comida, a gula faz parte de todos os aspectos da vida. Geralmente vemos pessoas "gulosas" por poder, fama e dinheiro do que por comida. A gula se opõe à satisfação e ao desprendimento. Como pessoas que buscam uma espiritualidade saudável, precisamos "comer" apenas aquilo que precisamos, sem ficarmos empanturrados ou sofrermos uma congestão. Isto se aplica a todas as áreas da vida: trabalho, dinheiro, poder, sexo, etc. Estar ciente disto é fator importante para que não desperdicemos tempo demais da vida correndo atrás daquilo que já passou do limite ou do necessário. Não é fácil saber quando bastante é bastante. Perguntaram certa vez a Rockefeller, quando era o homem mais rico do mundo, quanto dinheiro a mais ele queria, e ele respondeu sarcasticamente: “Só um pouquinho a mais...!”. A gula é insaciável, e não é sem razão que os romanos nas suas orgias palacianas, instalavam pias vomitórias, para que as pessoas depois de exagerarem na comida, pudessem tocar na garganta, provocar vômito e assim voltar a comer. Recentemente fui informado que alguns povos yanomamis, no Norte do Brasil, possuem esta mesma cultura. A Gula Precisa de dose cada mais alta: comida/consumo/sexo/droga/pornografia/dinheiro... é uma forma de tentar encher-se com coisas, para satisfazer a ausência de sentido e aceitação. Pessoas mal amadas têm a tendência de comprar coisas para impressionar outros e para adquirir sentido; de comer muito e se empanturrar de roupas e mimos absolutamente supérfluos. No entanto, comida e brinquedos não possuem afetos, e os adultos ainda agem infantilmente quando continuam tentando encontrar outros “brinquedos”, eventualmente mais caros e sofisticados, como forma de encher o vazio. Por isto a Bíblia fala do contentamento. “Contentai-vos com o vosso soldo”, disse João Batista aos soldados romanos que se arrependiam de seus pecados e queriam mudar de vida. Isto se aplica a todos nós. Precisamos aprender quando o que temos é bastante, e nos regozijarmos no que temos.