terça-feira, 28 de maio de 2013

Ansiedade




Você já se surpreendeu com pensamentos angustiantes sobre sua vida, do tipo: “O que vai acontecer com minha vida se minha saúde faltar? Como será se um parente adoecer e eu tiver que parar minha vida para cuidar dele? Será que vou conseguir cuidar do meu filho até que ele cresça? E se sofrer um acidente e ficar inválido. Será que não vou sucumbir no meio do caminho?”
Estas e outras questões fazem parte de um dos maiores problemas do homem moderno que é a ansiedade. Rollo May afirma que a ansiedade é um dos mais urgentes problemas de nossos dias, sendo chamada de “a emoção oficial de nossa época e a base de todas neuroses”. Ansiedade pode ser definida como um sentimento íntimo de apreensão, mal estar, preocupação, angústia e/ou medo. Pode surgir como reação a perigo identificável ou em resposta a um perigo imaginário.
Naturalmente podemos ter diferentes graus de ansiedade que eventualmente pode ser até produtivo. Certa vez Jesus falou aos seus discípulos sobre ansiedade, talvez porque percebesse o sofrimento deles em relação ao futuro, preocupações com coisas básicas como a roupa e a comida. O que nos chama a atenção é a sabedoria do Mestre e sua forma coerente e lógica com que trata desta questão. Ele fala de algumas razões lógicas:
Primeiramente afirma que quem dá o essencial, dá o secundário. Se Deus deu a vida, certamente vai dar alimento. A vida é essencial, o alimento é secundário. Se Deus deu o corpo, certamente vai dar as vestes. O corpo é essencial; vestes, secundário. Deus deu-nos a vida e nos dará condições para suportá-la. Se Deus cuida do maior, não podemos confiar nele para cuidar do menor?
Em segundo lugar Jesus afirma que se ele cuida dos animais, também cuidará de nós. Seu raciocínio agora é do menor para o maior. Deus cuida dos passarinhos, e dos lírios, não vai cuidar do ser humano, criado à sua imagem?
Em seguida, demonstra que a ansiedade não coopera em nada. Ele pergunta retoricamente: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso de sua vida?” A pessoa vai fazer uma prova mais eficiente se estiver ansiosa? Conseguirá resolver um conflito de forma mais precisa? Ansiedade, além de roubar a saúde, afeta o julgamento, o poder de decisão e nos leva progressivamente a ter mais dificuldade em lidar com sua vida.
Em quarto lugar, a ansiedade é própria de quem não confia em Deus. Ele afirma que "os pagãos é que procuram todas estas coisas”. Preocupação é incompatível com a fé cristã. Ansiedade é essencialmente falta de confiança em Deus, e pode até ser compreensível quando se tem um Deus caprichoso e imprevisível, mas não para quem tem um Deus coerente que dirige a história e cujas promessas não são esquecidas. A ansiedade não pode nos conduzir se temos um Deus a quem chamamos de Pai.
Preocupação nunca é causada por circunstâncias externas. A mesma circunstância para um pode trazer angústia, e para outros, serenidade. Preocupação e serenidade não vem das circunstâncias e sim do coração. Preocupação recusa aprender a lição da natureza. Jesus recomenda aos homens que olhem os pássaros e os lírios do campo, e vejam como eles são guardados.
Um pardal e um pintassilgo estavam conversando e um perguntou para o outro: “Por que os homens andam tão inquietos e ansiosos?” E o outro respondeu: “certamente porque não tem um Deus como o nosso”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário