quinta-feira, 22 de março de 2018

Globalização

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Recentemente estava fazendo minha caminhada costumeira e encontrei três garotos entre 9-13 anos, filhos de amigos meus, com uma bola na mão, coisa rara em nossos dias de tanta atração e fixação com jogos virtuais, e como os conhecia, começamos a conversar. Eles estavam vestidos de camisa de futebol de seus times de preferência, mas, esquece os nomes principais do Brasil. Nada de Corinthians, Flamengo, Cruzeiro. Eles estavam com camisas do Real Madrid, Chelsea e Barcelona.
Constatei ali, imediatamente, que a tese do respeitado economista Thomas L. Friedman, está certa, ao afirmar que “O mundo é plano”. Friedman começa seu livro falando da experiência de sua viagem à Índia, quando constatou que muitas das pessoas que lá conheceu pareciam americanas, haviam adotado nomes americanos e reproduziam à perfeição o sotaque americano nos call centers, e as técnicas americanas de gerenciamento nos laboratórios de software.
Ao voltar para casa, Friedman lembrou que Colombo havia entrado para a história ao informar aos seus soberanos que a Terra era redonda, mas agora, ele reconhecia que “o mundo é plano”. “Nos últimos anos houve um investimento maciço em tecnologia, centenas de milhões de dólares foram investidos na instalação de conectividade e banda larga no mundo inteiro, e o trabalho dos intelectuais podem agora ser realizados de qualquer ponto do globo”. Na verdade, o terreno da concorrência global foi aplainado e o planeta foi achatado!
Isto traz grandes riscos e oportunidades. Recentemente uma pessoa me compartilhou que estava em Israel, mas que todo dia ouvia uma mensagem bíblica de uma mensagem que preguei e que se encontra disponível no podcast. Me surpreendi também ao observar que boa parte dos leitores do meu blog, são do Norte da Europa, certamente brasileiros e povos de língua portuguesa espalhados mundo afora.
Diante da globalização, me deparo com outra dificuldade. Apreciador de futebol, admito que está difícil assistir jogos brasileiros. Não é possível ter paciência para assistir a transmissão de Vasco x Macaé, URT x Atlético Mineiro; Bragantino x Santos, quando posso assistir Real Madrid e Chelsea. Para falar a verdade, a sensação que tenho é que estou assistindo outro tipo de esporte, tal a diferença de qualidade técnica. Não é concebível que o Botafogo com seu caríssimo elenco tenha dificuldade de ganhar do Volta Redonda, e seja desqualificado pelo Aparecida de Goiás. A nivelação está acontecendo por baixo.
Diante disto surge a pergunta: Como o esporte brasileiro vai sobreviver? Como equilibrar a folha de pagamento de pequenos clubes sem torcedores? Por que grandes times estão tendo dificuldade de ganhar de clubes sem expressão?


Com a globalização surgem grandes oportunidades – e vários desafios. Precisamos repensar a forma e estratégia de ação neste mundo que, de uma hora para outra, se tornou plano.

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