terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Manual de férias



Todos nós precisamos recarregar nossas energias, dar uma pausa na vida, mudar as atividades, recriar, imaginar, sair do dia a dia. Não é sem razão que Deus, como seu último ato criador fez o sábado. Shabath no hebraico significa descanso. Portanto a ideia do ócio está no design do ato criador de Deus, fazendo parte da estrutura intrínseca da raça humana. Precisamos de descanso para evitar o esgotamento nervoso, para restaurar as forças e o vigor. Em casos de estresse, ou esgotamento nervoso, “nada é melhor do que não fazer nada”.
Na sociedade atual, 60% dos trabalhadores encontram-se mentalmente sobrecarregados e as férias servem para distrair a mente, dar oportunidade para considerar novas alternativas, para regenerar as forças e reduzir a competitividade.
É bom lembrar que existem muitas formas de gozar as férias, e muitos modos de arruiná-la. Nos Estados Unidos já existem pesquisas demonstrando como uma viagem em família pode se tornar desgastante. As pessoas estão imersas nas suas atividades cotidianas, e mesmo quando moram sob o mesmo teto eventualmente não se conhecem, não dialogam e não sabem perceber e entender a necessidade de privacidade ou como lidar com as diferenças.
Viajar com outras pessoas pode ser um transtorno, principalmente quando as férias precisam girar em torno do interesse de alguém mais exigente ou caprichoso, que exige que a programação gire em torno das suas predileções ou daquilo acredita ser o melhor para o grupo. Se as diferenças sociais e gostos são muito diferentes as questões se tornam ainda mais complexas. Como conciliar pessoas que gostam de museus enquanto os outros gostam de compras? Ou que deseja caros restaurantes e lojas, enquanto você se contentaria com uma fatia de pizza e uma compra num Sam’s club? Ou pessoas com fuso horário diferente do seu, que gostam de acordar tarde, quando você já está em pé as 7hs da manhã com o café pronto e esperando ansiosamente que os dorminhocos se levantem?
Pacotes também podem estragar as férias. O que fazer quando a pousada, que parecia paradisíaca no prospecto da agência, se revela uma tapera quando você chega ao local? Ou o grupo que parecia tão harmonioso quando fizemos o programa e agora se revela irremediavelmente tedioso?
Nada, porém, é mais estraga prazer que o nosso mau humor ou daqueles que viajam conosco. O que fazer com a filha adolescente que não queria ir porque está apaixonado e não quer deixar o namorado, vai “obrigada”, e a partir de então, conspira contra todos os programas? Ou a discussão não resolvida do casal, eventualmente por trivialidades, e que insiste em se arrastar interminavelmente durante todos os dias daquelas férias que foram tão cuidadosamente planejadas?

A verdade é que existem muitos meios de arruinar as viagens. Aprenda a evitá-los para que sua viagem dos sonhos não se torne um pesadelo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário