domingo, 15 de julho de 2018

Sua fé é importante?


Numa recente entrevista feita com os estudantes da Harvard University, fizeram uma pesquisa sobre religiosidade e espiritualidade e obtiveram as seguintes respostas:
Ateísmo     21%
Agnosticismo      21%
Cristianismo       35%
Islamismo 1%
Hinduísmo  3%
Budismo    2%
Judaísmo   10%
Outros               10%
Dois dados chamam a atenção nesta pesquisa:
Primeiro, a diferença fundamental entre ateísmo e agnosticismo. Poucas pessoas atentam para a discrepância entre os dois pontos de vista, mas eles são importantes: O ateu é a pessoa que não admite a ideia de um Deus, nem mesmo de um ser superior ou uma energia pessoal. Para este grupo, Deus simplesmente não existe. Ele são “a-theos”, isto é ”não-há-Deus”. O agnóstico admite a possibilidade da existência de um ser superior, que pode ter diferentes nomes ou categorias, mas que isto não faz diferença para a realidade humana, porque tais “deuses” ou forças não influenciam em nada a ordem da natureza, o cosmos, ou a vida individual de cada um. O número de ateus nesta pesquisa é o mesmo dos agnósticos.
O outro dado importante é que, num país considerado cristão, o número de pessoas que se declara cristão é menor do que a soma dos ateus e agnósticos, que juntos chegam a 42%. Isto é um alerta: embora estes dados sejam específicos de uma universidade plural e que recebe estudantes do mundo inteiro, é possível entender como o cristianismo, a religião dominante, perde sistematicamente seu espaço nas universidades.
Outra estatística, é igualmente relevante: “Quão importante é a religião para sua vida?” e a resposta foi: Nenhuma 49%; Um pouco, 29% e muito, 22%. Isto nos aponta em outra direção: O fato das pessoas professarem uma religião não significa que tal religião seja importante para suas vidas. Na verdade, apenas 22% consideram muito importante, e, para a maioria, a religião não importa nada.
Fica então uma pergunta para nossa reflexão, e devemos ser sinceros na nossa auto-análise: “Quão importante é a espiritualidade, religião ou fé para nossa vida?’ Se descobríssemos hoje que o conceito de Deus nada mais é que uma vaga utopia, que diferença isto faria para o nosso dia a dia?  

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