quinta-feira, 2 de março de 2017

Senhor Destino


Assim como na mitologia e nas lendas, a ficção só se torna atraente porque ela é capaz de despertar sentimentos mistos e desejos mágicos que o ser humano possui, e que tem a ver com superpoderes, eterna juventude e imortalidade, isto é, ter controle sobre a vida e a morte, sobre o além e a própria história.
Senhor Destino é um personagem de ficção, criado por Gardner Fox e Howard Shermanm do Fun Comics # 55. Quando acompanhava o pai numa escavação arqueológica no vale de Ur, na Mesopotâmia, o garoto Kent Nelson encontrou a tumba, e ao abri-la, trouxe de volta Nabu, mas com um grave efeito colateral: os gases expelidos mataram seu pai, deixando-o sozinho, passando a ser orientado por Nabu. Pouco depois de ajudar a fundar a Sociedade da Justiça, Kent descobriu que sua personalidade estava sendo usurpada pela de Nabu quando usava o elmo, então, Kent decide usar um elmo comum, reduzindo assim seus poderes.
O termo destino foi traduzido do inglês “fate” que pode significar “destino”, “sorte” ou “fatalidade”. Entre as habilidades do Senhor Destino está o controle sobre os quatro elementos da alquimia; o disparo de rajadas místicas; a abertura de portais dimensionais; escudos de energia e imortalidade.
Assim tem vivido o homem, tentando encontrar a pedra filosofal, o cálice da eterna juventude, os poderes secretos da magia e da feitiçaria. O feiticeiro é que alguém que tenta controlar o destino, as pessoas e a história. Ele julga falsamente, que caso se alie às magias e poderes espirituais, poderá controlar os eventos e assumir o poder da história. Este é o desejo: não ser pego pelo “Senhor Destino”. Por isto o misticismo e esoterismo são tão populares em nossos dias.
Particularmente não sou adepto do conceito de destino, porque ele sugere fatalidade, sorte, acaso, e todos os conceitos ligados ao maktub, e por isto, contrários à visão de providência e soberania de Deus. Os magos, tentam controlar os eventos, os poderes da terra, água, fogo e ar, e as próprias entidades, deuses e demônios. É isto que busca o feiticeiro: determinadas fórmulas mágicas e secretas, poderiam controlar o destino.
Aqueles que depositam sua fé em um Deus pessoal, tentam identificar-se e amoldar-se à vontade de Deus. Na magia o homem tenta controlar Deus; na fé, o homem se submete a Deus. Na primeira, busca-se poder; na segunda, submissão. Na verdade, muitos cristãos desenvolveram um falso conceito de que se tiverem a equação certa e cumprirem determinados ritos, decretarão e Deus será obrigado a fazer o que querem. Por isto se julgam no direito de exigir e decretar a Deus, que forçosamente fará o que foi exigido. É uma espécie de macumba evangélica. Controle de Deus.

O Senhor Destino é ficção. A história está cheia de surpresas, e muitas vezes a realidade é bruta. Na feitiçaria, tenta-se ter o controle do destino; a fé genuína, se submete ao plano soberano, amoroso e santo de Deus, muitas vezes enigmático em seus propósitos, nem sempre compreensível nos seus planos, mas ainda assim – Alguém a quem podemos subordinar nosso destino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário