Perguntaram ao Dr. Edmund Haggai, fundador do Instituto Haggai International, se ele não estava preocupado com o futuro de sua organização, depois que ele morresse, e ele, que ainda estava na ativa, respondeu calmamente: “eu tenho 92 anos de idade e não tenho tempo para ficar preocupado.”
Você já se surpreendeu com pensamentos angustiantes sobre sua vida, do tipo: “O que vai acontecer com minha vida se minha saúde faltar? Como será se um parente adoecer e eu tiver que parar minha vida para cuidar dele? Será que vou conseguir cuidar do meu filho até que ele cresça? E se sofrer um acidente e ficar inválido. Será que não vou sucumbir no meio do caminho?”
Estas e outras questões fazem parte de um dos maiores problemas do homem moderno que é a ansiedade. Rollo May afirma que a ansiedade é um dos mais urgentes problemas de nossos dias, sendo chamada de “a emoção oficial de nossa época e a base de todas as neuroses”. Ansiedade pode ser definida como um sentimento íntimo de apreensão, mal-estar, preocupação, angústia ou medo. Pode surgir como reação a perigo identificável ou em resposta a um perigo imaginário.
Certa vez Jesus falou aos seus discípulos sobre ansiedade, talvez porque percebesse o sofrimento deles em relação ao futuro, preocupações com coisas básicas como a roupa e a comida. “Qual de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” (Mt 6.27) Jesus demonstra a inutilidade e ineficiência da preocupação. A ansiedade não ajuda em nada. Alguém pode ser mais eficiente numa prova ou concurso, debaixo do efeito da ansiedade? Será que é mais fácil resolver um conflito ou um problema quando estamos sob um forte estado de ansiedade. Será que é mais fácil decidir sob pressão e preocupação do que estando sereno? Não! A ansiedade nos faz sofrer duas vezes: Rouba-nos a saúde, afeta o julgamento crítico, esvazia o poder de decisão e nos leva, progressivamente, a ter mais dificuldade em lidar com as questões práticas da vida.
Jesus ainda avança na questão da ansiedade ao afirmar: “Pessoas sem fé é que se preocupam com o futuro, mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.” (Mt 6.32) Ele afirma que preocupação é própria de pessoas que vivem sem fé, portanto, incompatível com a fé cristã. Ansiedade é essencialmente falta de confiança em Deus, e pode até ser compreensível para quem tem um Deus caprichoso e imprevisível, não para quem tem um Deus coerente que dirige a história, cujas promessas não são esquecidas. Preocupação não vem de circunstâncias, mas do coração.
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