quarta-feira, 9 de setembro de 2020

O Cuidado com a Terceira Idade

 



O envelhecimento populacional é um fenômeno global. Com novas drogas, melhores cuidados médicos, mais acesso à medicina moderna, as pessoas têm vivido cada vez mais. Se você vivesse na Idade Média, teria boa chance de morrer aos 32 anos ou menos porque esta era a expectativa de vida na época.

O Ministério da Saúde afirma que o Brasil já possui a quinta maior população idosa do mundo e em 2030, o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos. O número de idosos cresce 55% por década. No mundo, o número de pessoas com idade superior a 60 anos vai chegar a 2 bilhões de pessoas até 2050.

Isso obriga o governo a pensar em políticas públicas, saúde e aposentadoria. A Previdência Social precisa projetar os próximos anos e planejar sua estrutura financeira para atender essa demanda. Trazendo para o campo pessoal, isso nos obriga, também, a olhar com sensibilidade a questão dos idosos em nossas comunidades e famílias.

Existe uma fronteira relacional que precisa ser vencida. Temos de lidar com pessoas idosas e ajudá-las em suas limitações. A nossa cultura, infelizmente, não trata os idosos com o mesmo respeito e dignidade presentes em determinadas culturas orientais.

Tanto os textos sagrados como a dinâmica familiar nos levam a considerar com mais respeito os idosos. Precisamos defender uma cultura de honra. Na Lei Mosaica, os judeus eram ensinados a levantarem-se na presença dos idosos e honrar os anciãos (Lv 19.32).

Nem sempre é tarefa fácil cuidar dos idosos, mas os filhos devem ser encorajados a cultivar atitudes de respeito e cuidado com os mais velhos. Eles aprendem vendo os pais protegendo esse grupo de pessoas mais vulnerável. Levar os pais ao médico, tirar um tempo para conversar com eles, mesmo quando já contaram a mesma história 300 vezes, levar o bolo que eles gostam de comer, estar ao lado deles e fazer caminhadas, no ritmo deles, é sempre muito importante.

Precisamos aprender que, na velhice, quando a funcionalidade diminui, é que o amor pode ser provado e aprovado, pois mostra que nos interessamos pela pessoa apenas por ser pessoa e não pelo aspecto utilitário e produtivo que, infelizmente, sempre esperamos dos outros.

Estes são grandes desafios que teremos de enfrentar: cuidar, proteger, valorizar, respeitar e honrar nossos idosos. Tudo isso é salutar e terapêutico. Traz dignidade e humanidade.

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