segunda-feira, 26 de maio de 2025

Líder não reclama, traz solução

 


Estações do casamento


 

“No casamento, a gente só entende o clima quando olha para dentro da janela. Os orientais avaliam ânimos e humores pelas estações do ano.” Dr Gary Chapman, afirma que os casamentos, em certo sentido, se assemelham aos sentimentos que cada uma das estações.

O verão é a época do calor, cheio de alegria, celebração e atividade, os dias longos e quentes, mas geralmente chuvosos. Por possuir dias quentes, a evaporação das águas gera precipitação e chuvas. O amor precisa de calor, mas as tempestades podem trazer devastações e lágrimas. O verão é a fase produtiva do casal. Juntos criam os filhos e progridem na profissão, época agitada de muito trabalho, produção e vigor físico. Em meio a toda essa agitação, o casal precisa tirar tempo para darem importância à vida espiritual e cuidar um do outro.

O outono é a estação que marca a transição entre o verão e o inverno. Carrega ares de tristeza, angústia e perda. Época de diminuir a velocidade da caminhada. As chuvas diminuem, ocorrem mudanças bruscas no tempo, nevoeiros em algumas regiões. Muitos entram em depressão, ficam desorientados, porque sempre trabalharam dia e noite e agora se sentem inúteis, porque não possuem o mesmo vigor e saúde de antes. Devemos ter muito cuidado quando o casamento chega à estação do outono para que não corramos o risco da monotonia. É hora do casal se aproximar mais e amparar o outro.

A primavera é a estação das flores, e o reflorescimento da flora e da fauna. os dias ficam mais longos. Muitos animais aproveitam a temperatura ideal da estação para se reproduzir. Traz expectativas, promessas e a oportunidade do recomeço. A primavera representa o início do casamento, quando tudo é novo. Muito romantismo, mas é nesta estação que surgem tempestades e precisamos lidar com os rompantes que podem causar confusão, é preciso prestar atenção.

O inverno é a estação mais fria estação do ano, caracterizado pelas baixas temperatura. Os ursos hibernam no inverno, reduzindo sua atividade metabólica. No inverno é comum não desejarmos realizações e perdermos motivação. Em muitas regiões, pode ocorrer a incidência de neve e geadas. Os pássaros, migram para outras regiões mais quentes. Nesta estação o relacionamento tende a esfriar, e tudo parece cinza e cônjuges são propensos a "migrar" para outras regiões, indo à procura daquilo que sente falta na relação matrimonial. Tempo de prudência, casais devem andar juntinhos para se aquecer, impedindo que se transforme numa época de frieza, da indiferença e do isolamento, é tempo de meditação. É importante lembrar que depois do inverno chega a primavera.

Depois que as flores caem e as árvores secam, vem o calor da primavera e novas flores surgem nos locais onde só havia troncos. Árvores ressurgem na paisagem. As incertezas passam e é tempo de recomeço, com novas flores no jardim.

A Palavra do Senhor nos diz: "Tudo tem seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu." (Ec 3.1)

Em qual das estações você vive com seu cônjuge? O que tem feito para tornar seu relacionamento cada vez mais estável, feliz e emocionalmente rico? Podemos sempre voltar à primavera, reencontrando o calor e vendo as flores brotando. Casar é fácil, porém viver casado é uma escolha pessoal e do casal. Cada fase da nossa vida passa por etapas circunstanciais, que podem nos levar ao amadurecimento ou ao desmoronamento.

 

 



Autoconsciência

 


A ressurreição é essencial para a fé cristã



Muitos veem a ressurreição como algo mítico ou lenda. Já nos dias apostólicos, Paulo escreve um longo texto para falar deste assunto, (1 Co 15) porque alguns estavam questionando este evento. Por ser fatual e histórica, e não um mito, suas evidências podem ser averiguadas sobre o crivo da pesquisa.

A fé renasce das cinzas

 


Nesta semana, o antropólogo e historiador Juliano Spyer, autor de 'Crentes' (Record) e 'Povo de Deus' (Geração), escreveu um artigo na Folha de São Paulo com o sugestivo título: “Ateus e agnósticos, sinto dizer, mas a religião está de volta.” Ele afirma que, aparentemente, o secularismo não ofereceu nada que substitua satisfatoriamente a espiritualidade.

Com argumentos precisos desconstrói a ideia de que o avanço da educação levaria à secularização da sociedade. Ele demonstra que religião e espiritualidade estão de novo na moda no Brasil, já que “se as pessoas que declaram não ter religião no Brasil constituíssem uma igreja, ela seria segunda maior do país, mas apenas uma fração delas se considera ateia ou agnóstica.” Ser sem religião não significa que a pessoa desprezou o conceito de sagrado e transcendência, mas apenas que não frequenta a comunidade de fé regularmente, mas a maioria acredita no sobrenatural e na continuidade da vida após a morte física.

A explicação simplista de que o crescimento da igreja evangélica estava associado à pobreza também perdeu seu poder de força, afinal, como explicar o surgimento de igrejas voltada para a elite brasileira e a classe artística? Alguns argumentam que a expansão evangélica nas camadas médias e altas pode estar relacionada à polarização e a guinada conservadora da sociedade. As pessoas se afastaram das religiões institucionalmente, mas procuram alternativas para cultivar sua espiritualidade, simplesmente porque não apareceu nada que substitua a vivência religiosa satisfatoriamente.

Em Marx, “a religião é suspiro da criatura oprimida, desaparecendo a opressão, a religião inevitavelmente desaparece”. Tudo parecia indicar que a religião teria seus últimos dias. O homem aprendeu a lidar com todas as questões de importância sem recorrer a Deus, mas a história parece zombar das previsões científicas. “Quando tudo parecia anunciar os funerais de Deus e o fim da religião, o mundo foi invadido por uma infinidade de novos deuses e demônios, e um novo fervor religioso, que totalmente desconhecíamos, tanto pela sua intensidade quanto pela variedade de suas formas, encheu os espaços profanos do mundo que se proclamava secularizado – ateus têm seus santos; blasfemos constroem templos.” (Ruben Alves)

Para Spyer, por trás dessa guinada está a percepção de que a espiritualidade melhora a qualidade de vida, incluindo formas de lidar com o inexplicável e misterioso, dá senso de pertencimento e estabelece regras para a vida. “A crença ajuda a responder perguntas existenciais como “o que faço aqui?” ou “por que estou atravessando essa dificuldade?” O pertencimento se materializa em redes de solidariedade que, além de afeto, ajudam a resolver problemas. As regras, por sua vez, servem como guia para orientar decisões em um mundo acelerado. Agora, ateus e agnósticos terão de responder mais do que apenas argumentos para conquistar novas audiências.” (Juliano Spyer)

É a nova espiritualidade brotando das cinzas. Fênix. Uma nova compreensão e cosmovisão tentando se encaixar num mundo polarizado, tecnológico, místico e pós-moderno. É a conspiração dos deuses.