domingo, 15 de julho de 2018

Auto Sabotagem


Quantas vezes você tomou uma decisão sabendo de antemão que o resultado seria ruim? Você se recorda de alguma atitude que poderia mudar a sua história, mas você procrastinou ao máximo até perder o tempo e a oportunidade? Alguma vez mentiu para você mesmo? Estes exemplos mostram como é fácil se auto sabotar. Algumas pessoas chegam a afirmar: “Eu sabia que não deveria ter feito isto”, ou, “eu fiz todas as coisas que não deveria fazer”.
Algumas pessoas usam truques para enganar a mente, e isto não necessariamente é auto sabotagem. Tenho um amigo que descobriu que quando precisa acordar cedo para uma viagem e fica preocupado em perder a hora, decide mentir para si mesmo, e diz categoricamente que esta regra funciona: Ele afirma mentalmente que não vai mais viajar. Neste caso não é auto sabotagem porque não traz prejuízo. Outra amiga, porém, faz algo típico da auto sabotagem: Estando de regime acorda de madrugada, silenciosamente se dirige para a geladeira, come e volta para a cama fingindo que não é com ela.
Em 1916, Freud escreveu um artigo intitulado: “Os que Fracassam ao Triunfar”. Ele descreveu pessoas que possuíam medo de ter satisfação e para tanto, sentiam-se aliviadas quando o que estavam fazendo não dava nada certo. “É como se tivessem tudo para ser feliz e, de alguma forma, conseguissem arrumar um jeito para fugir da felicidade. Esse comportamento pode ser tão grave a ponto de provocar obesidade, depressão, cardiopatias, transtornos de ansiedade, pensamentos suicidas, diabetes e, em casos mais graves automutilação”.
Na auto sabotagem, a mente trabalha contra nós. Isto pode envolver a supressão das emoções, quando mascaramos o problema ao invés de resolvê-lo. Buscar solução para os problemas na comida é uma forma comum de auto sabotagem, especialmente quando se tem problemas com excesso de peso; drogas e álcool são as expressões mais comuns e visíveis, mas a procrastinação tem sido considerada a mais grave de todas porque trata-se de uma lacuna entre a intenção e o ato, a pessoa se justifica e não vai ao encontro de suas conquistas pessoais.
A modéstia extrema, pode desencadear “o desaparecimento do eu”, e levar-nos a perder o senso de valor próprio, e assim não nos julgamos merecedor de uma vitória ou de uma conquista, e não nos é permitido desfrutar das conquistas pessoais. São crenças disfuncionais a respeito da imagem. Como em um vício, no qual a pessoa apresenta pensamentos delirantes para evitar a ação dolorosa. Trata-se de auto conspiração, pois impede a pessoa de colocar sua vida no rumo certo.  
O processo de cura para este tipo de doença emocional passa pela tomada de consciência de que ao agirmos assim, destruímos a alegria presente e nosso futuro.

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