segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal – A grande noticia dos céus




Quando o anjo se manifestou aos pastores de Belém lhes disse: “Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo povo. É que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo, o Senhor”.
Boas novas! Como precisamos de notícias que nos tragam alegria!
Elas contrastam com más as más notícias que sempre ouvimos. O que dá ibope, vende jornais e atrai audiência para os telejornais são as tragédias e escândalos, traições e bizarrices. Existe até mesmo um ditado antigo que diz: “Notícia ruim anda rápido!”. Os anjos anunciam Boas Novas. Elas diferem das notícias que costumeiramente nos chegam.
O anúncio angelical, fala também que elas são novas. Não são reportagens requentadas, ou que no máximo, mudaram os rótulos. Leia as capas de jornais nesta mesma época do ano passado e verá que elas não diferem muito das que estão sendo retratadas hoje. Os políticos continuam saracoteando, os artistas ganharam milhares de dólares por causa de suas bizarrices e escândalos, a violência da cidade está aumentando, os impostos vão desequilibrar. Como diz a música Veja Margarida, composta por Vital Farias três décadas atrás: “Veja meu bem, gasolina vai subir de preço, e eu não quero nunca mais, seu endereço; ou é o começo do fim, ou é o fim...” As notícias são as mesmas. Elas não são novas. Os buracos das estradas aumentaram, a moral está em queda, o governo está comprometido com grupos financeiros e lobistas. No seu pessimismo conhecido, o autor de Eclesiastes afirmou três milênios atrás o que hoje percebemos tão bem: “Não há nada novo debaixo do sol... o que foi é o que há de ser, e o que se fez, isto se tornará a fazer... O que é já foi, e o que há de ser, também já foi; Deus fará renovar-se o que se passou” (Ec 1.9; 3.15).
Só o céu pode nos trazer novas notícias. A natureza se repete no rito interminável de ir e vir. Uns morrem, outros nascem; uns perdem, outros ganham; uns amam, outros deixam de amar. Nada há novo debaixo do sol, a não ser que Deus renove as coisas.
A notícia dada pelos anjos afirmam ainda que trariam grandes alegrias. Neste ano recebi um sinistro telefonema de um colega meu. Uma tragédia havia se abatido em Palmas com a perda de uma sobrinha querida num acidente de carro. As notícias chegam, mas quase nunca são boas. Os anjos anunciam boas novas de grande alegria. Que outras boas notícias nos cheguem aos ouvidos para nos alegrar diante de tanta dor e perplexidade.
Eventualmente sentimos euforia quando nosso time vence o campeonato, ou quando as aplicações financeiras rendem bons dividendos, ou porque o balanço da empresa foi lucrativo, ou por receber um bônus salarial da empresa. Notícias como estas trazem euforia, mas não grande alegria. Você vibra com todas estas coisas, mas o que realmente pode lhe trazer uma reviravolta de humor e entusiasmo em sua vida? Se o teu coração não for tocado pelas coisas celestiais, o resultado será o mesmo que Salomão experimentou: “Tudo quanto desejaram os meus olhos, não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com as minhas fadigas, e isto era a recompensa de todas elas” (Ec 2.10).
A notícia dada pelos anjos fala do nascimento de um menino. O sinal era marcado pela simplicidade. Ele estava envolto em panos, numa estrebaria. Nenhum holofote, a imprensa local não se aproximou para registrar aquele momento, as autoridades ignoraram o evento, e mesmo os sacerdotes de Jerusalém que sabiam o que estava acontecendo, desprezaram a novidade trazida pelos magos.
No entanto, esta notícia dada pelos céus, restaura a confiança na humanidade, o desespero interno e a ausência de sentido. Estas boas novas nos enlevam, trazem esperança, encorajam, porque são boas novas trazidas dos céus. Saber que Deus resolveu demonstrar seu amor pela humanidade, assumindo o rosto de um bebê, faz toda diferença na existência.

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