quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O Poder da Gratidão

Merlin R. Cartothers era capelão das Forças Armadas dos EUA quando lançou seu livro “O Poder do Louvor”, que se tornou um best-seller, vendendo cerca de 20 milhões de exemplares em todo mundo. Ele falava de um simples princípio das Escrituras: Louvar a Deus em cada circunstância, mesmo quando a situação era demasiadamente difícil é a chave para a libertação interior. Sua tese se baseava num verso da Bíblia: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus”.

Muitas pessoas se assustavam inicialmente com a ideia: Como dar graças, se a situação está difícil, se o desespero e a dor batem à porta? O princípio, contudo, não era de uma atitude masoquista do tipo “Aleluia, estou com câncer!”, mas de submissão à Deus, quando seria possível dizer: “Senhor, apesar de toda a situação dolorida que atravesso, eu sei que o Senhor me ama. Embora não entenda tudo o que está acontecendo, eu sei que o Senhor não me abandonou, por isto quero te agradecer”.

Para ele, tudo o que ocorre na vida – seja bom ou ruim – pode ser uma oportunidade para crescimento emocional e maturidade espiritual. Agradecer a Deus no meio das situações adversas é altamente positivo. “O louvor, é como dinamite espiritual, tem qualidade explosiva. Liberado na vida, revoluciona tudo que entra em contato com ele”.

Carothers afirma que quando um problema nos sobrevém, nossa atitude em geral é a de sermos absorvidos completamente pelo sofrimento, e deixamos de nos submeter a Deus que tem o controle de todas as coisas. Só quando tiramos os olhos do caos e colocamos no infinito e no Eterno, é que nossa visão se alarga.

Quando Jesus veio ao encontro dos discípulos no meio do Mar da Galileia, andando sobre as águas, os ventos eram muito fortes e grandes ondas se formavam, no entanto, Pedro conseguiu, confiado no convite de Jesus, até mesmo andar sobre as águas, mas quando ele tirou os olhos de Deus e colocou nas ondas, teve medo e começou a afundar. A situação era a mesma, mas os olhos foram colocados agora, não no poder e na grandeza de Cristo, mas na fúria do mar. Isto nos ensina que a maior tempestade da vida não é aquela que se encontra do lado de fora, mas aquela que nos destrói interiormente. O que mudou para Pedro foi sua perspectiva!

A verdade é que a constante queixa e murmuração é a máscara de descrença e rebeldia contra Deus. “Se você não gosta de onde está”, diz Carothers, “ainda não está pronto para partir”. Deus tem permitido que você esteja neste lugar, passando por esta situação desafiadora por uma razão específica. A verdadeira fonte de alegria deve ser Deus, não podemos ser escravos das circunstâncias ou mesmo depender delas para a felicidade.

Então, ao enfrentarmos dias difíceis, crises econômicas, escassez, desemprego, perdas e enfermidades, somos desafiados a olhar para Deus. Se houver gratidão no coração, e não mágoa e ressentimento contra Deus, entraremos em contato com a riqueza interior que vem de Deus, e o resultado é serenidade na alma e paz, que excede todo entendimento.

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