quinta-feira, 27 de abril de 2017

A importância dos detalhes




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Um jovem casal entrou num restaurante fast food e pediu uma refeição para casa. Pagaram a comida, lhes entregaram a embalagem contendo o que haviam pedido e saíram do restaurante. Quando eles saíram o gerente percebeu que a equipe havia cometido um grave erro. Em vez de entregar a embalagem contendo seu jantar, entregaram uma na qual haviam colocado todo dinheiro arrecadado naquele dia.

Desesperados correram atrás, mas o casal já havia saído no carro e desaparecido. Logo depois, para surpresa do gerente o casal retornou dizendo que abriu a embalagem e encontrou o dinheiro dentro e veio devolver. Agradecido o gerente ofereceu-lhes uma recompensa, mas o casal não aceitou dizendo apenas que lhes entregassem o pedido do jantar que haviam feito.

O gerente então teve uma feliz ideia. “que tal se vocês ficassem aqui um minutinho a mais para que chamemos o jornal da cidade para uma fotografia e um artigo, afinal, não é fácil encontrar pessoas assim tão honestas em nossos dias?”...

O casal ao ouvir a sugestão, se virou para sair, e o gerente insistiu querendo saber a razão. O homem respondeu: “Não creio que seja uma boa ideia. Não gostaria que minha mulher me visse com outra”.

Isto mostra quanto as melhores pessoas podem cometer os piores erros. Os havaianos afirmam que “cheiro ruim pode ser encontrado até nos lugares mais doces”. São os detalhes que nos revelam, afinal, quanto menor o espinho do peixe, mais perigoso ele se torna.

Por isto precisamos aprender a nos conhecer, a descobrir os lados patológicos da alma, as fraquezas de caráter e as tendências que podem nos destruir. Geralmente as pessoas fracassam não porque são “muito ruins”, mas porque determinadas sombras são tão agressivas que os aspectos saudáveis são obscurecidos pelas manchas. Somos íntegros nas finanças, mas falhos quanto à sexualidade; somos honestos nos negócios, mas falamos sem avaliar as fontes das informações que transmitimos e a necessidade de falar sobre aquele assunto. Podemos ficar cegos perante nossas falhas e fraquezas. Veja como isto é claro neste antigo texto bíblico que nos fala de um único defeito de um homem que pode lhe ser fatal.

Todos nós cometemos erros. Se alguém pode dominar a sua língua, isso prova que ele tem perfeito domínio sobre si em tudo o mais. Podemos fazer com que um cavalo grande se volte, e vá para onde quisermos por meio de freios em sua boca. E um leme minúsculo faz com que um navio enorme se volte para qualquer lado que o piloto queira que ele vá, mesmo que os ventos sejam fortes” (carta de Tiago 3.2-4).

A verdade é que a língua, um pequeno órgão, pode causar grandes tragédias, assim como uma pequena fagulha pode incendiar uma floresta. Veja como isto é verdade em muitos personagens bíblicos: Sansão era um forte guerreiro, mas se deixou dominar por uma paixão; Davi era um respeitado rei, mas se tornou ímpio por causa da mulher de seu vizinho; Salomão era um sábio homem, mas a vaidade o transformou num homem ridículo; Judas teve o grande privilégio de andar ao lado de Jesus por três anos, mas por sua ambição traiu o amigo por trinta moedas de prata; Geazi, por seu desejo de fama, vendeu a fidelidade a Deus e negociou sua consciência.
Não são os grandes defeitos que geralmente destroem o homem... são os perniciosos detalhes.

terça-feira, 18 de abril de 2017

A Ética distorcida


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C. John Sommerville, professor emérito de história da Universidade da Flórida, desafiava seus alunos ao seguinte exercício de ética: Se você encontrasse uma pessoa frágil carregando uma determinada quantia de dinheiro, e ao analisar sua compleição física percebesse que seria fácil roubar a bolsa e se evadir, por que você decidiria não fazer?

Duas são as respostas possíveis: uma cultura pautada em honra e vergonha diz que não se deve fazer isto porque é algo vil e você seria considerada uma pessoa desprezível e indigna de ser respeitada, trazendo desonra para sua família. Não seria atitude de alguém forte e nobre.

Por mais que esta resposta pareça correta, ela ainda esbarra num ponto: Tal ética está baseada na preocupação consigo mesmo, você está pensando na sua família, sua honra e reputação. O centro de sua atenção é você mesmo.

Outra resposta mais ampla poderia ser dada: Você não a assalta porque imagina quão doloroso e traumático seria esta experiência, além do mais, o dinheiro do assalto poderia ser o básico para sua subsistência. Neste caso, a questão seria: “Se eu a roubasse, o que aconteceria àqueles que dependem de seu recurso?”

Apesar das duas linhas de raciocínio impedirem você de cometer tal crime, a primeira é uma ética baseada na reputação, enquanto a segunda está preocupada com o outro.

Sommerville afirma: “Um sistema baseado na honra mostra a ética de alguém que se preocupa consigo, enquanto um sistema baseado no outro, revela uma ética mais profunda”. Esta é, na essência, o fundamento da ética cristã.

O problema da ética voltada para “a reputação”, é que, se os fatores de risco forem retirados, a pessoa certamente cometerá crimes. O que a mantém integra não é o seu caráter, mas o medo da punição. Se for possível cometer o erro e sair ileso, ela não hesitará em agir com deslealdade.

Uma conhecida estória ilustra este ponto: O guarda de trânsito detém o infrator que acabou de ultrapassar o sinal vermelho. Ao abordá-lo lhe pergunta: “Você não viu o sinal vermelho?”. E ele respondeu: “O sinal eu vi. Não vi foi o senhor!”.

O que impede a ética da reputação de infringir a lei é o risco, e não a consciência. Quando a corrupção está instalada na sociedade, o respeito à ordem só acontece por causa do medo da punição.


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A realidade endêmica da corrupção no Brasil pode ser vista nesta perspectiva. O corrupto impede o ensino de melhor qualidade, o lanche para as crianças da escola, professores em melhores condições de trabalho. Cria ainda obstáculos para uma melhor qualidade na saúde e na segurança da cidade. Não leva em conta a pessoa idosa e o pobre que precisam ser assistidos por uma saúde melhor. O corrupto não considera o outro, mas somente a si mesmo. Pouco lhe importa se a carne está adulterada, se o remédio está vencido, se pessoas morrerão, se a cidade apodrecer sem recursos. Sua ética não considera os outros, mas apenas a si. Trata-se, portanto, ainda de uma distorção ética.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

O paradoxo da Páscoa!!!

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Muitos olham para a Páscoa com expectativa, porque é um “feriadão”, o que significa maior tempo para descanso, realização de uma viagem esperada, um tempo para programação diferente. Mas gostaria de colocar os olhares em algo maior.

É oportuno e valioso considerar a Páscoa no seu sentido original e entender o que se comemora nesta época do ano.

A celebração da Páscoa abriga paradoxos:

Como é possível celebrar a Páscoa, se ela se refere à morte de Cristo? O que vemos no evento da cruz? Jesus é acusado pelos judeus pelas suas declarações, e é levado diante do tribunal de César, cujo procurador preposto era Pôncio Pilatos, cargo comissionado e indicado pelo Imperador de Roma, que governava toda aquela vasta região com mão de ferro. Pilatos tinha conhecimento jurídico e sabia as leis romanas. Entretanto, apesar de seu veredito: “não vejo neste homem crime algum”, para alcançar favores da comunidade judaica, e quebrando todo princípio da lei, entregou Jesus nas mãos das autoridades religiosas judaicas para que ele fosse submetido ao horrendo castigo e morte de cruz. Uma das formas mais cruéis e desumanas de execução de um criminoso.

Páscoa aponta para a morte de Cristo. O apóstolo Paulo se refere a Jesus como “nosso cordeiro pascal”. Embora na tradição cristã estejamos pensando em Cristo, na tradição judaica se referia a um rito realizado pelo povo de Deus quando saiu do Egito para a terra prometida. Na noite da morte dos primogênitos, já na décima praga, apenas a comunidade israelita que morava em Gósen, foi poupada desta calamidade. Por ordem de Deus, o povo matava um cordeiro e tingia os portais de sua casa com o sangue deste animal. Quando o anjo da morte via o sinal do sangue, ele não entrava e assim a família estava protegida.

Este sinal é aplicado agora a Cristo. Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O Cordeiro Eterno, derramou seu sangue e este sangue nos traz perdão, redenção, nos reconcilia com Deus e nos protege do maligno. Páscoa se refere à morte deste cordeiro. Ele morreu pelos nossos pecados.

Então, o evento da dor e da morte de Jesus, torna-se agora o “grande evento”. A morte aponta para a vida. O Filho de Deus nos substituiu. Jesus ensinou aos seus discipulos que sua morte não era opcional. “Era necessária”.

Este é o paradoxo da Páscoa. Na sua morte, encontramos vida; no seu sofrimento, graça; na sua condenação, libertação. Por isto é possivel falar na “celebração” da Páscoa. O apóstolo Paulo, chegou a afirmar que “se gloriava na cruz de Cristo”. Como encontrar glória e regozijo, num símbolo de dor e condenação?


Uma afirmação bíblica pode nos ajudar: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele, fôssemos feitos justiça de Deus”

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Imortalidade



No programa Manhattan Connection, que foi ao ar no dia 02 de março de 2017, um dos temas discutidos foi a questão da longevidade e da imortalidade. Empresas de tecnologia de ponta como Oracle e Google estão estudando e desenvolvendo pesquisas na área da biogenética que acredita-se, poderão expandir, em muito, a qualidade e o tempo de vida do ser humano.

Este grupo de nerds do Vale do Silício, financiados por grandes grupos econômicos e financeiros, já afirma que, hipoteticamente, seria possível admitir que através de substituição de órgãos e novas drogas, que o homem poderá viver acima de 150 anos, e, até mesmo, se tornar imortal.

Sabemos que há muito de utopia nestes temas embora toda pesquisa médica seja bem vinda e desejada. A descoberta da penicilina e drogas sintéticas tem auxiliado em muito a raça humana, mas quanto à imortalidade, precisamos fazer algumas considerações:

-Vale a pena viver longamente? A que preço?

-Você gostaria de viver 150 anos?

-Existe limite real para a vida humana?

A Bíblia afirma que “os dias de nossa vida sobem a setenta anos, ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente e nós voamos” (Sl 90.10). Esta foi a observação clínica que o salmista fez acerca da realidade da vida em seus dias.

Em Gênesis 6.3 lemos: “Então disse o Senhor: o meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão de cento e vinte anos”.  No primeiro texto, trata-se de uma observação de um homem, no segundo trata-se de uma afirmação divina. No primeiro, sua percepção é que, depois dos 80 anos estamos vivendo “horas extras”. Na verdade, este parece ser o padrão observável. No segundo, há uma delimitação: 120 anos.

Cientistas afirmam atualmente que a estrutura biológica do ser humano, passa por um acelerado processo de decadência depois dos 80 anos, isto, no caso de chegarmos lá. Esta é uma dura realidade. Quantas pessoas geralmente chegam aos 90 anos em nossos dias?

Entretanto, apesar de todas estas considerações, precisamos reconhecer que o grande desafio não é, certamente, a imortalidade, mas a qualidade de vida. O segredo não é viver indefinidamente, mas viver com certas possibilidades biológicas.

Outro aspecto a ser considerado é a realidade dos limites. Sendo o homem temporal e transitório, determinados valores precisam ser cultivados e a espiritualidade se transforma em prioridade. Jesus morreu aos 33 anos, e parecia não estar preocupado demais com o fato de encerrar seus dias ainda tão jovem. Sua missão foi completa. Advertiu ainda seus discípulos dizendo: “não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10.28).