segunda-feira, 6 de setembro de 2010

“Vê o teu rasto no vale!”

Jr 2.23
Os capítulos iniciais de Jeremias são uma espécie de desabafo de Deus com a atitude de seu povo. Deus esperava gratidão, veio murmuração; afeto, veio o descaso. O povo declarava que “amava os estranhos” (Jr 2.25). A nação eleita por Deus achava que seria livre se o abandonasse (Jr 2.31). Os sacerdotes não queriam saber de Deus (Jr 2.8) e os profetas profetizavam da parte de espíritos malignos (Jr 2.8).
Neste cenário, Deus convida o povo a olhar pelo retrovisor de sua vida e observar as marcas que estavam deixando na sua história. “Vê o teu rasto no vale!” (Jr 2.23). Deus convida o povo a olhar seus tortuosos caminhos.
Quais são as marcas que estamos deixando? Que legado e herança estão sendo construídos na nossa caminhada? Quando chegarmos ao fim de nossa história, como será que os biógrafos falarão de nós? Como nossos netos nos avaliarão?
Kierkegaard afirma que “a vida não analisada não é digna de ser vivida”. Paulo afirma que a vida distante de Deus escraviza, e assim, convida os irmãos de Roma a avaliarem os frutos colhidos durante os anos de pecado vividos longe de Deus. “Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais, porque o fim delas é a morte” (Rm 6.21).
A colheita de nossa vida de afastamento de Deus, é, antes de mais nada, vergonha, e, em segundo lugar, decadência e morte. Deus nos convida a olhar nosso rasto no vale. Que colheita e que marcas temos deixado nos caminhos por onde passamos. Nas estradas percorridas, quais os sinais que estão ficando? Você tem vergonha e tristeza pelos rastos deixados ou alegria e gratidão em ver seus sinais para aqueles que estão chegando depois de você?
“Vê o teu rasto no vale!”

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