Assim como na
mitologia e nas lendas, a ficção só se torna atraente porque ela é capaz de
despertar sentimentos mistos e desejos mágicos que o ser humano possui, e que
tem a ver com superpoderes, eterna juventude e imortalidade, isto é, ter controle
sobre a vida e a morte, sobre o além e a própria história.
Senhor Destino
é um personagem de ficção, criado por Gardner Fox e Howard Shermanm do Fun
Comics # 55. Quando acompanhava o pai numa escavação
arqueológica no vale de Ur, na Mesopotâmia, o garoto Kent Nelson encontrou a
tumba, e ao abri-la, trouxe de volta Nabu, mas com um grave efeito colateral:
os gases expelidos mataram seu pai, deixando-o sozinho, passando a ser
orientado por Nabu. Pouco depois de ajudar a fundar a Sociedade da Justiça,
Kent descobriu que sua personalidade estava sendo usurpada pela de Nabu quando
usava o elmo, então, Kent decide usar um elmo comum, reduzindo assim seus
poderes.
O termo
destino foi traduzido do inglês “fate” que pode
significar “destino”, “sorte” ou “fatalidade”. Entre as habilidades do Senhor
Destino está o controle sobre os quatro
elementos da alquimia; o disparo de rajadas místicas; a abertura de
portais dimensionais; escudos de energia e imortalidade.
Assim tem vivido o
homem, tentando encontrar a pedra filosofal, o cálice da eterna juventude, os
poderes secretos da magia e da feitiçaria. O feiticeiro é que alguém que tenta
controlar o destino, as pessoas e a história. Ele julga falsamente, que caso se
alie às magias e poderes espirituais, poderá controlar os eventos e assumir o
poder da história. Este é o desejo: não ser pego pelo “Senhor Destino”. Por
isto o misticismo e esoterismo são tão populares em nossos dias.
Particularmente não
sou adepto do conceito de destino, porque ele sugere fatalidade, sorte, acaso,
e todos os conceitos ligados ao maktub, e
por isto, contrários à visão de providência e soberania de Deus. Os magos,
tentam controlar os eventos, os poderes da terra, água, fogo e ar, e as
próprias entidades, deuses e demônios. É isto que busca o feiticeiro:
determinadas fórmulas mágicas e secretas, poderiam controlar o destino.
Aqueles que
depositam sua fé em um Deus pessoal, tentam identificar-se e amoldar-se à
vontade de Deus. Na magia o homem tenta controlar Deus; na fé, o homem se submete
a Deus. Na primeira, busca-se poder; na segunda, submissão. Na verdade, muitos
cristãos desenvolveram um falso conceito de que se tiverem a equação certa e cumprirem
determinados ritos, decretarão e Deus será obrigado a fazer o que querem. Por
isto se julgam no direito de exigir e decretar a Deus, que forçosamente fará o
que foi exigido. É uma espécie de macumba evangélica. Controle de Deus.
O Senhor Destino é ficção.
A história está cheia de surpresas, e muitas vezes a realidade é bruta. Na
feitiçaria, tenta-se ter o controle do destino; a fé genuína, se submete ao
plano soberano, amoroso e santo de Deus, muitas vezes enigmático em seus
propósitos, nem sempre compreensível nos seus planos, mas ainda assim – Alguém
a quem podemos subordinar nosso destino.
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