quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Princípios ou sentimentos?




A vida pode ser regida por princípios ou sentimentos. Quando as emoções nos dominam, agimos por impulsos, circunstâncias, pressões sociais, raiva ou alegria; quando regidos por princípios, os valores nos dizem que atitudes tomaremos. Neste caso, não são as pessoas, o medo ou ameaça, mas a compreensão de que algo maior exige de nós uma resposta de coerência; seja por dever de consciência ou por temor a Deus.
Viktor Frankl, fundador da logoterapia, afirma que “o ser humano não é completamente condicionado e definido. Ele define a si próprio seja cedendo às circunstâncias, seja se insurgindo diante delas. Em outras palavras, o ser humano é, essencialmente, dotado de livre-arbítrio. Ele não existe simples­mente, mas sempre decide como será sua existência, o que ele se tornará no momento seguinte." Embora esta afirmação traga elementos importantes, precisamos lembrar de que nem sempre o homem é livre. Se ele é dominado por emoções, ou orientado por elas, não será capaz de emitir uma resposta madura. O medo ou a reputação, ou ambos, poderão levá-lo a tomada de decisões contrárias até mesmo às suas próprias convicções.
Frankl passou por quatro campos de concentrações, e ali, reunido com companheiros de infortúnio, tomaram a decisão de que não permitiriam que os nazistas determinassem como eles agiriam, e para sobreviver às pressões, criaram o slogan: “Não podemos determinar o que eles nos farão, mas podemos decidir que resposta daremos àquilo que nos farão”. Pessoas assim pairam acima das circunstâncias e se tornam senhores de si mesmos: As emoções não determinam sua conduta.
O conhecido filósofo francês, Jean-Paul Sartre fez afirmação semelhante: "O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós”. Talvez seja por isto que os estóicos ensinavam que as emoções destrutivas resultavam de erros de julgamento, e que um sábio, ou pessoa com "perfeição moral e intelectual" não sofreria dessas emoções. Estóicos como Sêneca enfatizaram que a "virtude é suficiente para a felicidade", um sábio era imune aos infortúnios, e apenas um sábio pode ser verdadeiramente considerado livre.
Veja como agir por emoções pode nos trazer dano: Uma pessoa orientada por ira, será presa de si mesmo; outra controlada por popularidade, venderá sua alma ao inferno; o medo pode controlar e engessar, roubando a energia e a criatividade; gente dominada por impulso, poderá se tornar gastador irresponsável ou viciado em jogo; aqueles controlados pelo prazer, sacrificarão honradez e virtude; paixões podem danificar de forma indelével a história de alguém, ou mesmo uma família e gerações inteiras.
Em que tem sido pautado suas decisões: Emoções ou princípios? A regra é simples: “Nunca viole um princípio, se você deseja manter ou ganhar as bençãos de Deus” (Andy Stanley). 

Um comentário:

  1. "Nunca viole um princípio, se você deseja manter ou ganhar as bençãos de Deus", falou pouco, mas falou o essencial de forma providencial.

    DEUS É BOM, DEUS É MARAVILHOSO, SANTO, PERFEITO, REPLETO EM AMOR E GRAÇA e sem dúvida repousa seus olhos sobre os ombros de homens que procuram agir sempre preservando os princípios revelados por DEUS e tem prazer em ressaltar a vida desses em muitos aspectos para que sirvam de exemplos a outros homens.

    Davi ao aconselhar Salomão, em seus momentos finais, deveria ter isso em mente: Coragem, pois, sê homem! Vejo nessas palavras um imperativo do modo como devemos nos portar na nossa vida e na nossa relação com DEUS! Coragem e lute pelos princípios revelados por DEUS aos homens, afinal de contas, o que nos mantém de pé é a graça de DEUS, que nos fortalece a honrar esses princípios.

    Belo texto, Reverando Samuel!
    Abraço, Michael

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