segunda-feira, 28 de abril de 2014

Inteligência e Felicidade



Poucos estudos foram feitos para analisar a relação entre inteligência e felicidade. Uma pessoa mais lúcida seria mais feliz? Alguém com mais auto-conhecimento e perspicácia seria capaz de organizar melhor sua vida e encontrar mais celebração e plenitude?
Aparentemente sim. Certo homem com inteligência, administrou o problema da sua esposa nunca fechar as gavetas dos armários e guarda roupas de sua casa, com uma equação significativa. Ele tinha duas opções: (a) Ficar infeliz pelo resto da vida; (b)- Ou aceitar que sua esposa não mudaria e não tocar mais no assunto! Optou pelo segundo e o ponto de tensão constante deixou de ser um problema.
Nos poucos estudos publicados sobre o assunto, Bob Holmes e sua equipe demonstraram que a inteligência não tem efeito sobre a alegria, isto parece surpreendente porque em geral, pessoas inteligentes ganham mais, os ricos tendem a ser mais felizes, e teoricamente, pessoas mais argutas seriam capazes de elaborar melhor os problemas e resolvê-los mais eficazmente.
Infelizmente pessoas mais inteligentes em geral, tendem a criar sonhos mais altos, e ficam insatisfeitas com o que está aquém de suas expectativas. Por isto, cobram muito de si mesmas, e embora a busca da excelência seja algo positivo, pode transformar-se num fator de stress e angústia. Não raramente vemos pessoas brilhantes completamente desequilibradas, tensas e angustiadas. David Seamands chama isto de “A Armadilha da Performance”, própria de perfeccionistas, demasiadamente focados em excelência mas que não conseguem relaxar e desfrutar as suas próprias conquistas. O padrão sempre muito alto rouba a alegria. O perfeccionismo gera angústia.
“Uma nota alta no teste de QI – que significa ter um grande vocabulário e poder processar dados na mente – não tem muita relação com a capacidade de se dar bem com as pessoas” (Ed Diener, psicólogo, Universidade de Illinois). A inteligência social pode ser a verdadeira chave para a felicidade, como defendeu Coleman.
Salomão foi um homem brilhante, escreveu sobre botânica, compôs três mil provérbios e 1005 cânticos, descreveu animais, aves, repteis e peixes (2 Rs 4.29-34), mas a conclusão que chegou sobre a vida foi pessimista: “Demais, filho meu, atenta: Não há limite para fazer livros e o muito estudar é enfado da carne. De tudo o que se tem ouvido a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos, porque isto é o dever de todos os homens” (Ec 12.12-13).
O próprio Salomão, quando se encontrava afastado de Deus e atravessava seus dias como um filósofo existencialista, aponta para Eterno como a chave para a felicidade: “Pois, separado de Deus, quem pode comer, ou quem pode alegrar-se?” (Ec 2.25).

Inteligência pode ser fator de alegria, quando é capaz de fazer as conexões sensatas e práticas. Inteligência teórica, abstrata, mecânica não colabora muito neste processo.

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