quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Natal e as profecias

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Atualmente muitos se autodenominam profetas. Eu também falo de coisas com grandes probabilidades de acerto, e eventualmente acerto, mas definitivamente não sou um profeta. Os verdadeiros profetas do Antigo Testamento, não agiam como os meteorologistas fazendo previsão de tempo, com possibilidades de errar. Eles tinham que estar absolutamente certos. Não havia margem para erros em julgamentos ainda que fossem mínimas. Também não previam generalidades como “amanhã o sol vai nascer”. O teste para discernir falsos e verdadeiros profetas era apenas um: A previsão deveria estar 100% correta, caso contrário seriam condenados à morte (Dt 18.21-22). 

Como profetas só poderiam ser aprovados com nota máxima, caso contrário, seriam apedrejados. Era um chamado de altíssimo “risco”. No ano 710 a.C., o imbatível exército da Assíria cercou Jerusalém para conquistar a cidade. O povo de Israel ficou paralisado de medo, nada poderiam fazer diante do poderio bélico. O assustado rei Ezequias chamou o profeta Isaías pedindo para que orasse por livramento. Isaías lhe disse para não ficar amedrontado, porque o poderoso imperador Senaqueribe, ouviria um rumor de problemas internos no seu país, e retornaria para sua terra sem atacar Jerusalém. E foi exatamente isto que aconteceu (Is 37.26-38). Profecia cumprida!

Noutra ocasião predisse que a invencível Babilônia seria conquistada pelos Medos (Is 13.17-22), e apesar de toda glória e poder militar, 150 anos depois aconteceu exatamente como havia previsto (Dn 5.1-31). Profecia cumprida!

Outra profecia impressionante, porém, estava relacionada com o Nascimento de Cristo, o Natal. O que ele diz é algo impressionante e que foge ao senso comum. Ele fala de uma “virgem” se engravidando, e que seu filho seria chamado de “Emanuel”, que quer dizer, Deus conosco. “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14). Não é algo impressionante? Miquéias, outro profeta, afirma que ele haveria de nascer em Belém (Mq 5.2). Estas profecias só se cumpririam 800 anos depois. Não é isto algo impressionante? Profecia cumprida!

Estou certo de que fé é algo desafiador e individual, mas não deveríamos pelo menos refletir sobre a validade destas afirmações? Esta seria uma atitude honesta para pessoas que constantemente afirmam que precisam de provas mais racionais. Não acham? 

Curiosamente, quando os magos chegaram a Belém e indagaram sobre o nascimento do Messias, alegando ter visto um sinal no céu e que vinham de longe para averiguar os fatos (cerca de 1800 Kms de distância), os escribas e doutores da lei, que trabalhavam com tais profecias, deram as informações corretas, citando até mesmo o local de seu nascimento, mas não foram observar se tais profecias estavam se cumprindo em seus dias, e estavam a apenas 12 kms de Belém. Tão pertos, mas ainda tão distantes! Pronto. Mas uma profecia cumprida!

Mais prudentes foram os pastores, que ao ouvirem falar de que o salvador, Jesus Cristo, havia nascido na cidade de Davi, resolveram averiguar: “Vamos até Belém, e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer” (Lc 1.15). Os magos e os pastores creram; os sacerdotes, teólogos e escribas, não. Ainda hoje, alguns creem, outros não!

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