segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Natal sem Cristo?

Impensável? Não sei! Recentemente li sobre uma nova onda mística que afirma ser possível ter espiritualidade sem Deus. Não sei como porque espiritualidade não pressupõe estas coisas do “espírito”? Não está relacionada à divindade? Se estão conseguindo esta façanha não acredito ser difícil termos Natal sem Cristo.
Ah! E não devemos esquecer também que já temos a Páscoa sem o Cordeiro. O coelho mágico que bota ovos com tons, cores, formatos e gostos diferentes é o protagonista, o Cordeiro tem papel secundário. Já faz muito tempo que a Páscoa não fala mais do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Então, não será nenhuma surpresa se o Natal excluir a criança nascida em Belém. O que se celebra no Natal? Pergunte a qualquer criança. A maioria vai relacionar esta data com presentes e com o papai noel, um velhinho simpático de barbas brancas que desce na chaminé em dias de neve trazendo os desejados presentes. Ainda que não tenhamos neve nem chaminé em casa...

Perder a centralidade de Cristo no natal é tão fácil quanto nos perdermos na agitação, correria e stress de final de ano. José e Maria perderam seu filho no templo quando tinha 12 anos, nós o perdemos no dia do seu aniversário. Que celebração estranha! Todos recebem presentes menos o menino que nasceu em Belém. Não é bizarro?

Achar Jesus no meio dos embrulhos e das festas, é essencial. Só assim será possível restituir o significado do menino-Deus, que deixou sua glória e veio habitar entre nós e é desta forma que se resgata a dimensão do Eterno entrando no tempo, compreende-se a realidade de um Deus participando da história e habitando entre os homens.

Natal anuncia o fim da inacessibilidade de um Deus que se humanizou, e levou às últimas consequências o significado de Emanuel: Deus conosco! A manjedoura fala de um Deus que amou tanto os homens que decidiu caminhar entre eles, participar de suas alegrias e dores, tocá-los. Naquele bebê Deus chegaria ao extremo de seu amor. No ventre daquela jovem judia que chega à Belém, estava aquele que é Deus acima de todos, e tem todas as coisas debaixo de seu domínio, que veio para solucionar o pecado, o mal central da humanidade com suas variantes: Ganância, luxúria, orgulho, depravação, ódio, vaidade, inveja e corrupção moral.  


A eternidade invadiu o tempo, a divindade penetrou a humanidade, o céu adentrou a terra na forma de um bebê. Os seus primeiros choros foram ouvidos por uma moça simples e um carpinteiro sonolento. Não dá para pensar um Natal sem Cristo!

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