Rob
Bell, um dos pastores mais populares e midiáticos dos Estados Unidos, recentemente
afirmou numa entrevista nas páginas amarelas da Veja que céu e inferno são mera
utopia e projeções da alma humana. Eis alguns trechos de sua entrevista:
“Acredito que céu e
inferno são realidades que se estendem para a dimensão para a qual vamos ao
morrer, mas aí já entramos no campo da pura especulação... vamos pelo menos ser
honestos. Ninguém sabe o que acontece quando morremos. Não tem fotografia, não
tem vídeo”.
Noutro
trecho, ao ser indagado se Deus condenaria Hitler à danação eterna, respondeu
evasivamente:
“Hitler parece ter sido alguém inclinado à
criação de imensos infernos, para si mesmo e para os outros. Minha suposição é
que Deus lhe deu o que ele queria. Acho que é o único modo de analisar este
caso à luz da destruição que Hitler causou. Qualquer reconciliação ou perdão,
nesse caso, está além da minha compreensão”.
Minha
dúvida é a seguinte: Eu não sei se creio em Jesus e nos seus conceitos, ou se
creio na interpretação da Bíblia feita por Rob Bell. Fiquei em dúvida sobre o
fato de que, de repente, ele saiba mais e conheça mais das realidades espirituais
que Jesus, afinal de contas este menciona a palavra céu 145 vezes, e inferno 42
vezes, portanto deixa claro que céu e inferno são realidades muito concretas.
Prometeu o céu aos seguidores, disse que na casa de seu Pai há muitas moradas,
e para evitar qualquer problema, enfatizou: “ Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo
teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar,
virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver
estejais vós também.” E afirmou que Quem crê no Filho, tem a vida, quem não crê,
sobre ele permanece a ira divina, e ensina de forma direta e enfática a
seus discípulos que quem crê será salvo,
mas quem não crer, já está condenado. Quem está certo: O pregador moderno
ou Cristo?
Naturalmente,
não estou nem um pouco confuso. Toda a minha linguagem até aqui tem sido de
sarcasmo.
Concordo
com ele, que a obsessão por pregar o inferno pode retirar de nós a compreensão
do grande amor de Deus pela humanidade. Concordo ainda que as pessoas mais
interessadas em discutir o inferno depois da morte são as menos interessadas em
discutir o inferno sobre a terra e vice-versa.
Precisamos recuperar o fato de que o centro da mensagem cristã é o amor
de Deus, e não a sua ira, mas por outro lado, não é necessário negar uma
verdade para afirmar a outra.
O
pastor Wilson de Souza gostava de fazer uma intrigante pergunta: “Se Deus não
disse o que teria dito, porque não disse o que teria de dizer?”. A verdade é
que, tudo que Jesus disse, o fez para nossa instrução e orientação espiritual,
por isto a Bíblia está sempre falando de nossa vida espiritual em termos de
decisão. A porta está aberta para salvação. Hoje é o tempo sobremodo oportuno. Existe
sempre a necessidade de uma tomada de posição. Benção ou maldição, Salvação ou perdição, ambas as realidades, são
muito concretas para Jesus.
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