sábado, 28 de outubro de 2023

Tempo de Gratidão




Muitos devem se perguntar “por que termos um dia de ações de graças?” A resposta pode ser dada de duas maneiras simples e direta: Primeira, porque temos muita coisa para agradecer; segunda, porque precisamos nos lembrar do valor e da importância da gratidão.


Parece simplismo, mas não é. Todos gostamos de receber um “muito obrigado” e apreciamos profundamente quando alguém reconhece algo que fizemos e demonstra isto verbalmente ou em gestos, que podem ser pequenos mimos, um cartão, uma lembrança ou um telefonema. Termos reconhecimento pode ser um risco para nossa vaidade, mas ao mesmo tempo, faz um enorme bem ao nosso coração. É bom receber um elogio, uma expressão de amor. Talvez esta seja uma das reclamações mais presentes hoje em relação aos cônjuges. Maridos e esposas são mesquinhos em relação às expressões de gratidão e bondade. Pequenos gestos e palavras podem gerar grandes impactos.


Somos uma geração desatenta e displicente. Parcimoniosos na apreciação e pródigos nas críticas e reclamações. Mesmo sabendo aonde chegaremos, gostamos de caminhar pelas ruas da murmuração e da ingratidão, ao invés de passearmos pelas avenidas da gratidão e expressões de amor. Tais atitudes são tão paradoxais que algumas vezes me pergunto como distorcemos tanto nossa lente.


Deus tirou o seu povo da escravidão do Egito, mas ao invés de gratidão tornaram-se murmuradores e ácidos em relação a Deus. “Por que ele nos tirou do Egito: Para morrermos neste deserto?” ou “Sentimos falta da cebola, dos melões e dos temperos do Egito.” Jesus curou 10 leprosos, mas apenas um retorna para agradecer. A vida destes dez homens foi radical e positivamente mudada, mas apesar de serem gratos pela cura, eles se esquecem de quem os curou.


Moramos um bom tempo nos Estados Unidos e o “Thanksgiving Day” é a data mais celebrada pelos americanos. Nem a Páscoa, nem o Natal, nem o Dia da Independência são tão celebrados. Todas as propagandas e comerciais enfatizavam a necessidade e importância da gratidão, mas nenhuma delas dizia “a Quem devemos agradecer.” A mensagem me parecia contraditória: sou grato, mas não sei a Quem. Temos gratidão (pela saúde, bens, família, trabalho), mas não sabemos a quem agradecer. Dr. Francis Schaeffer fez um ácido comentário a este respeito: “A coisa mais ridícula na alma do ímpio é se assentar à mesa, comer o pão que Deus fez brotar no campo, e a comida que fez germinar, mas não consegue agradecer Aquele que fez todas estas coisas.”


Estamos celebrando o que Deus nos fez. É tempo de gratidão. Queremos deixar explicito que somos gratos a muitos queridos amigos, familiares e irmãos, por tudo que temos recebido. Mas a nossa maior expressão deve ser dirigida Àquele que nos deu o maior dos presentes: A vida eterna!

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