quarta-feira, 27 de março de 2024

Ressignificando a Páscoa

 



Natal e Páscoa são as duas mais importantes festas do calendário cristão. O primeiro fala do nascimento de Cristo, o segundo, sua ressurreição.

Na visão judaica, a Páscoa, é uma das festas mais importantes. Comemora a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito, um evento central na história e identidade judaica. A palavra "Pessach" significa "passagem" em hebraico, referindo-se à passagem do anjo da morte sobre as casas dos israelitas durante a última praga no Egito.

Embora o judaísmo e cristianismo comemorem a Páscoa, existem diferenças significativas entre uma e outra. A Páscoa judaica foca na libertação do Egito, enquanto a Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo. As datas e os rituais das duas festas também são diferentes.

No cristianismo, comemora-se a ressurreição de Jesus Cristo, três dias após sua crucificação. Este evento miraculoso representa a vitória sobre a morte, o pecado e a escuridão, oferecendo aos cristãos a esperança da vida eterna. A ressurreição de Jesus é vista como a promessa de que a morte não é o fim, mas sim uma passagem para uma nova vida.

A morte de Jesus na cruz é vista como um ato de sacrifício supremo para redimir a humanidade do pecado. Através de sua morte e ressurreição, Jesus ofereceu a salvação a todos aqueles que acreditam em seu nome.

O significado da Páscoa vai muito além do chocolate e dos coelhinhos. Aliás, esta tradição secular, tende a esvaziar o sentido central da ressurreição. O símbolo da Páscoa não pode ser um coelhinho mágico que bota ovos de cores diferentes, mas o Cordeiro que aponta para Cristo. Portanto, o cordeiro e não o coelho, intruso, vilão e usurpador, deve ser a imagem real.

A ressurreição de Jesus Cristo é o evento central e a pedra fundamental do Cristianismo. Ela representa a vitória definitiva sobre a morte, o pecado e a escuridão, e fornece a base para a fé cristã em um Deus de amor, graça e esperança.

A ressurreição revela a divindade de Jesus. Se ele venceu a morte podemos colocar nele a nossa confiança. O apóstolo Paulo chega a afirmar que “se ele não ressuscitou, é vã a nossa fé”, e ainda mais, estamos anunciando algo meramente mitológico, sem sentido. Mas se ele ressuscitou, então podemos estar seguros daquilo que ele nos falou e prometeu. A ressurreição transformou um grupo de inseguros, incrédulos e duvidosos discípulos, em poderosos proclamadores de Cristo. A visão de Cristo ressurreto, os empoderou para morrerem por sua fé.

A Bíblia aponta para várias evidências da Ressurreição: O túmulo de Jesus foi encontrado vazio no domingo de Páscoa, confirmando a sua ressurreição. Mais de 500 pessoas testemunharam a aparição de Jesus ressuscitado, confirmando a realidade do evento, e os apóstolos, que estavam desanimados após a morte de Jesus, foram transformados pela ressurreição, tornando-se ousados ​​testemunhas do Evangelho.

Vamos celebrar com esperança e alegria a ressurreição, este evento real e histórico que nos oferece esperança para o futuro.

 

 

 

O uso da mídia social para as crianças

 




Dra. Shefali Tsabary, é uma celebrada psicóloga clínica e autora best-seller, conhecida por sua abordagem inovadora à educação infantil. Recentemente participou de um talk show com Oprah Winfrey falando sobre o uso das mídias sociais. O que ela diz não chega a ser novidade, mas a forma como ela aborda o assunto é denso, profundo e desafiador.

Ela possui uma visão crítica sobre o uso da mídia e acredita que a exposição excessiva pode ter impactos negativos no desenvolvimento social, emocional e cognitivo das crianças. O uso não monitorado das mídias reduz a interação social, desviando a atenção das crianças de atividades importantes como brincadeiras ao ar livre, interação com outras crianças e desenvolvimento de habilidades sociais, além de conter conteúdo violento, sexual ou perturbador que pode ser prejudicial para o desenvolvimento emocional das crianças.

Crianças expostas ao uso excessivo de dispositivos digitais podem ter problemas de atenção e concentração, dificultando o aprendizado e a produtividade, distúrbios no sono, além de promover imagens irreais de beleza e comportamento, levando a problemas de autoestima e comparação social nas crianças.

Ela recomenda, portanto, limitar o tempo de tela a no máximo duas horas por dia, incluindo televisão, computador, tablet e smartphone, priorizando conteúdos educativos e de qualidade que estimulem a criatividade, o aprendizado e a imaginação, sempre sobre a supervisão dos pais.

Para lidar com a pressão midiática, ela recomenda incentivar atividades alternativas como leitura, brincadeiras ao ar livre, prática de esportes e interação com outras crianças, mantendo um diálogo aberto com as crianças sobre o uso da mídia, seus sentimentos e comportamentos relacionados ao uso de dispositivos digitais. E encoraja os pais a criarem um ambiente familiar saudável que limite o uso da mídia e incentive atividades que promovam o desenvolvimento integral das crianças, priorizando a importância da interação humana para o desenvolvimento das crianças, como tempo para brincar ao ar livre, interagir com outras crianças incentivando outras atividades como leitura, jogos e brincadeiras ao ar livre.

Como dissemos no inicio, nenhuma novidade. Apesar disto, o que temos visto é uma imensa dificuldade das crianças e dos pais em se organizarem em torno desta questão tão desafiadora. Alguém afirmou que “quem vive melhor não é quem sabe mais, mas quem se lembra mais.”

 



 

O poder do silêncio


 

sexta-feira, 15 de março de 2024

O extraordinário na rotina

 



quinta-feira, 7 de março de 2024

Suicídio

  


Risco e recompensa

 


Onde há vício, há ganância

 


 

O que leva as pessoas a quererem ganhar dinheiro sem esforço algum? Como o mecanismo da ganância e da cobiça pode ser o gatilho para um distúrbio psicológico que traz desconforto e leva muitos a perderem sua honra, seus recursos e sua família?

 

Las Vegas é considerada a capital mundial do entretenimento, mas é também conhecida como a “cidade do pecado, por ser um paraíso para jogos de azar, prostituição e outros vícios. O slogan da cidade é: “O que se faz em Las Vegas fica em Las Vegas.” Uma proposta bem perigosa, que passa a impressão de que se alguma atitude errada for praticada naquela cidade isto não será levado em conta. A cidade gira em torno dos cassinos luxuosos. Muitos ficam em torno das máquinas 24 horas, e nas madrugadas é possível ver muitas pessoas idosas, meio “zumbis” cansadas e hipnotizadas, pela tola expectativa de que ficarão ricas com o jogo de azar. A ganância move o vício. A Bíblia afirma que “o espírito de ganância tira a vida de quem o possui.”

 

A ganância é viciante, embora varie na intensidade. A mais dramática assemelha-se a dependência química. O quadro de uma pessoa dominada pelo vício é quase irreversível, e isto complica ainda mais porque a pessoa viciada não percebe a necessidade de ajuda ou tratamento. O que move o jogo de azar é a ganância, a cobiça, a falsa concepção de que é possível enriquecer sem trabalhar e ter sucesso sem esforço. Mas na verdade, o único lugar onde sucesso vem antes de trabalho é no dicionário.

 

O que move o jogo de azar é a ganância, que como um vício insidioso, corrói a alma e aprisiona o indivíduo. Essa obsessão pode levar a consequências devastadoras, tanto para a pessoa quanto para a sociedade como um todo. A ganância compromete a integridade e os valores.

 

A ganância é insaciável, nunca está satisfeita, e é alimentada por um ciclo interminável de frustração e vazio. O ganancioso explora e aproveita dos outros, sem qualquer consideração, mas cobra um alto preço criando um abismo entre o indivíduo e as pessoas ao seu redor, levando ao isolamento e à solidão, além do estresse e da ansiedade e insônia.

 

Este vício pode ser vencido com autoconsciência, quando compreendemos que a insaciabilidade não é saudável. A gratidão pelas coisas que possuímos é outro caminho interessante, e se associado à generosidade nos liberta de nós mesmos. A ganância é um vício, mas pode ser superado com esforço e determinação, quando entendemos que a verdadeira felicidade não se encontra em bens materiais, mas sim em valores como amor, compaixão e generosidade.

Não brigue com a vida!



Fraudes