segunda-feira, 10 de outubro de 2005

INFANCIA E SAÚDE EMOCIONAL

Dia 12 de Outubro. Dia das crianças! Prenúncio de parques lotados, de pais agitados em comprar um presentinho, de não deixar sem uma pequena lembrança o filho ou a filha, heranças benditas de Deus!
Assusta-me nosso quadro infantil: Estatísticas de abusos sexuais e emocionais escandalizam pessoas de bom senso, o trabalho escravo, a violência dentro e fora de casa, a falta de oportunidade, os riscos de centenas de pequenas e preciosas vidas. A pobreza de muitos que os leva à promiscuidade, ao trabalho infantil, à prostituição infantil ou de tantos outros que são empregados para servir contrabandistas.
Bem, talvez estas realidades estejam distanciadas dos meus leitores. Gente que lê jornal já é alguém que possui um diferencial intelectual em relação à maioria...
Consideremos, porém, um quadro mais preocupante que atinge a classe média:
85% dos abusos sexuais acontecem dentro da casa, e são cometidos por pessoas próximas da família como amigos, tios, e gente de "confiança" da casa;
A maioria dos pais não consegue fixar limites saudáveis, girando sempre em torno do superprotecionismo ou de seu extremo, que é o descaso. Somos uma geração confusa tentando estabelecer limites que nem mesmo nós sabemos quais são, à próxima geração.
O índice de depressão infantil tem aumentado consideravelmente, parte disto é resultante do que os psicólogos têm chamado de "luto existencial", isto é, crianças que apesar de terem pai e mãe por perto, não possuem laços significativos de afeto e tem dificuldade para construir relações de intimidade;
O suicídio de pré-adolescentes e adolescentes constitui-se também num grande desafio. Numa das fases mais bonitas da vida, crianças não tem mais encontrado sentido nem razão de viver.
Com o aumento de divórcio, aumenta também a dificuldade dos pais em administrar seus conflitos pessoais, os novos desafios que surgem, e as demandas do filho que requer mais e mais a presença e atenção.

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