quarta-feira, 12 de abril de 2017

O paradoxo da Páscoa!!!

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Muitos olham para a Páscoa com expectativa, porque é um “feriadão”, o que significa maior tempo para descanso, realização de uma viagem esperada, um tempo para programação diferente. Mas gostaria de colocar os olhares em algo maior.

É oportuno e valioso considerar a Páscoa no seu sentido original e entender o que se comemora nesta época do ano.

A celebração da Páscoa abriga paradoxos:

Como é possível celebrar a Páscoa, se ela se refere à morte de Cristo? O que vemos no evento da cruz? Jesus é acusado pelos judeus pelas suas declarações, e é levado diante do tribunal de César, cujo procurador preposto era Pôncio Pilatos, cargo comissionado e indicado pelo Imperador de Roma, que governava toda aquela vasta região com mão de ferro. Pilatos tinha conhecimento jurídico e sabia as leis romanas. Entretanto, apesar de seu veredito: “não vejo neste homem crime algum”, para alcançar favores da comunidade judaica, e quebrando todo princípio da lei, entregou Jesus nas mãos das autoridades religiosas judaicas para que ele fosse submetido ao horrendo castigo e morte de cruz. Uma das formas mais cruéis e desumanas de execução de um criminoso.

Páscoa aponta para a morte de Cristo. O apóstolo Paulo se refere a Jesus como “nosso cordeiro pascal”. Embora na tradição cristã estejamos pensando em Cristo, na tradição judaica se referia a um rito realizado pelo povo de Deus quando saiu do Egito para a terra prometida. Na noite da morte dos primogênitos, já na décima praga, apenas a comunidade israelita que morava em Gósen, foi poupada desta calamidade. Por ordem de Deus, o povo matava um cordeiro e tingia os portais de sua casa com o sangue deste animal. Quando o anjo da morte via o sinal do sangue, ele não entrava e assim a família estava protegida.

Este sinal é aplicado agora a Cristo. Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O Cordeiro Eterno, derramou seu sangue e este sangue nos traz perdão, redenção, nos reconcilia com Deus e nos protege do maligno. Páscoa se refere à morte deste cordeiro. Ele morreu pelos nossos pecados.

Então, o evento da dor e da morte de Jesus, torna-se agora o “grande evento”. A morte aponta para a vida. O Filho de Deus nos substituiu. Jesus ensinou aos seus discipulos que sua morte não era opcional. “Era necessária”.

Este é o paradoxo da Páscoa. Na sua morte, encontramos vida; no seu sofrimento, graça; na sua condenação, libertação. Por isto é possivel falar na “celebração” da Páscoa. O apóstolo Paulo, chegou a afirmar que “se gloriava na cruz de Cristo”. Como encontrar glória e regozijo, num símbolo de dor e condenação?


Uma afirmação bíblica pode nos ajudar: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele, fôssemos feitos justiça de Deus”

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