segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Estou em dúvida...


 

Rob Bell, um dos pastores mais populares e midiáticos dos Estados Unidos, recentemente afirmou numa entrevista nas páginas amarelas da Veja que céu e inferno são mera utopia e projeções da alma humana. Eis alguns trechos de sua entrevista:

“Acredito que céu e inferno são realidades que se estendem para a dimensão para a qual vamos ao morrer, mas aí já entramos no campo da pura especulação... vamos pelo menos ser honestos. Ninguém sabe o que acontece quando morremos. Não tem fotografia, não tem vídeo”.

Noutro trecho, ao ser indagado se Deus condenaria Hitler à danação eterna, respondeu evasivamente:

Hitler parece ter sido alguém inclinado à criação de imensos infernos, para si mesmo e para os outros. Minha suposição é que Deus lhe deu o que ele queria. Acho que é o único modo de analisar este caso à luz da destruição que Hitler causou. Qualquer reconciliação ou perdão, nesse caso, está além da minha compreensão”.

Minha dúvida é a seguinte: Eu não sei se creio em Jesus e nos seus conceitos, ou se creio na interpretação da Bíblia feita por Rob Bell. Fiquei em dúvida sobre o fato de que, de repente, ele saiba mais e conheça mais das realidades espirituais que Jesus, afinal de contas este menciona a palavra céu 145 vezes, e inferno 42 vezes, portanto deixa claro que céu e inferno são realidades muito concretas. Prometeu o céu aos seguidores, disse que na casa de seu Pai há muitas moradas, e para evitar qualquer problema, enfatizou: “ Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”  E afirmou que Quem crê no Filho, tem a vida, quem não crê, sobre ele permanece a ira divina, e ensina de forma direta e enfática a seus discípulos que quem crê será salvo, mas quem não crer, já está condenado. Quem está certo: O pregador moderno ou Cristo?

Naturalmente, não estou nem um pouco confuso. Toda a minha linguagem até aqui tem sido de sarcasmo.

Concordo com ele, que a obsessão por pregar o inferno pode retirar de nós a compreensão do grande amor de Deus pela humanidade. Concordo ainda que as pessoas mais interessadas em discutir o inferno depois da morte são as menos interessadas em discutir o inferno sobre a terra e vice-versa.  Precisamos recuperar o fato de que o centro da mensagem cristã é o amor de Deus, e não a sua ira, mas por outro lado, não é necessário negar uma verdade para afirmar a outra.

O pastor Wilson de Souza gostava de fazer uma intrigante pergunta: “Se Deus não disse o que teria dito, porque não disse o que teria de dizer?”. A verdade é que, tudo que Jesus disse, o fez para nossa instrução e orientação espiritual, por isto a Bíblia está sempre falando de nossa vida espiritual em termos de decisão. A porta está aberta para salvação. Hoje é o tempo sobremodo oportuno. Existe sempre a necessidade de uma tomada de posição. Benção ou maldição,  Salvação ou perdição, ambas as realidades, são muito concretas para Jesus.

 

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