terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Não leve a vida tão a sério

Com o passar dos anos, começamos a perceber que não dá para levar a vida tão a sério e vivermos de forma tão rígida como usualmente vivemos. Lembramos de quantas lutas travamos e que achávamos tão essencial e hoje temos a mesma impressão que fez Carlos Drummond de Andrade declarar: “Mas que vida besta, meu Deus!”. “Você só cresce quando dá a sua primeira gargalhada real – De você mesmo!” (Ethel Barrymore)
Existem batalhas que devemos necessariamente travar, elas são duras e sangrentas na sua essência e não devemos fugir nem evadirmos delas. Neste caso, a única coisa que devemos temer é o nosso próprio medo e o fugir da luta, e declarar como Doyle: “Dá-me um medo do qual eu não tenha medo!”
Existem alguns inimigos que conspiram, contra nossa capacidade de rir: “Tenho que ganhar a vida...” “A vida é luta”... “Todos dependem de mim!”... “Não tenho tempo prá rir...” por isto é importante rirmos de nós mesmos e de nossas imperfeições. Aprender a rir de nossos defeitos nos torna vulneráveis e demonstra maturidade.
Quando levamos a vida demasiadamente a sério, nos tornamos rígidos, legalistas e inflexíveis, perdemos a capacidade de resiliência, um termo adotado da física que se aplica bem ao nosso universo psicológico, isto é, a capacidade de ceder para não quebrar.
Não se leve tão a sério, afinal, ninguém te leva tão a sério mesmo, e você também sabe que não é tão sério mesmo. Veja quantas vezes você se contradiz, torna-se ambíguo e até mesmo patético nas declarações e atitudes. Aprenda que só somos realmente maduros quando somos capazes de perceber nossas gafes. Portanto, ria de si mesmo. Você é uma grande fonte de humor, num corpo um tanto legalista.
Rir da gente mesmo é reconhecer finitude. Não existe ninguém que seja sempre sábio e sereno, que não perca o humor e não se exponha. Você é assim! Não é diferente de ninguém. A diferença é que somente você é capaz de perceber quantas vezes meteu os pés pelas mãos: deixou de fazer o que deveria fazer e fez o que não deveria. Enfim, se autenticou na sua contraditória humanidade e assim se tornou gente.
Gente que vive assim consegue aceitar e perdoar equívocos dos outros. Aprende a não ter uma atitude de julgamento. Já superou a tendência de estar sempre na defensiva. Já se encontra para além do medo de ser ridículo porque se sabe tantas vezes ridículo, mas nem por isto menor e menos amado. Afinal, somente sendo assim, você autentica sua humanidade.
Portanto, não se leve tão a sério!

Fev 14, 2011

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