quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Questão de matemática


Questão de matemática

Não sou economista e sei que existem variáveis complexas quando se trata de orçamento num organograma tão complexo quanto o de um governo federal, mas sei de uma coisa básica, que aprendi ao lidar com orçamento doméstico, e isto se aplica tanto a um  presidente de corporação, quanto a um simples funcionário: As despesas não podem ser maiores que as receitas, caso contrário, a economia entra em colapso e a vida se torna inviável. Não interessa apenas quanto você ganha, mas também quanto você gasta. Quando as despesas se tornam maiores que a receita, surge um descompasso e a contabilidade não fecha. Nesta hora são necessários ajustes urgentes.

Muitas vezes a empresa ou organização não consegue encontrar as fontes necessárias para sua manutenção, e diante do impasse só existem duas saídas: Aumenta-se o lucro ou diminuem-se as despesas. É necessário aumentar o ganho ou fazer cortes de investimentos, novas bases de negociação com credores e fornecedores, corte de mordomias, e, na última hipótese, corte na carne, quando os acionistas deixam de ter lucros e fazer retiradas ou, uma medida ainda mais dolorida: demitem-se os   funcionários. Encontram-se assim, de forma dura, a equação correta e o equilíbrio na balança.

O que o atual governo tenta fazer? A única possibilidade encontrada até agora é onerar os cidadãos, e a história é repleta de graves desdobramentos quando se vai nesta direção. 

A Bíblia registra que uma guerra civil aconteceu em Israel, quando Roboão, filho de Salomão, resolveu aumentar a carga tributária sobre seus súditos. Ele não teve sensibilidade para perceber o limite suportável, e isto dividiu o povo de Israel em duas nações: O Reino do Norte, cuja capital foi Samaria, liderada por Jeroboão, o dissidente; e o Reino do Sul, tendo Jerusalém como capital, e que continuou aliada ao antigo rei.

A Coroa Portuguesa, também sofreu violenta oposição, quando instituiu a cobrança de 1/5, que foi o ponto de partida e o embrião da Independência do Brasil. De tudo que se produzia no Brasil, 20% deveria ser enviado para a corte. Hoje estamos já com 2/5, com a carga tributária batendo 41% e o governo quer resolver seu desequilíbrio aumentando os impostos. É um grande risco!
Economia é uma arte e uma ciência, mas é preciso entender a questão elementar: Bom senso e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Mesmo quando não se sabe muito de planejamento, cálculos, álgebra e juros.

Para encerrar, vamos à história do Joãozinho.  Ele era um péssimo estudante e com dificuldade passava em matemática no antigo ginasial, mas apesar disto, tornou-se um milionário. Seus colegas de escola, bem mais espertos que ele, não entendiam o que ele tinha feito, e um dia lhe perguntaram como conseguia ganhar tanto dinheiro. Ele deu uma resposta simples: “Em tudo que eu negocio, ganho 1%. Se compro a laranja por um real, vendo sempre por dois”. Entenderam? Moral da história. Ele continuava não sabendo cálculos, mas aprendeu a negociar. Sabia comprar e vender. Tinha bom senso.

E tenho dito!


Um comentário:

  1. Sabias palavras rev. Samuel, pena que são se sabe o porque a direção desse país que não compete apenas a uma pessoa e sim a várias, não chegam a essa simples conclusão. O mais triste é que fingimos ser um povo forte que não desistimos de nada, e ficamos esperando ver no que vai dar. Creio no poder a oração, mas como dizia um antigo Pr. que tive, oração + mais ação é que não deixam um barco girar quando estamos a remar."Só refletindo..."

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