quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Relativize o relativismo!

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A geração atual, também conhecida por millenial, é avessa às regras. Na visão do filósofo Norman Doidge, esta é “a primeira geração diligentemente ensinada sobre duas ideias aparentemente contraditórias sobre moralidade... Essa contradição deixou-os, em geral, desorientados e inseguros... Veem a moralidade como relativa, no mínimo um ‘julgamento de valor’ pessoal... A moralidade de cada grupo não é nada além da tentativa de exercer poder sobre o outro... portanto, o mais decente a ser feito é demonstrar tolerância com as pessoas que pensam de modo diferente... Uma vez que não sabemos diferenciar o certo do errado ou o que é bom, a coisa mais inadequada que um adulto pode fazer é dar conselhos aos mais jovens sobre como viver.”

E Doidge continua: “infelizmente as pessoas não conseguem tolerar o caos inerente à vida, não conseguem viver sem uma bússola moral, sem um ideal para guiar suas vidas e assim surge o niilismo e o desespero. O resultado é uma geração sem direção, achando que a única virtude existente é não possuir qualquer concepção ou ideia formada sobre os assuntos mais palpitantes da vida.”

Então, o problema do relativismo é sua relatividade. Irônico, não? Ao dizer que “tudo é relativo!”, esbarramos na compreensão de que, até mesmo tal afirmação precisa ser relativizada, portanto, ela não é essencialmente verdadeira. Você não pode se firmar nesta afirmação. Não porque ela seja falsa, mas porque ela não é verdadeira. É possível tal dialética!?

A verdade é que todos nós precisamos de regras e princípios básicos que norteiem nossa caminhada, embora reconheçamos que costumes específicos variem de lugar para lugar. Ainda assim, podemos perceber que em todas as culturas, por mais primitivas ou sofisticadas que sejam, é preciso criar regras, leis e costumes.

O escritor C. S. Lewis tenta exemplificar isto da seguinte forma: “todos já viram pessoas discutindo. Às vezes, a discussão soa engraçada; em outras, apenas desagradável. Dizem, por exemplo: “Você gostaria que fi­zessem o mesmo com você?”; “Desculpe, esse banco é meu e eu sentei aqui primeiro”, “Por que você teve de entrar na frente?” Essas coisas são ditas todos os dias por pessoas cultas e incultas, por adultos e crianças.”

Ao fazer isso a pessoa apela para um padrão de compor­tamento que o outro deveria conhecer, mas raramente responde-se: “ao inferno com o padrão!”. Está claro que os envolvidos na dis­cussão conhecem uma lei ou regra de conduta leal, de comportamento digno ou moral, ou, como quer que queiramos chamar, há um padrão com o qual efetivamente concordam. Ora, essa lei ou regra do certo e do errado era cha­mada de Lei Natural.

Portanto, se o relativismo se torna o fundamento social, ideias como moral, valores e princípios nada mais são que formulações teóricas e preconceituosas. Tudo é válido porque ninguém pode dizer se isto é correto ou não... Aliás, para que serve sistema judiciário, polícia, família, casamento? Para que servem mesmo as regras? Se tudo é relativo, não há regras nem leis...

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