Uma das conhecidas máximas de Sócrates, filósofo
grego, é a seguinte: “Quanto mais sei, mais sei que nada sei”.
Como facilmente julgamos erroneamente o que vemos,
ou interpretamos de forma incorreta o que nos é dito. É fácil se equivocar no julgamento
dos fatos, assim como é fácil se equivocar acerca das pessoas.
Na Bíblia há um relato interessante sobre isto. O
profeta Samuel é enviado por Deus à casa de Jessé para ungir um de seus filhos
para ser rei em Israel. Eram oito filhos, incluindo Davi que não estava
presente, e quando Eliabe entrou, Samuel disse consigo: “Certamente, está perante o Senhor o seu ungido. Porém, o Senhor disse a
Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o
rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém
o Senhor, o coração”.
O grande problema é que não seguimos o que é
verdade, mas o que julgamos ser a verdade. Não necessariamente julgamos os
fatos corretamente, mas damos a interpretação dos fatos; nem avaliamos
corretamente as pessoas, mas a visão que desenvolvemos acerca delas.
Por isto é que você já teve ter vivido situações
nas quais posteriormente admitiu que estava equivocado em relação a alguém,
tanto por dar crédito a alguém duvidoso, quanto para suspeitar de alguém
fidedigno.
Errar na interpretação é errar na vida. Nossos
pressupostos e valores nos guiam e passamos a viver baseados naquilo que cremos
e aceitamos como verdadeiro. Por isto, errar na avaliação cobra um dividendo
tão caro. Quando a realidade vem à tona e revela o equívoco, ficamos irritados,
frustrados ou nos tornamos vitimizados.
Mark Twain afirma: “O que nos causa problemas não é
o que não sabemos. É o que temos certeza que sabemos e que, no final, não é
verdade”. O pensamento é o produto
mental decorrente da capacidade que todos os seres humanos possuem de trabalhar
com a sua mente. Infelizmente muitas vezes cometemos “erros de pensamento”.
Em outras ocasiões, consideramos que existe somente
o preto e o branco e nos esquecemos do cinza. Na verdade, existe uma zona
cinzenta na qual as cores não são muito definidas mas ainda assim queremos
afirmar que são pretas ou brancas.
A verdade é que todos nós, cometemos equívocos. Uma
atitude de humildade e confissão, pode ser redentora. Muitas vezes o problema
não é apenas cometer equívocos, mas insistir em sustentar uma mentira, mesmo
depois que já entendemos nosso erro, simplesmente porque somos incapazes de
dizer: “Me perdoa!”, ou “eu reconheço minha falha”, ou ainda “me ajude!” O equívoco
pode real, mas a cura também pode ser completa, quando deixamos de sustentar
aquilo que, no final, descobrimos que é falso. Isto é libertador!
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