quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Nas mãos de Deus





Existe um diálogo de Jesus e Pedro, registrado pelo evangelista Lucas, que sempre me assusta. Jesus diz a Pedro que Satanás o havia “requerido” junto ao Pai celestial para peneirá-lo como trigo (Lc 22.31-34).

Dois aspectos a se considerar:

1. Satanás quer peneirar a Pedro. Esta é uma linguagem pesada. Usa-se a peneira para sacolejar e balançar a semente. Esta é a solicitação do diabo. Ele quer mexer com a vida daquele discípulo, e a forma como Jesus descreve a ação de Satanás não nos parece ser algo muito confortável.

2. Satanás faz um requerimento a Deus, pedindo autorização para seu intento. Isto parece me dar um certo alívio. Afinal, já que é certo que Satanás é o adversário de minha alma, fico mais confortável em saber que ele quer me roubar, destruir e matar, mas não tem poder de decidir o que será feito de minha vida. Ele somente a tocará se Deus autorizar explicitamente que isto se dê, como aconteceu na vida de Jó. Satanás só pode fazer algo contra ele, diante da autorização de Deus, e só pode ir até a área delimitada pelo próprio Deus.

A Bíblia afirma que “Aquele que é nascido de Deus, Deus o guarda, e o maligno não lhe toca” (1 Jo 5.18). Afirma ainda que “o Senhor é fiel, e nos confirmará e guardará do maligno” (2 Ts 3.3) e que “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 Jo 4.4). Quando entregamos nossa vida a Cristo, somos lavados pelo seu sangue, e a cobertura de Cristo sobre nós nos livra de toda ação do inimigo.

Jesus conclui o diálogo com Pedro afirmando que estava orando por sua vida. Que havia rogado por ele. Sinto-me ainda mais confortável em saber que Jesus vela por mim, e isto é motivo de toda alegria para aquele que, mesmo sentindo-se ameaçado pelo diabo, pode descansar seguro à sombra do Onipotente.

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