segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Vamos a Belém?

Existem lugares que ocupam o imaginário de nossa alma. São cartões postais, lugares de belezas estonteantes que nos fazem sonhar que um dia poderemos desfrutar e caminhar por suas trilhas. No meu “Bucket List” (relação de coisas que gostaria de fazer “Antes de Partir”), a maioria dos meus objetos de desejos estão relacionados a viagens. Quem não gostaria de ir a Bora Bora? Ou de caminhar pelas trilhas da São Tiago de Compostela na Espanha? (Muitos por motivos religiosos, no meu caso apenas por turismo); ou visitar o Grand Canyon (este eu já fiz e é realmente deslumbrante). Mas hoje gostaria de te convidar a uma viagem diferente. Quero te convidar a fazer uma caminhada para Belém.  Lugar onde Jesus nasceu. Bem, é certo que estou levando um grupo para esta viagem em Março de 2016 (Quer ir conosco?) e já estive lá algumas vezes, mas hoje estou falando simbolicamente.

Esta foi a caminhada de um grupo de pessoas exóticas e esotéricas que popularmente são conhecidas de “três reis magos”, que na verdade não sabemos se foram três, porque a Bíblia não fala; e certamente não eram reis. A única coisa certa que sabemos deles é que eram magos (O Novo Testamento foi escrito em grego, e o termo que aparece lá é magois), portanto eram pessoas ligadas a alquimia, desejosos de intervir na natureza, descobrir fórmulas da eterna juventude ou transformar pedra em ouro.

Eles saem de muito longe. Eles vem do Oriente, provavelmente da Mesopotâmia, atualmente Irã e Iraque, e andam cerca de 1800 km, numa estrada poeirenta, desértica, cheia de perigos de assaltantes e num clamor inclemente. O que os leva a fazer uma viagem tão longa e perigosa? “Vimos a estrela do recém-nascido rei dos judeus no oriente e viemos para adorá-lo”. O que os atrai a Belém é a singularidade do evento, o nascimento de alguém importante. Um rei estava nascendo.

O texto se torna ainda mais curioso. Os escribas e estudiosos das profecias do Antigo Testamento souberam responder imediatamente quanto ao local preciso do nascimento do Messias, afinal, o profeta Miquéias já preconizara que seria em Belém, uma pequena vila a 12 Km de Jerusalém. Apesar de terem conhecimento das profecias, isto não mobiliza seus corações, eles não se sentem atraídos a Belém. As informações estão no coração, mas não descem para a alma. Por isto encontramos aqui um quadro estranho: Os magos, esotéricos e místicos, encontram-se mais perto de Deus que os sacerdotes e pastores de então. Este negócio assusta...

No Natal, precisamos ir a Belém...

É ali que encontraremos um menino, frágil, dependendo dos cuidados de uma jovem inexperiente e das parteiras da região que  vieram para ajudar o parto, num ambiente sem assepsia, cercado de animais, dentro de um curral. Nesta figura tão singela, encontra-se Emanuel, o Deus que decidiu viver e caminhar no meio dos homens, morrer por eles e redimi-los de seus pecados.

O encontro com Jesus de Nazaré mobiliza o coração dos magos à generosidade, e eles abrem seus tesouros e entregam as preciosas ofertas: Ouro, incenso e mirra. Mas o encontro com este menino gera algo ainda mais surpreendente. Gera adoração. “Prostrando-se, o adoraram”.


Os efeitos deste encontro, com o menino Jesus no seu nascimento, nesta viagem a Belém, torna-se importante também por outro motivo: “Alegraram-se com grande e intenso júbilo”. Encontrar-se com o menino-Deus, traz sentido e alegria para as almas inquietas, que buscam sinceramente respostas mágicas e místicas. Estas experiências se dão, para quem, de coração aberto, decide caminhar até Belém e se encontrar com o Deus que se fez gente, assumir a humanidade e andar no meio dos homens. Ver, abraçar e tocar este menino faz toda diferença em nossa história...

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