terça-feira, 23 de abril de 2019

Piloto de Fórmula 1 dorme no banco da igreja

Alex Dias Ribeiro

Alex Dias Ribeiro é um vitorioso campeão brasileiro do automobilismo, ainda que pouco conhecido desta geração. Outro detalhe interessante é que há pouco registro de sua infância vivida em Anápolis, onde morou com a avó. Alex foi campeão Brasileiro de Fórmula Ford, vice-campeão inglês e europeu de F3, número 1 no ranking dos pilotos brasileiros em 1973. Na Fórmula 1, ele disputou dez corridas entre 1976 e 1977, e estampava a frase “Jesus Salva” no seu carro.

Depois de sair de Anápolis, passou a outra metade de sua infância em Brasília, onde começou a acompanhar as provas locais, e em 1970 e 1971, foi bicampeão brasiliense de kart. Em 1972, estreou na Fórmula Ford, sagrando-se vice-campeão e, já no ano seguinte, conquistou o título da categoria. Em 1979 formou dupla com Emerson Fittipaldi na extinta equipe Copersucar-Fittipaldi. Após sua passagem pela Fórmula 1, deixou temporariamente as pistas para retornar em 1983 no Campeonato Brasileiro de Marcas e no Superkart.

Nas Olimpíadas de 1988 e Copas do Mundo da Itália 90, USA 94, França 98 e Coreia/Japão 02, atuou como capelão dos atletas cristãos da Seleção Brasileira. Palestrante, radialista e escritor, Alex tem três best sellers publicados. Um deles foi traduzido para o inglês, espanhol e árabe e outro ganhou o prêmio ABEC de melhor biografia do ano, totalizando 80000 livros vendidos. Posteriormente se tornou diretor da organização “Atletas de Cristo”, que reúne mais de 7500 atletas de diversas modalidades.

Na sua infância em Anápolis, frequentava a igreja Batista com a avó, D. Cremeilda (João Fraga Dias), embora seu círculo de amizade fosse maior na Igreja Presbiteriana. Ele queria estar com seus amigos mas tinha que acompanhar a avó que um dia fez uma concessão e permitiu que ele visitasse seus amigos na outra igreja. Ao chegar lá, não encontrou nenhum deles pois estavam no acampamento. Ressabiado e solitário, decidiu ir para a galeria do templo, e ali, com seus nove anos de idade, deitou no banco e dormiu.

Quando acordou, estava tudo escuro, o templo apagado e todos tinham ido embora. Angustiado pela bronca que levaria ao chegar em casa, conseguiu saltar uma das janelas da igreja, pular o muro para a casa do seu amigo Billy Fanstone, que ele conhecia bem, e dali saiu correndo em direção à sua casa.

Esta história me foi contada pessoalmente, numa recente visita que fez à cidade e num almoço que tivemos juntos. Ele veio falar do seu trabalho com atletas e divulgar o material que ele tem produzido. 

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