Dois anos atrás estava em Belo Horizonte e tive tempo de me assentar com o Pr. Marcelo Gualberto, que me fez uma declaração interessante: “Decidi apreciar generosamente as pessoas que conheço. Tenho aprendido que somos muitos ágeis em falar mal, mas temos grande dificuldade em elogiar. Não quero bajular, mas todas as vezes que observar uma atitude nobre, quero ser diligente em dizer que apreciei tal atitude”.
Desde então, tenho procurado
me lembrar destas palavras e colocá-las em prática. Somos generosos em críticas
e avarentos em palavras de afirmação e apreciação.
Apesar de termos crescido em
lares que ensinam os filhos a pedirem benção dos pais, nunca paramos para
considerar o significado da palavra benção. Ela vem do latim benedicere, ou benedicte, que seria melhor traduzida por afirmar o outro. Quando abençoamos estamos dizendo aos filhos que
reconhecemos o seu valor, que apreciamos quem ele é, e que sua vida nos deixa
orgulhosos e nos traz alegria.
Se os mesmos pais que
afirmam sua benção, fossem capazes de dizer aos seus filhos tais palavras de afirmação,
certamente teríamos uma geração muito mais saudável, emocionalmente falando. O problema
é que somos rápidos em denegrir, depreciar, diminuir, desencorajar, desanimar
as pessoas que caminham ao nosso redor. Muitos filhos e filhas dariam tudo para
receber uma palavra de apreciação de seus pais, mas tais palavras nunca chegam.
No entanto, diante do primeiro fracasso, ou frustração, as palavras duras e
descaridosas saem quase que espontaneamente de nossos lábios que inutilmente
tentam dizer depois: “Não é isto que penso... Não é isto que quis dizer...”
Precisamos de pessoas
encorajadoras. O dom do incentivo, elogio e da apreciação parece ter
desaparecido. Lares vivem debaixo de acusações constantes. São maridos
destruindo a imagem de sua esposa; mulheres impiedosamente acusando e acuando os
maridos; patrões que mantém seus funcionários com constantes ameaças e reclamações.
Falta apreciação.
Um telefonema, uma manifestação
de carinho, uma pequena lembrança, uma palavra branda. Aliás, a Bíblia afirma
que “a palavra branda desvia o furor”. Não é esta uma declaração maravilhosa?
Veja esta outra declaração da
sabedoria judaica que se encontra no livro de provérbios: “Como maças de ouro
em salvas de prata, assim é a boa palavra dita a seu tempo”. Encorajar e
apreciar, ajuda na auto estima, melhora o ambiente de trabalho, facilita a vida
no lar. Constantes queixas, murmurações, reclamações, fazem da vida um peso
imenso.
É verdade samuel,acho tão edificador responder Deus te abençoe, quando meus filhos , me pedem a benção. Porém essa tradição não estou passando pras minhas netas. Que chato!! Agora que me dei conta disso. Ainda há tempo de mudar.
ResponderExcluirÉ verdade samuel,acho tão edificador responder Deus te abençoe, quando meus filhos , me pedem a benção. Porém essa tradição não estou passando pras minhas netas. Que chato!! Agora que me dei conta disso. Ainda há tempo de mudar.
ResponderExcluir