Como
somos constantemente pressionados! Um jovem empresário me disse o seguinte:
“Sinto-me como uma panela de pressão, sem válvula de escape, prestes a
explodir!”.
Naturalmente
queremos fugir dos problemas e viver uma vida em paz e sossegada, mas isto é
utopia. Seja qual for o seu business ou sua função sempre haverá pressão por
eficiência, produtividade e sucesso. Quando contratados, seremos cobrados por
performance e resultado, se optarmos por desenvolver uma empresa pessoal,
veremos quão complexo é lidar com leis, tributos, contadores e funcionários. A
verdade é: “não existe almoço grátis!”
Quando
sai de um trabalho aceitando o convite para assumir uma nova função em outra
cidade, um amigo me disse que eu estava deixando os pepinos para trás, então
respondi-lhe que não havia ilusão em meu coração sobre trabalho sem pressão.
Ele, de forma espirituosa argumentou que seriam pepinos de horta nova.
Finalmente lhe perguntei: “Pepinos de horta nova tem gosto diferente?”
Ao
ler o livro de Salmos, considerado como um texto de psicoterapia ou “teologia
para a alma”, escrito há três mil anos atrás, vi como as pessoas daqueles dias
também eram pressionadas e ameaçadas: perseguições, calúnias, traições estavam
ali presentes. Uma sociedade com traços antropológicos distintos, mas
igualmente sob pressão.
O
Salmo 55, especialmente descreve o quadro psicossomático de um homem sob
pressão, não de inimigos e opositores, mas de alguém de sua intimidade, amigo
pessoal, que compartilhava os mesmos gostos, entretenimentos e hobbies, e até
mesmo da mesma fé, participando da mesma comunidade e que o traiu.
O
que fazer diante das pressões?
A
primeira e imediata atitude é a de auto destruição. Desenvolver amargura e
nutrir o ódio, reagindo assim de forma equivocada, ferindo-se ou ferindo
outros. A atitude correta, porém, passa pela via de entender que pode ser que
não consigamos corresponder as expectativas, ou que, para alcançar tal
performance será necessário sacrificar saúde ou mesmo a paz interior; e nestes
casos, é melhor jogar a toalha e sair do olho do furacão; outras vezes, ao
avaliar a situação, chegamos à conclusão de que o custo compensa, e não devemos
desistir, mas lutar crendo que o resultado final será positivo.
Ao
ler o Salmo 55, vemos que o poeta pensou nestas duas possibilidades. Ele se
propôs a fugir, ir para um lugar deserto; e noutro momento, decidiu confrontar,
brigar e até mesmo usar a violência para resolver a parada. Mas no final,
chegou à conclusão de que havia uma terceira via: Fazer um movimento em direção
a Deus e buscar sua orientação para a atitude mais correta.
Veja
o conselho que ele dá no final da narrativa de sua experiência: “Entregue seus problemas ao Senhor, e ele o
ajudará”. Muitas vezes, nem a fuga nem o enfrentamento darão trégua às
fortes pressões que enfrentamos, mas sempre podemos contar com a ajuda de Deus,
em situações nas quais não sabemos o que fazer.
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