Em Agosto de 2008 ouvi o
discurso de J.K.Rowling, conhecida autora inglesa que se transformou num
fenômeno editorial com a série de livros sobre Harry Potter, falando para uma
eufórica plateia de estudantes que se formavam na Harvard University. Ela
afirmou o seguinte: “Para muitos de vocês, o que consideram fracasso, para
milhões de pessoas ao redor do mundo é chamado de sucesso”.
Como já estamos chegando ao
final do ano, precisamos perguntar: O que é sucesso?
Primeiramente, sucesso só
vem antes do trabalho, no dicionário. Não existe vitória sem batalha, nem
conquista sem luta. Certa vez li a entrevista de um famoso pianista,
considerado um virtuose, que ao ser indagado se ele se considerava um gênio,
reagiu veemente: “Detesto a palavra gênio. Vocês acham que alguém que treina
diariamente, oito horas de piano por dia, pode ser considerado um gênio?”
Em segundo lugar, sucesso
não pode ser medido em termos de conquistas, bens ou status, porque sucesso não
é o que você tem ou conquista, mas o que você é. Hoje em dia, com a ditadura da
estética, cria-se modelos e paradigmas de beleza, mas a melhor definição de
beleza que ouvi foi a seguinte: “Beleza é você sentir-se confortável dentro de
sua pele”. Sucesso é um estado de espírito, é você estar pleno enquanto ser.
Pessoas de estilo de vida simples, tendo coisas simples na vida, podem se
sentir extremamente bem sucedidas.
Em terceiro lugar, sucesso
tem a ver não como você começa, mas como você termina. Existem pessoas que são
velozes, mas se cansam rápido; iniciam bem e terminam mal. Gente assim é o que
se denomina de “sucesso do fracasso”. Podem até ter ascensão rápida, se
tornarem badaladas e comentadas, mas com o coração e as relações absolutamente
adoecidas.
Por último, diria que
sucesso tem a ver com Deus. Não adianta receber aplausos dos homens e não
aplausos de Deus.
Do ponto de vista de
marketing, Jesus terminou sua vida como um fracassado: De 12 amigos que teve,
um lhe traiu, outro lhe negou e 10 fugiram na hora do aperto. A multidão que na
semana anterior o aplaudia dizendo: “Hosana! Bendito o que vem em nome do
Senhor”, agora grita: “crucifica-o! crucifica-o!”. Foi rejeitado pela
sociedade, perseguido pelo sistema religioso, acusado de sedição pelo Estado, e
morreu cruelmente numa cruz.
No entanto, o que a Bíblia
ensina sobre Jesus? Ele estava “reconciliando o mundo consigo mesmo”; Ele
estava pagando o preço nosso pecado: “O castigo que nos traz a paz estava sobre
ele e pelas suas pisaduras fomos sarados”, “Ele é o cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” ele estava vencendo os poderes espirituais: “despojando
principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando
deles na cruz”. O resultado? Aprovação do Pai celestial: “Pelo que também Deus
o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que
ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e
toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai”.
Por isto Jesus afirmou: “Que
aproveita ao homem, ganhar o mundo interior e perder sua alma?”. Augusto Cury
sintetizou muito sabiamente: “O objetivo fundamental dos sonhos não é o
sucesso, mas nos livrar do fantasma do conformismo”.
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