sábado, 15 de junho de 2013

Meditação



Se há uma prática perdida em nossos dias trata-se da meditação, que inclui a capacidade de contemplar a beleza da vida, admirar a existência e o ciclo harmônico da natureza, alinhar o coração às coisas de Deus e auto-examinar-se. Talvez seja esta a idéia do poeta ao declarar: “Do luar não há mais nada a dizer, a não ser que a gente precisa ver o luar”.
Charles Swindoll no seu livro seasons of life afirma que “a arte perdida do Século XX é a meditação”. O homem moderno não é encorajado a refletir, mas a fazer; é desestimulado a orar, mas pressionado a agir. Sua mente está sempre voltada para entretenimentos, barulhos, planejamentos, ocupações, agendas lotadas, mas meditação e silêncio? Esqueça!
Mesmo as pessoas consideradas “religiosas” atualmente não são muito dadas a tais práticas. Orações tem se tornado mais uma estratégia de alcançar os objetivos particulares, e forçar a Deus com um “pé de cabra”, a dar aquilo que julgamos merecedores. Não oramos mais para silenciar o coração, aquietar a alma. As orações são barulhentas e reivindicatórias, como se fossem instrumentos de persuasão para convencer um Deus insensível a dar aquilo que ele não quer dar, mas que julgamos que devemos ter.
Muitos pensam que meditação é um exercício demorado e demanda muitas horas; outros acham que é uma variante da preguiça e da acomodação, mas na verdade trata-se de um reencontro da nossa própria natureza interior à realidade divina, contrapondo-se a agitada rotina de produtividade e competitividade.
Numa perspectiva budista trata-se do encontro com o eu interior. Na perspectiva cristã, de um contacto com a realidade divina; quando entramos na dimensão do inteiramente Outro, que se imiscui com nossa humanidade. Em ambas as tradições, trata-se de um esvaziamento do ser, um “desligar” do agitado botão do ativismo, uma interrupção da agenda cheia que sempre cobra performance.
Na visão cristã, o lectio divinus, ou as Escrituras Sagradas, ocupa um lugar central nesta prática. Trata-se de um tempo para refletir sobre uma porção pequena ou maior da Bíblia, e um pensar no texto lido, tentando entender a orientação que ele traz. Minha esposa levou 6 meses, lendo e meditando diariamente num pequeno verso do maior capítulo da Bíblia que é o Salmo 119, com 176 versículos. Ela ficou encantada com o impacto que esta prática causou em sua vida.
O termo meditação é imperativo na Bíblia, com 14 referências apenas no livro de Salmos. É sempre imprescindível conectar a mente com a Palavra de Deus e seus ensinamentos.

Meditar, dar um tempo para a alma, tendo o celular desligado, a alma silenciosa, sem música ou maiores barulhos, respirar mais fundo, falar com Deus, refletir sobre um princípio espiritual é revolucionário para o ser humano. Não é sem razão que todas as tradições religiosas encorajam tal prática. Não desconsidere isto na sua vida!

Um comentário:

  1. BOM DIA PASTOR!!
    Preciso falar contigo!
    não consegui visualizar o seu e-mail
    o meu é osc_backoffice@oi.com.br
    celular (62)99143095
    Também fui batizado pelo Rev. Albert Reasoner!!!

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