Quando o anjo se manifestou aos pastores de
Belém lhes disse: “Não temais, eis que
vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo povo. É que hoje vos
nasceu na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo, o Senhor”.
Boas novas! Como precisamos de notícias que
nos tragam alegria!
Elas contrastam com más as más notícias que
sempre ouvimos. O que dá ibope, vende jornais e atrai audiência para os
telejornais são as tragédias e escândalos, traições e bizarrices. Existe até
mesmo um ditado antigo que diz: “Notícia ruim anda rápido!”. Os anjos anunciam Boas Novas. Elas diferem das notícias
que costumeiramente nos chegam.
O anúncio angelical, fala também que elas são
novas. Não são reportagens requentadas, ou que no máximo, mudaram os rótulos.
Leia as capas de jornais nesta mesma época do ano passado e verá que elas não
diferem muito das que estão sendo retratadas hoje. Os políticos continuam
saracoteando, os artistas ganharam milhares de dólares por causa de suas
bizarrices e escândalos, a violência da cidade está aumentando, os impostos vão
desequilibrar. Como diz a música Veja
Margarida, composta por Vital Farias três décadas atrás: “Veja meu bem,
gasolina vai subir de preço, e eu não quero nunca mais, seu endereço; ou é o
começo do fim, ou é o fim...” As notícias são as mesmas. Elas não são novas. Os
buracos das estradas aumentaram, a moral está em queda, o governo está
comprometido com grupos financeiros e lobistas. No seu pessimismo conhecido, o
autor de Eclesiastes afirmou três milênios atrás o que hoje percebemos tão bem:
“Não há nada novo debaixo do sol... o que foi é o que há de ser, e o que se
fez, isto se tornará a fazer... O que é já foi, e o que há de ser, também já
foi; Deus fará renovar-se o que se passou” (Ec 1.9; 3.15).
Só o céu pode nos trazer novas notícias. A
natureza se repete no rito interminável de ir e vir. Uns morrem, outros nascem;
uns perdem, outros ganham; uns amam, outros deixam de amar. Nada há novo
debaixo do sol, a não ser que Deus renove as coisas.
A notícia dada pelos anjos afirmam ainda que
trariam grandes alegrias. Neste ano recebi um sinistro telefonema de um colega
meu. Uma tragédia havia se abatido em Palmas com a perda de uma sobrinha
querida num acidente de carro. As notícias chegam, mas quase nunca são boas. Os
anjos anunciam boas novas de grande
alegria. Que outras boas notícias nos cheguem aos ouvidos para nos alegrar
diante de tanta dor e perplexidade.
Eventualmente sentimos euforia quando nosso
time vence o campeonato, ou quando as aplicações financeiras rendem bons
dividendos, ou porque o balanço da empresa foi lucrativo, ou por receber um
bônus salarial da empresa. Notícias como estas trazem euforia, mas não grande alegria. Você vibra com todas
estas coisas, mas o que realmente pode lhe trazer uma reviravolta de humor e
entusiasmo em sua vida? Se o teu coração não for tocado pelas coisas
celestiais, o resultado será o mesmo que Salomão experimentou: “Tudo quanto desejaram os meus olhos, não
lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma, pois eu me alegrava
com as minhas fadigas, e isto era a recompensa de todas elas” (Ec 2.10).
A notícia dada pelos anjos fala do nascimento
de um menino. O sinal era marcado pela simplicidade. Ele estava envolto em
panos, numa estrebaria. Nenhum holofote, a imprensa local não se aproximou para
registrar aquele momento, as autoridades ignoraram o evento, e mesmo os
sacerdotes de Jerusalém que sabiam o que estava acontecendo, desprezaram a
novidade trazida pelos magos.
No entanto, esta notícia dada pelos céus,
restaura a confiança na humanidade, o desespero interno e a ausência de
sentido. Estas boas novas nos enlevam, trazem esperança, encorajam, porque são
boas novas trazidas dos céus. Saber que Deus resolveu demonstrar seu amor pela
humanidade, assumindo o rosto de um bebê, faz toda diferença na existência.
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