O professor descobre que a mensagem codificada enumera com exatidão cada desastre ocorrido nas últimas cinco décadas e ainda prevê uma calamidade global e intrigado, busca a ajuda da família da autora deste enigmático documento, para tentar alertar a todos sobre a possível tragédia.
Na sala de aula, sua crise vem à tona e ele inicia um denso debate sobre o Determinismo e o Acaso, duas correntes filosóficas que orientam a humanidade.
A primeira, ensina que o que acontece na natureza é decidido por eventos precedentes de leis naturais. Tudo acontece por uma razão que já existia antes, e possuí uma inteligência e intencionalidade em todas os acontecimentos.
A segunda afirma que todas as coisas existem por acaso, e não há qualquer intencionalidade ou propósito nos eventos.
Provocando seus alunos ele diz: “Esta é uma boa forma de pensar, não é? No Determinismo, tudo tem um propósito e uma ordem. Na teoria do Acaso tudo é simplesmente uma coincidência e que o fato de existirmos é nada, a não ser o mero resultado de um complexo, ainda que inevitável, elos de acidentes químicos e mutações biológicas e que não há “grande sentido” nem propósito em tudo que existe.”
Para discutir o assunto, questionando a teoria do acaso, ele pega uma bola com a figura do sol e indaga: “Agora pensem comigo - como o sol, esta bola celestial de fogo, poderia, por uma grande quantidade de circunstâncias aleatórias e cegas, encontrar-se na distância correta para que nosso pequeno planeta azul possa desenvolver a qualidade de vida que nos permite viver?”
Depois de refletir sobre suas próprias divagações, uma aluna pergunta: “E você professor Koestler, o que você crê?” Ele afirma de forma vaga e imprecisa: “Eu penso que as coisas simplesmente acontecem...”, mas, ao responder, ele fica chocado com sua própria afirmação e pede para que a aula termine.
No filme, ele terá um encontro com situações que, inevitavelmente, o conduzirão ao determinismo. Ou seja, há uma força ou energia que faz com que as coisas aconteçam propositalmente no tempo e no espaço.
E quanto a você, leitor? O que crê? Você crê que existe propósito na história e na vida (Determinismo) ou que as coisas simplesmente acontecem, sem nenhum grande sentido? (Acaso).
A forma como cremos certamente fará grande diferença no estilo de vida que vivemos. Fará diferença entre a esperança e a desesperança, entre o sentido e o nihilismo. Adotar um ou outro modo de pensar fará toda a diferença na história que vivemos. Inclusive, determinará se nossa história será marcada pela possibilidade de exercermos alguma espécie de fé ou se nos sustentaremos sobre a completa falta de sentido para a raça humana.
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