sábado, 11 de setembro de 2021

Geração Z: Uma Geração de Zumbis

 



 

O título deste artigo não é minha opinião pessoal, mas sim uma tese recentemente defendida por Jeremy Adams, reconhecido como “O professor do Ano” nos Estados Unidos. Ele é também autor de um livro em que faz um alerta sobre a Geração Z - o primeiro grupo de pessoas que nasceu digital, conectado e que nunca viu o mundo sem internet (nascidos entre 1995/2015).

 

Para Adams, a geração Z é uma geração de zumbis. São menos educados, mais deprimidos e sem valores, pois teriam perdido os valores e a esperança que, tradicionalmente, formaram a base ética da sociedade. É a geração que adotou um estilo de vida solitário, hiperconectado tecnologicamente, mas distanciado de seus familiares, igrejas e comunidades.

 

 

As estatísticas são alarmantes: a depressão aumentou 63% nos adolescentes e o suicídio 56% entre 2007 e 2017. Tragicamente, neste período, o suicídio tornou-se a segunda causa de morte entre os jovens. Para Jeremy Adams, a dissolução familiar e o grande aumento do divórcio foram os responsáveis.

 

Famílias que fazem pelo menos uma refeição com todos juntos têm número menor de jovens fumantes, de jovens que usam álcool e drogas. O mesmo vale para as desordens alimentares e atividade sexual precoce, mal orientada. Para ele, os adolescentes que jantam sozinhos, colocam seu foco não na família, mas no celular. “A negligência da vida familiar é a maior responsável por trazer a sensação de vazio não somente aos estudantes, mas também à vida do povo americano em geral.”

 

Adams ainda analisa que um dos grandes problemas também tem sido a falta de vida

 

espiritual. Em 1984, apenas 2% dos americanos se identificavam como ateus, mas em 2020, o número saltou para 22%. A religião foi substituída por uma “massiva cultura de banalidade, conformidade e auto-indulgência.”

 

Outro fator presente é a obsessão tecnológica. Em 1970, mais de 50% dos estudantes do ensino médio tinham relacionamento diário com seus amigos, mas, em 2020, este numero caiu para 33%. Atividades sociais como um jogo de futebol e demais esportes coletivos foram substituídos pelos “streamings”.

 

Estudantes modernos constantemente digitam durantes as aulas e, na pandemia, assistiam a programações paralelas ao invés de prestarem atenção nos professores, criando o que os psiquiatras chamam de “atenção parcial contínua” - uma incapacidade de criar foco. Em geral, usam

 

cinco dispositivos eletrônicos ao mesmo tempo, o que resulta em notas baixas e falta de êxito acadêmico.

 

O autor americano prediz que a atual juventude está despreparada para o futuro. A quantidade de pessoas dispostas a sacrifícios e ao serviço sofre um rápido declínio, já que 71% dos jovens têm forte tendência à obesidade, envolvimento em pequenos delitos, doença mental e problemas relacionados ao uso de drogas. “Enquanto 70% dos americanos com mais de 60 anos srriam aprovados em um teste de cidadania, entre os jovens essa taxa ficaria em torno de 20%. A geração de hoje revela pouco interesse e parece importar-se pouco com o que acontece. Eu nunca ouvi um jovem afirmando seu amor pelo seu país”.

 

Ao refletir sobre todas essas considerações, eu me indaguei: seria a nossa realidade diferente? Professores, profissionais, religiosos e pais precisam estar atentos a

 

tais variações para ajudarmos esta geração no processo de sua formação intelectual e moral.




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