domingo, 15 de julho de 2018

Fraudes


Uma das maiores fraudes da história foi gerada por Doug Bower e Dave Chorley, fazendeiros ingleses que desenvolveram o fenômeno conhecido como agroglifos, formações de tamanho considerável criadas por meio do achatamento de uma cultura de cereal ou capim. Muitas destas marcas eram complexas, levando os ufólogos a afirmarem serem de origem alienígena, mas na verdade foram desenvolvidas com o uso de ferramentas simples como uma prancha de madeira, corda e um boné de beisebol equipado com um laço de arame para fazerem as linhas retas. Estes dois homens vieram a público se auto denunciar e se auto proclamar de “brincalhões”. Atualmente estas técnicas tem sido usadas no mundo inteiro, e alguns já tiveram até que pagar por danos materiais que causaram a propriedades alheias.

Fraudes, equívocos bem intencionados e coincidências são as explicações mais comuns para eventos ligados a acontecimentos sobrenaturais. Em geral, alguém tira vantagem destas situações. Em 1869, William Newell alegou que havia encontrado os restos petrificados de um gigante em sua fazenda em Nova Iorque. Uma estátua conhecida como o Gigante de Cardiff, se tornaria a maior fraude de toda história dos Estados Unidos. Hull conseguiu um grande bloco de uma rocha de Gipsita, embarcou-a para Chicago, onde contratou Edward Burghardt para esculpir uma estátua como se estivesse numa tumba. Ele fez um gigante de 3 metros, com um pé de 53 cm, e depois de pronta, derramou ácido no gesso para dar um aspecto envelhecido. Hull a trouxe para Nova Iorque, e a sepultou em Cardiff, nas redondezas de Syracuse, onde foi descoberta na abertura “acidental” de um poço.

A notícia se espalhou por toda região e as pessoas começaram a visitar o gigante, tendo que pagar 50 centavos para passar 15 minutos apreciando-o e todos achavam que a narrativa era verdadeira. A farsa foi denunciada e a verdade conhecida, mas até hoje, esta escultura ainda pode ser vista no Farmer’s Museum em Cooperstown, N.Y. e pertence ao New York Historical Association.

Alguns casos, porém, surgem eventos surpreendentes. Robert Morgan escreveu um romance de ficção em 1898 chamado Futility, quatorze anos antes da partida do Titanic, que contava a história do maior e mais grandioso navio de passageiros existente até então, que zarpou de Southampton em sua viagem inaugural para ser dividido ao meio por um iceberg, e cujos passageiros, ricos e famosos, acabaram morrendo em sua grande maioria no gelado Atlântico Norte, devido a falta de botes salva-vidas, O nome do navio, ironicamente era Titan.
Isto nos leva a pensar que o falso não anula o verdadeiro. Apesar de fraudes, enganos e trapaças por toda a parte, precisamos aprender a julgar todas as coisas e a reter o que é bom. Não dá para jogar fora o bebê com a água suja da bacia.

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