Dra. Shefali Tsabary, é uma celebrada psicóloga clínica e autora best-seller, conhecida por sua abordagem inovadora à educação infantil. Recentemente participou de um talk show com Oprah Winfrey falando sobre o uso das mídias sociais. O que ela diz não chega a ser novidade, mas a forma como ela aborda o assunto é denso, profundo e desafiador.
Ela possui uma visão crítica sobre o uso da mídia e acredita que a exposição excessiva pode ter impactos negativos no desenvolvimento social, emocional e cognitivo das crianças. O uso não monitorado das mídias reduz a interação social, desviando a atenção das crianças de atividades importantes como brincadeiras ao ar livre, interação com outras crianças e desenvolvimento de habilidades sociais, além de conter conteúdo violento, sexual ou perturbador que pode ser prejudicial para o desenvolvimento emocional das crianças.
Crianças expostas ao uso excessivo de dispositivos digitais podem ter problemas de atenção e concentração, dificultando o aprendizado e a produtividade, distúrbios no sono, além de promover imagens irreais de beleza e comportamento, levando a problemas de autoestima e comparação social nas crianças.
Ela recomenda, portanto, limitar o tempo de tela a no máximo duas horas por dia, incluindo televisão, computador, tablet e smartphone, priorizando conteúdos educativos e de qualidade que estimulem a criatividade, o aprendizado e a imaginação, sempre sobre a supervisão dos pais.
Para lidar com a pressão midiática, ela recomenda incentivar atividades alternativas como leitura, brincadeiras ao ar livre, prática de esportes e interação com outras crianças, mantendo um diálogo aberto com as crianças sobre o uso da mídia, seus sentimentos e comportamentos relacionados ao uso de dispositivos digitais. E encoraja os pais a criarem um ambiente familiar saudável que limite o uso da mídia e incentive atividades que promovam o desenvolvimento integral das crianças, priorizando a importância da interação humana para o desenvolvimento das crianças, como tempo para brincar ao ar livre, interagir com outras crianças incentivando outras atividades como leitura, jogos e brincadeiras ao ar livre.
Como dissemos no inicio, nenhuma novidade. Apesar disto, o que temos visto é uma imensa dificuldade das crianças e dos pais em se organizarem em torno desta questão tão desafiadora. Alguém afirmou que “quem vive melhor não é quem sabe mais, mas quem se lembra mais.”
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