sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Autossabotagem

  



 

Uma das melhores amigas que tive sempre teve propensões para engordar e sofria com as dietas, pois amava quitutes e doces. Um dia nos encontramos e ela estava toda feliz com uma receita recém-descoberta. Se ela comesse creme de leite com morango, não engordaria porque o morango tiraria o efeito do creme de leite...

 

Este é o típico exemplo de autossabotagem. É obvio que isso não é verdade, mas ela queria que fosse. Na autossabotagem, de forma consciente ou inconsciente, admitimos determinadas ideias que conspiram contra nós mesmos. O mecanismo pode ser negativo ou positivo, mas tem sempre a incrível capacidade de

 

causar prejuízos. Trata-se de um boicote contra nós mesmos.

 

A autossabotagem está ligada a hábitos negativos como procrastinação, falta de foco e baixa autoestima, gerando uma carga imensa de pensamentos negativos, geralmente correlacionados aos traumas de infância. É uma forma de autopunição baseada na culpa consciente ou não, que nos leva a pensar que não “merecemos”, impedindo-nos de alcançar o que desejamos. É necessário mudar a perspectiva que temos de nós mesmos.

 

Não é fácil perceber que nos autossabotamos, mas atitudes de vitimismo ou fracasso contínuo podem ser sinais que nos ajudam a detectar.

- Por que precisamos de relacionamentos tóxicos?

- Por que não somos capazes de relaxar e temos medo do sucesso?

- Por que focamos sempre no que nos falta e não celebramos as conquistas?

- O que está por trás da constante necessidade de autoafirmação?

- O que nos impede de explorar todo o nosso potencial e de viver com alegria o que somos ou temos recebido?

- Por que procrastinamos tarefas importantes que seriam benéficas e promotoras de nosso bem-estar social e do sucesso?

 

É possível vencer a autossabotagem dando alguns passos importantes. Entre eles estão:

1 - Reconhecer que conspiramos contra nós mesmos; 2 - Identificar os gatilhos e as áreas nas quais somos mais suscetíveis ao autoengano; 3 - Ter cuidado com a vitimização e a baixa autoestima; 4 - Sentir-se bem consigo mesmo e desejar o melhor para si - se não houver culpa nesse processo será algo muito positivo; 5 - Ter autoconhecimento e saber que é possível ir além do que já foi conquistado - algo terapêutico e renovador.

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