É fácil superlotar a agenda com tarefas e demandas que surgem constantemente. Wayne Cordeiro, conferencista havaiano, percebeu que não havia mais espaço para sua agenda para atividades pessoais, familiares e recreativas, então, ele decidiu fazer sua agenda a partir de suas férias e não das atividades.
Recentemente encontrei um amigo aposentado que me falou de sua perplexidade. Ele continua com sua agenda cheia apesar de não estar “trabalhando” mais. Na verdade, ele admitiu que sua agenda ainda está com mais compromissos. É preciso selecionar o que fazemos, se quisermos ter mais efetividade nas nossas atividades
Três perguntas podem direcionar nossas decisões:
Primeira, o que estou fazendo? Isto tem a ver com prioridades. Cortella afirma que prioridade não tem “S”. Existem muitas coisas urgentes, que demandam nosso tempo e nos pressionam. São demandas de pessoas, trabalhos, e até mesmo o desejo pessoal de agradarmos as pessoas e sermos aprovadas por ela. Mas devemos sempre avaliar o que estamos fazendo.
A segunda questão nos ajuda na primeira: Por que precisamos fazer? Isto tem a ver com motivos e valores. Muitas coisas são boas e precisam ser feitas, mas nem sempre deveríamos nos ocupar com elas. Podemos deixar outros fazerem e até mesmo delegar. Qual é a razão de fazer isto ou aquilo? Se perguntarmos o porquê, veremos que nem sempre aquilo que julgávamos importante deveria ocupar nosso tempo.
Terceira, com quem estou fazendo? Eventualmente estamos fazendo coisas boas com pessoas que são tóxicas, nos sabotam, manipulam, e esgotam facilmente retiram nossa alegria. Precisamos recordar que a única aliança que fizemos é a do casamento, e precisamos nos esforçar para acertar e fazer as coisas caminharem bem, mas existem pessoas com as quais não precisamos andar, e sem mágoa, ressentimento, mas com maturidade e assertividade, precisamos nos afastar porque elas esvaziam o nosso tanque emocional. Pode ser uma sociedade, um ambiente de trabalho ou uma parceria. Vale a pena continuar junto?
A quarta questão é onde estou fazendo? Pode ser que nosso esgotamento não esteja relacionado ao que fazemos, nem com quem fazemos, mas com o local e ambiente de trabalho. As estruturas, escritórios fechados, ruídos excessivos, calor ou frio extremo, isto é, conforto e ambientação precisam ser considerados. Produzimos melhor em ambientes mais arejados, menos alérgicos e carregados de fungos e mofos. O simples fato de mudar de sala, de endereço, pode ser fator motivador para maior produtividade. Eu preciso de claridade e luz para me sentir melhor e arejar minhas emoções. Quando morei nos Estados Unidos, descobri que nos meses mais frios e escuros, meu humor variava muito e me deprimia. Luz, calor e claridade são aliados do meu humor.
Faça estas quatro perguntas a você: O que, porquê, com quem e onde? Estas perguntas são dinâmicas e precisam ser feitas de tempo em tempo.
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