Com o objetivo de conscientizar a sociedade e colaborar para a prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo de 2023 adotou o lema: “Se precisar, peça ajuda”.
As estatísticas sobre suicídio são alarmantes: Segundo a OMS mais de 883 mil pessoas cometem suicídio a cada ano no mundo. O número ultrapassa a soma de vítima em guerras, homicídios e desastres naturais, que, somadas, tiram a vida de 669 mil pessoas. Apenas no ano passado, cerca de 16 milhões de pessoas atentaram contra sua própria vida, sendo a principal causa de morte entre sul-coreanos com idades entre 10 e 39 anos.
Somente no Brasil, são cerca de 14 mil casos por ano e 38 pessoas cometem suicídio por dia. Em 2022 foram 16.262 registros de suicídio no Brasil, isto é, 8.0 suicidios por 100 mil habitantes. Os adolescentes foram os que mais morreram por suicídio no país.
Para lutar contra esta angustiante estatística, é fundamental a disseminação de conteúdos com orientações para a população. O suicídio pode ser amenizado com tratamentos adequados.
Por que as pessoas suicidam? Para quem sofre transtornos mentais ele aparece como uma forma de resolver o que parece ser sem solução, o que não é real. A pessoa em sofrimento extremo, tem uma distorção cognitiva, não consegue pensar com clareza, e passa a ver o futuro de forma sombria. Conversar e falar abertamente do tema é um dos maiores fatores de proteção ao suicídio. Infelizmente muitos tem vergonha de falar de sua dor e não querem comentar.
A pessoa com pensamentos suicidas não deve ignorar nem minimizar o próprio sofrimento e precisa procurar o apoio da família e amigos, e profissionais na área de saúde.
Muitos ficam surpreendidas quando percebem que o suicídio mata mais do que o homicídio. A nível mundial, o suicídio é quase o dobro da taxa de homicídio: 9.39 para 5.22. O Brasil é um dos poucos países com mais homicídios que suicídios.
Fora da curva da estatística brasileira, em Anápolis (2023), foram registrados mais suicídios que homicídios: 36 homicídios, contra 40 suicídios. Esses dados são preocupantes. Será que podemos fazer alguma coisa para lutar contra essa epidemia silenciosa e com o angustiante desafio das doenças da mente?
Se você percebe alguém que precisa de ajuda, converse, direcione. Apoio e encorajamento são passos fundamentais. Se você está enfrentando lutas nesta área, fale de seu problema. Encontre alguém ou procure um CVV, que certamente poderá te ajudar. Não fique só. Você não é a única pessoa que luta contra a angustiante e invisível dor da alma. Fale da sua dor. Se você é religioso, sua comunidade, pode ajudá-lo na sua luta com pensamentos obsessivos. Muitos personagens bíblicos enfrentaram lutas e são vários textos que falam deste assunto. Deus sabe de sua dor. Ele é um forte aliado na sua luta.
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