sábado, 24 de outubro de 2020

Você se Considera uma Pessoa Feliz?



 

A felicidade tem sido debatida e buscada de muitas formas. Na verdade, o alvo da vida, sob o ponto de vista antropológico, é a felicidade. O que mais podemos desejar além da felicidade? Quando tomamos decisões, sejam elas conservadoras ou liberais, o fazemos porque cremos que, de alguma forma, em última instância, ela nos trará felicidade. 


Mesmo decisões erradas são uma desesperada busca por sentido, significado, prazer e alegria. Não queremos a infelicidade, mas, equivocadamente, podemos tomar decisões que trarão tristeza e desgosto. 


Perguntaram ao teólogo e filósofo Leonardo Boff, que recentemente completou 81 anos, qual seria o caminho para a felicidade e ele respondeu: “Não gosto muito desta terminologia, afinal, a felicidade pode ser algo muito fugaz como aquele que se sente feliz depois de uma dose de cocaína. Creio que a pergunta seria esta: você se sente realizado com sua vida, com quem convive e com o que faz? O que empenha na sua autorrealização? Esse caminho é mais longo, lentamente vai se construindo. E, se tiver realizado uma identidade bem-sucedida, tem como resultado uma felicidade serena e segura. Numa figura do poeta gaúcho Mário Quintana: "se quiseres pegar borboletas, não corras atrás delas, mas plante um jardim. No jardim plantado com carinho está a felicidade e não nas borboletas.”


Felicidade não é um êxtase provisório, mas um sentido de plenificação, de estar no lugar certo, fazendo aquilo que poderia e deveria estar fazendo. A idade, a condição social, o ambiente no qual fomos criados trazem limitações, mas elas não têm o poder de reduzir a felicidade. 


Jesus afirmou que “a vida de um homem não consiste na abundância de bens que ele possui”. Não é o que temos,o que conquistamos, nossa posição social ou o status que nos garante felicidade, mas o estado de alma, que se sente pleno sendo o que é, que traz felicidade.

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