sexta-feira, 29 de setembro de 2017

O valor do tempo

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O dia de hoje tem um valor inestimável para sua vida. Você nunca mais poderá reproduzi-lo ou resgatá-lo, independentemente de ter sido ele frustrante ou maravilhoso, já que ele não se repetirá. Este momento seu, aliás, já é um presente cheirando a passado. Seus dois minutos anteriores já não existem mais.

O fato é que Deus não nos deu o amanhã e o ontem já se foi. O futuro é uma incógnita, e o amanhã, história. Está gravado na memória a lembrança do trágico tsunami acontecido em Bangladesh. As pessoas estavam na praia, curtindo um dia aparentemente normal, sem se darem conta de que uma onda, na velocidade de um jumbo, estava se formando nas profundezas dos mares para devastar a vida de 240 mil pessoas. Quem sabe o que nos reserva o amanhã?

A mente humana não tem facilidade para se concentrar no presente. Ora está avaliando o passado, ora fazendo planos para o futuro. Numa dimensão doentia, podemos estar remoendo o passado com amargura e ressentimento, e sendo devorados pelo futuro com a ansiedade e preocupações, que, como já foi dito, é uma pré-ocupação, ou uma preocupação antecipada.

Quando não desfrutamos o presente deixamos escapar a beleza dos momentos que nunca mais retornarão. É possível ignorar a flor que nasce, a árvore que floresce, as nuvens se formando no céu, o fabuloso e inusitado por do sol desta tarde, o sorriso da criança, o abraço da esposa e o sorriso do amigo. Os gregos afirmavam que oportunidade é uma pessoa cabeluda na frente e careca atrás, se não a pegarmos quando aparece, não será possível segurá-la quando passar por nós.

Tome cuidado para estar no presente, vivenciando o passado que já se foi, ou angustiado com o futuro que ainda não veio. Estatisticamente, 80% das preocupações de hoje, que ocupam o seu coração, não possuem qualquer valor perene e na semana que vem você sequer se lembrará delas.
Deus lhe deu o presente, e isto é tudo o que você tem hoje. Vislumbrando esta realidade, a Bíblia afirma: “Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele” (Sl 118.24). Peça a Deus sabedoria para desfrutar cada momento deste dia, ore para que Deus lhe faça perceber quantas e belas oportunidades podem ser experimentadas neste dia especial que é hoje. Esteja presente no presente!

A Bíblia ainda exorta quanto ao tempo presente demonstrando o valor que ele tem para a eternidade. “Hoje, se ouvirdes a voz de Deus, não endureçais o vosso coração”. Hoje é um dia de oportunidades de reconciliação com pessoas e com Deus. Hoje é tempo de salvação que possui peso eterno, pois aponta para sua alma, que é única dimensão humana que subsiste para sempre.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Não tenho fé suficiente para ser ateu

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Norman L. Geisler, escreveu sugestivo livro com este tema. O autor inicia sua argumentação citando a frase de conhecido intelectual Phillip E. Johnson: “Aqueles que afirmam serem céticos em relação a um conjunto de ideias, na verdade possuem outro conjunto de crenças já estabelecidas”.
A realidade é que, mesmo céticos, precisam de determinada quantidade de pressupostos para fundamentarem suas convicções e teses. Eis alguns exemplos:
A.   A ciência afirma de forma consistente que o universo surgiu de uma grande explosão conhecida como big-bang. Duas hipóteses são possíveis: Primeiro, o surgimento do cosmos foi articulado por um ser criativo, resultando no “design inteligente” (visão cristã); segundo, foi resultante de forças impessoais e do niilismo (visão ateísta), e do nada a harmonia e forma do universo como conhecemos, se manifestou. Qual visão requer mais dose de fé? Qual é a mais razoável?

B.   A mais simples forma de vida contem informações equivalentes a 1.000 enciclopédias. Os cristãos creem que isto seria resultado de um Deus criador. O ateísmo defende o princípio da geração espontânea e que forças naturais seriam a causa do surgimento da matéria. Os cristãos afirmam que suas teses possuem suporte científicos ainda que não possam ser provados, o ateísmo nega. Qual posição requer maior fé?

C.   Os cristãos afirmam que num ato de Deus, de um ser superior, o ser humano foi criado. A complexidade do corpo humano é de tal magnitude que apenas no nervo ótico existem cerca de 100 mil veias. O ateísmo declara que a criação é resultado do acaso. Desde que tal afirmação não pode ser cientificamente provada, é necessário crer na existência de um ser superior. O ateísmo nega tal possibilidade. Ambas exigem fé. Qual é a mais plausível?

Mortimer Adler observou que nossa conclusão sobre Deus impacta todas as áreas da vida. Se Deus existe, milagres são possíveis, a história faz sentido e certamente as cinco questões mais urgentes da vida podem ser respondidas: Origem (De onde viemos?); Identidade (Quem somos); Sentido (Por que estamos aqui?); Moralidade (como devemos viver?) e Destino (para onde estamos indo).


Todas estas questões desafiam a mente e a lógica humana. Acho extremamente difícil ter fé para ser ateu e por não ter fé suficiente para viver sem um conjunto de crenças, continuo firmado nas convicções da fé cristã.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Propósito

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Você já parou para considerar como a natureza se complementa e se organiza? Só no Planeta Terra existem 10 milhões de espécies entre plantas e animais coexistindo e se organizando em uma complexa teia de relacionamentos. O universo é harmônico. Todas estas conexões de seres vivos trazem uma ordem impressionante e admirável.

Como estas coisas vieram a existir e subsistem se constituem num grande mistério para a pesquisa e a ciência. Como a água evapora? De onde vem as correntes de ar? Como se formam grandes volumes de águas em ondas abissais? Como se forma a tempestade, como funciona o ecossistema do mar e das florestas?

Certo dia minha esposa observou com espanto ao ver uma de suas lindas flores sendo devorada por lagartas: “Pobre das plantas, como são indefesas!” Apesar de toda esta fragilidade, as plantas subsistem, geram sementes, dão frutos, sobrevivem. Cada espécie identifica seu papel e cumpre seu propósito.

E quanto a nós? Temos sido capazes de entender a missão e vocação que temos neste “network universal”? Cada um de nós possui um dom, uma vocação, não somos um “acidente entre acidentes” que sobrevive despropositalmente entre nascimento e morte.

Nossas escolhas, relacionamentos e decisões devem ser tomadas, levando em consideração o significado maior que nos conecta do particular ao infinito, do interior para o cosmos. Jean Paul Sartre afirmou que nenhum ponto finito tem sentido se não estiver conectado a um ponto infinito...sem a compreensão de algo (ou Alguém maior), torna-se impossível encontrar sentido para as questões existenciais: “Por que nasci, para que vivo e para onde vou”.


O propósito nos ajuda a entender o nosso papel na co-criação e manutenção da vida. Co-criação é uma criação compartilhada que sugere o conceito de um Criador, que extrapola os limites de nosso próprio ser. Jesus deve ter percebido como a vida sem propósito se perde e se esvazia. Por isto disse aos seus ouvintes: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Insatisfação

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A alma humana tem um vazio difícil de equacionar: Independentemente do status social, cultura, época e idade, há um nível de insatisfação latente, uma saudade inexplicável de algo que não se sabe o que, um desejo de algo imaterial difícil de resolver. Niilismo.

Por esta razão, muitos são movidos a adrenalina. Aventuras, viagens, ocupação irrefletida da mente, desde que alguma coisa ocupe este centro complexo e desafiador da própria realidade de viver. O vácuo, o não-ser, contudo, parecem consumir a alma. Eternos desejos.

Isto é tão adâmico, tão presente na raça humana, que Satanás convenceu Eva de que ela podia ter mais do que tinha estando ainda no Éden. E ela desejou isto. Ele conseguiu criar necessidade em Adão e Eva, mesmo estando no Paraíso. Tentação, tem sido definida como o encontro do pior que há em nós com o pior de todos os seres. De repente, Eva se vê diante de sua insatisfação, até então não sentida, e sua necessidade criada tornou-se real e concreta.

A publicidade trabalha exatamente com esta necessidade humana, com o vazio da alma. A propaganda consegue criar desejos e dando a impressão de que isto decorre de algo que poderá ser preenchido com uma agenda, um objeto de desejo, uma viagem, um carro novo, um novo relacionamento. Não entendemos que a insatisfação vai muito além dos aspectos externos. Não há comprimidos para a paz de espírito, ela não é criada em laboratório, e, como afirmou Hans Burke: “Mais da mesma coisa nos leva para o mesmo lugar”.

A insatisfação nos priva de desfrutar daquilo que é realmente importante, faz-nos projetar fracassos em pessoas amadas, gera fantasias e utopias da alma, um desejo pelo Shangrilá, este lugar distante e inexistente, ou anseio pelo Bora-Bora, lugar real e distante. Não amamos o que temos, mas desejamos avidamente o objeto distante, e mesmo quando alcançamos os objetos do desejo, imediatamente percebemos que “tudo que é sólido se desmancha no ar”, ou, como preconizou Eclesiastes: “Tudo é vaidade. As coisas são canseiras tais que ninguém as pode exprimir”.

Pascal fez uma declaração surpreendente: “O homem tem um vazio em forma de Deus”. O vazio, só é preenchido pelo anseio do Eterno. “Tudo que não é Eterno, é eternamente inútil”. Certamente esta é a razão da insatisfação: “Deus colocou a eternidade no coração do homem”. 

Propósito

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Você já parou para considerar como a natureza se complementa e se organiza? Só no Planeta Terra existem 10 milhões de espécies entre plantas e animais coexistindo e se organizando em uma complexa teia de relacionamentos. O universo é harmônico. Todas estas conexões de seres vivos trazem uma ordem impressionante e admirável.

Como estas coisas vieram a existir e subsistem se constituem num grande mistério para a pesquisa e a ciência. Como a água evapora? De onde vem as correntes de ar? Como se formam grandes volumes de águas em ondas abissais? Como se forma a tempestade, como funciona o ecossistema do mar e das florestas?

Certo dia minha esposa observou com espanto ao ver uma de suas lindas flores sendo devorada por lagartas: “Pobre das plantas, como são indefesas!” Apesar de toda esta fragilidade, as plantas subsistem, geram sementes, dão frutos, sobrevivem. Cada espécie identifica seu papel e cumpre seu propósito.

E quanto a nós? Temos sido capazes de entender a missão e vocação que temos neste “network universal”? Cada um de nós possui um dom, uma vocação, não somos um “acidente entre acidentes” que sobrevive despropositalmente entre nascimento e morte.

Nossas escolhas, relacionamentos e decisões devem ser tomadas, levando em consideração o significado maior que nos conecta do particular ao infinito, do interior para o cosmos. Jean Paul Sartre afirmou que nenhum ponto finito tem sentido se não estiver conectado a um ponto infinito...sem a compreensão de algo (ou Alguém maior), torna-se impossível encontrar sentido para as questões existenciais: “Por que nasci, para que vivo e para onde vou”.


O propósito nos ajuda a entender o nosso papel na co-criação e manutenção da vida. Co-criação é uma criação compartilhada que sugere o conceito de um Criador, que extrapola os limites de nosso próprio ser. Jesus deve ter percebido como a vida sem propósito se perde e se esvazia. Por isto disse aos seus ouvintes: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”.