segunda-feira, 15 de abril de 2019

Consistência

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Numa incrível entrevista sobre liderança, Simon Sinek dá um dos mais profundos insigths sobre amor e relacionamento, demonstrando a importância da consistência em tudo que fazemos.
Ele inicia o diálogo indagando ao jornalista: “Você ama sua esposa? Qual foi o dia em que ela soube que você realmente a amava? Como ela sabe? Me dê números, me ajude a entender!” Obviamente, todas estas perguntas eram retóricas, direcionando a entrevista para aquilo ele realmente julgava importante.

Para Sinek, indagar o dia, não faz nenhum sentido, não porque este dia não exista, mas porque é mais fácil provar que você ama uma determinada pessoa, na medida em que o tempo passa e você demonstra de forma constante o seu amor. Para que o amor seja percebido, é necessário, consistência: Dar flores, fazer uma ligação inesperada, ser gentil, mesmo quando, num primeiro momento, estas coisas parecem não funcionar.

O amor será percebido se houver contínua e diária demonstração de gentileza, mesmo quando estas coisas parecem não funcionar. Na medida, porém,  que pequenos gestos de amor são demonstrados a compreensão de que somos amados se constrói.

Portanto, não se trata de eventos e intensidade, mas consistência. Assim como acontece com o exercício físico. Ir à academia num único dia e praticar nove horas de atividades, não gerará qualquer resultado, mas se exercitarmos regularmente ao longo do tempo veremos a incrível transformação no nosso corpo. Para isto é necessário praticar aquilo que é importante, mesmo as tarefas chatas e monótonas.

O amor se constrói e se firma com consistência. No ato de você dizer bom dia antes de checar o celular, de ir à geladeira e pegar uma bebida sem que o outro peça, preparar um café que o outro aprecia. É o acúmulo de pequenas coisas, que aparentemente são ineficazes e inúteis, que leva o outro a entender que o amor está presente.

Ao refletir sobre todos estes princípios, me recordei da belíssima declaração bíblica sobre o amor: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal”. Não são atos isolados, mas um conjunto de fatores que expressa a beleza e a harmonia do amor.

Paixões não sustentam relacionamentos porque são construídas sobre a volatilidade, o impulso, a instabilidade e a empolgação. Estas coisas não possuem sustentabilidade, são fluídas e passageiras. O que sustenta o relacionamento são atitudes de cuidado, carinho, palavras e olhares que diariamente são demonstradas na caminhada a dois. 

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