Se
há uma prática perdida em nossos dias trata-se da meditação, que inclui a
capacidade de contemplar a beleza da vida, admirar a existência e o ciclo
harmônico da natureza, alinhar o coração às coisas de Deus e auto-examinar-se.
Talvez seja esta a idéia do poeta ao declarar: “Do luar não há mais nada a
dizer, a não ser que a gente precisa ver o luar”.
Charles
Swindoll no seu livro seasons of life afirma
que “a arte perdida do Século XX é a meditação”. O homem moderno não é
encorajado a refletir, mas a fazer; é desestimulado a orar, mas pressionado a
agir. Sua mente está sempre voltada para entretenimentos, barulhos,
planejamentos, ocupações, agendas lotadas, mas meditação e silêncio? Esqueça!
Mesmo
as pessoas consideradas “religiosas” atualmente não são muito dadas a tais
práticas. Orações tem se tornado mais uma estratégia de alcançar os objetivos
particulares, e forçar a Deus com um “pé de cabra”, a dar aquilo que julgamos
merecedores. Não oramos mais para silenciar o coração, aquietar a alma. As
orações são barulhentas e reivindicatórias, como se fossem instrumentos de
persuasão para convencer um Deus insensível a dar aquilo que ele não quer dar,
mas que julgamos que devemos ter.
Muitos
pensam que meditação é um exercício demorado e demanda muitas horas; outros
acham que é uma variante da preguiça e da acomodação, mas na verdade trata-se
de um reencontro da nossa própria natureza interior à realidade divina,
contrapondo-se a agitada rotina de produtividade e competitividade.
Numa
perspectiva budista trata-se do encontro com o eu interior. Na perspectiva
cristã, de um contacto com a realidade divina; quando entramos na dimensão do inteiramente Outro, que se imiscui com
nossa humanidade. Em ambas as tradições, trata-se de um esvaziamento do ser, um
“desligar” do agitado botão do ativismo, uma interrupção da agenda cheia que
sempre cobra performance.
Na
visão cristã, o lectio divinus, ou as
Escrituras Sagradas, ocupa um lugar central nesta prática. Trata-se de um tempo
para refletir sobre uma porção pequena ou maior da Bíblia, e um pensar no texto
lido, tentando entender a orientação que ele traz. Minha esposa levou 6 meses,
lendo e meditando diariamente num pequeno verso do maior capítulo da Bíblia que
é o Salmo 119, com 176 versículos. Ela ficou encantada com o impacto que esta
prática causou em sua vida.
O
termo meditação é imperativo na Bíblia, com 14 referências apenas no livro de
Salmos. É sempre imprescindível conectar a mente com a Palavra de Deus e seus
ensinamentos.
Meditar,
dar um tempo para a alma, tendo o celular desligado, a alma silenciosa, sem
música ou maiores barulhos, respirar mais fundo, falar com Deus, refletir sobre
um princípio espiritual é revolucionário para o ser humano. Não é sem razão que
todas as tradições religiosas encorajam tal prática. Não desconsidere isto na
sua vida!
BOM DIA PASTOR!!
ResponderExcluirPreciso falar contigo!
não consegui visualizar o seu e-mail
o meu é osc_backoffice@oi.com.br
celular (62)99143095
Também fui batizado pelo Rev. Albert Reasoner!!!