Recentemente tive acesso ao conteúdo de Brené Brown, pesquisadora da Universidade de Houston que investiu 16 anos de seu trabalho estudando temas como coragem, vulnerabilidade, vergonha e empatia. Ela é autora de quatro livros #1 New York Times bestsellers entre eles “A dádiva da imperfeição”. Seu vídeo no TED talks, “O poder da vulnerabilidade”, já foi assistido por mais de 30 milhões de pessoas. Por que seus temas tem atraído tantas pessoas? Sobre o que ela está escrevendo? Sua pesquisa é sobre “vergonha”, associada a culpa.
Para Brown, a vergonha é emoção mais primitiva que experimentamos e um sentimento doloroso e intenso de que somos indignos de amor e de pertencer.
Ao lidar com a vergonha, geralmente as pessoas reagem de duas maneiras: Primeiro, negação: afirmam que nunca aconteceu algo assim com elas ou que nunca sentiram vergonha; Segundo, declaram que sabem exatamente o que isto significa mas não querem conversar sobre o assunto.
Para a autora, este é o ponto crítico: Quanto menos a pessoa fala, mais ela se sente envergonhado, já que a vergonha precisa de três coisas para se desenvolver exponencialmente:
Segredo: o fato precisa continuar escondido;
Silêncio: nada pode ser dito ou feito e
Julgamento que envolve acusação e medo.
Ela sugere duas fórmulas com resultados completamente opostos: Quando a vergonha é colocada na “lâmina de Petri”, onde se desenvolvem culturas microscópicas, adicionando um pouco de segredo e a mesma porção de silêncio e julgamento, o monstro crescerá absurdamente e se espalhará para cada parte da vida, formatando o nosso modo de pensar, sentir e agir. Se fizermos o contrário, pegarmos a mesma lâmina e pusermos vergonha e um pouco de empatia, teremos um ambiente antagônico à vergonha.
A constatação é surpreendente: Vergonha não sobrevive quando se fala dela. Se algo realmente embaraçoso aconteceu e as pessoas encontram espaço para confessar, conversar e recebem empatia e compreensão a vergonha não consegue sobreviver.
A perpetuação da vergonha dependerá do fato de alguém comprar a ideia de que encontra-se sozinha, por isto a autora sugere que “a sombra”, seja mantida à frente de rosto da pessoa, porque se ela mantiver furtivamente, vindo por trás, torna-se letal.
Para vencer a vergonha, Brown sugere três passos:
(a)- Converse com alguém que você ama;
(b)- Busque alguém que você confia para expor sua vergonha;
(c)- Conte sua história.
O mal é como fungo e mofo, cresce melhor na penumbra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário